Archive for Julho, 2004

RELATÓRIO "DESENVOLVIMENTO HUMANO" (III)

Ao longo dos anos, os países mais bem posicionados em termos de “Índice de Desenvolvimento Humano” apresentaram a seguinte tendência de evolução (nos estudos relativos, respectivamente, aos anos de 1975; 1980; 1985; 1990; 1995; 2001 e 2002):

– Noruega: / 6º / / 7º / / 1º (94,4) / 1º (95,6)
– Suécia: / 9º / / 10º / / 3º /
– Austrália: 12º / 11º / 11º / 14º / / 4º /
– Canadá: / 4º / 1º (90,4) / 1º (92,4) / 1º (92,9) / 8º /
– Holanda: / 7º / / 5º / / 5º /
– Bélgica: 13º / 13º / 13º / 12º / / 6º /
– Islândia: / 1º (88,4) / / 2º / / 2º /
– EUA: / 3º / / 3º / / 7º /
– Japão: / 8º / / 4º / / 9º /
– Irlanda: 22º / 23º / 23º / 22º / 22º / 12º / 10º
– Suíça: 1º (87,2) / 2º / / 6º / 12º / 10º / 11º

– Portugal: 24º (78,5) / 27º (79,9) / 25º (82,1) / 26º (84,7) / 23º (87,6) / 23º (89,6) / 26º (89,7)

A posição relativa de Portugal tem apresentado portanto ligeiras flutuações, tendo sido possível recuperar 4 lugares entre 1980 e 1995, conseguindo-se manter a posição em 2001, assistindo-se, no estudo seguinte, a uma “ultrapassagem” de Hong Kong, Grécia e Singapura.

O Canadá, que fora o líder mundial entre 1985 e 1995 registara uma “forte queda”, para a 8ª posição, recuperando entretanto para o 4º lugar. A Suíça teve também uma evolução menos favorável, tendo vindo gradualmente a “descer na tabela”.

Inversamente, a Noruega, para além da Suécia, Austrália e Bélgica, foram os países com melhores evoluções no período em análise.

Têm conseguido manter posições de relevo, de uma forma estável e permanente, a Holanda e a Islândia (não obstante a queda algo “abrupta”, de 2º para 7º).

No estudo mais recente, chega ao “top ten” a Irlanda, também com um “fulgurante” percurso ascensional nos últimos anos.

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21 Julho, 2004 at 12:30 pm

…23 DIAS – GRAND CANYON (EUA)

O Grand Canyon – com 440 km de comprimento, quase 2 km de profundidade e com largura a variar entre 7 e 27 km – é uma imensa falha no terreno, esculpida pelo Rio Colorado, ao longo de milhares de anos. Da margem sul, os visitantes podem visualizar pontos localizados a 160 km de distância.

Localiza-se no Norte do Estado de Arizona (na fronteira com o Estado de Utah), no Oeste dos Estados Unidos, sendo acessível a partir da cidade de Flagstaff (a mais próxima, a cerca de 150 km), seguindo para Norte pelas Estradas 180 e 64.

Considerado uma das grandes maravilhas da natureza, ganha particular brilho ao nascer e pôr-do-sol, quando o colorido do solo se vai modificando, em função da incidência dos raios solares nas profundezas do Canyon.

Numa secção mais espectacular do Canyon, foi instalado (em 1908) o Grand Canyon National Park, que recebe mais de 4 milhões de visitantes por ano, com entrada pelo South Rim ou pelo North Rim.

Um abismo de imensos paredões, resultado da turbulenta acção de erosão das águas e do vento durante uma eternidade de eras geológicas.

Os primeiros europeus a visitarem o profundo abismo do Grand Canyon foram os sócios de um grupo liderado pelo explorador espanhol Francisco de Vásquez Coronado, em 1540.

Não obstante, dada a difícil acessibilidade, passariam ainda três séculos até ser inteiramente conhecido. A primeira travessia pelo Canyon apenas seria realizada em 1869 pelo geólogo americano John Wesley Powell, que “navegaria” pelo desfiladeiro em barco a remos. Hoje, uma das muitas atracções para os visitantes passa pela possibilidade da prática de rafting no curso do rio.

Há 1 ano no Memória Virtual – Human Development Index

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21 Julho, 2004 at 8:40 am

TEORIA DA RELATIVIDADE (II)

Na Antiguidade, pensava-se que a luz era emitida pelos astros no mesmo momento em que podia ser vista da Terra, ou seja, que seria instantânea. Hoje, quando contemplamos as estrelas no céu, sabemos que estamos perante imagens do passado: os raios de luz que “atingem os nossos olhos” saíram daquelas estrelas há muitos anos atrás! (A luz emitida pela Alfa de Centauro, a estrela mais próxima da Terra demora 4 anos e meio para ser vista de nosso planeta…).

Muitos físicos se dedicaram à empolgante tarefa de determinar a velocidade da luz, de que se destacam: Galileu Galilei (1564-1642), Isaac Newton (1642-1727), o cientista dinamarquês Olaüs Roemer (1644-1710), que determinou a velocidade da luz através da observação de Júpiter e de um dos seus satélites, o francês Hipólito Fizeau (1819-1896), que realizou a primeira medida directa da velocidade da luz e o norte-americano Albert Michelson (1852-1931), prémio Nobel de Física em 1907.

As suas investigações sobre a luz foram tão exactas que Einstein se baseou nelas para desenvolver a Teoria da Relatividade.

A velocidade mais próxima da luz calculada até hoje é de: 299.792,458 km/s (por simplificação, a velocidade da luz “c” é considerada como sendo aproximadamente de 300.000 km/s).

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20 Julho, 2004 at 6:36 pm

“ONE SMALL STEP FOR MAN”…

A Terra vista da LuaNeil Armstrong e a bandeira EUA
Pegada na LuaVeículo lunar

…A giant leap for mankind!

LuaHá 35 anos o homem conquistava a Lua; quatro dias depois de o foguetão “Saturno V” descolar de Cabo Canaveral (EUA), transportando a “Apollo 11”, pilotada por Michael Collins, Neil Armstrong e Edwin “Buzz” Aldrin tornavam-se nos primeiros homens a deixar a sua marca na lua.

(Fotos da expedição via http://www.solarviews.com/portug/moon.htm)

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20 Julho, 2004 at 6:05 pm

RELATÓRIO "DESENVOLVIMENTO HUMANO" (II)

Numa primeira análise à tabela geral, constata-se que os países de mais elevado índice de desenvolvimento humano continuam a ser os países nórdicos: Noruega – que mantém a liderança – e Suécia, com a Islândia a cair da 2ª para a 7ª posição; a Finlândia e a Dinamarca ocupam, respectivamente, a 13ª e 17ª posições.

Em termos gerais, os (agora) 25 países membros da União Europeia posicionam-se nos 50 primeiros lugares:

(i) Os “antigos 15” surgem até ao 26º lugar – Suécia em 2º; Holanda em 5º; Bélgica em 6º; Irlanda em 10º; depois, do 12º ao 17º, temos, respectivamente, Reino Unido, Finlândia, Áustria, Luxemburgo, França, Dinamarca, com a Alemanha e Espanha a fecharem os primeiros 20; a Itália mantém o 21º; a Grécia e Portugal fecham o antigo “pelotão europeu dos 15”, em 24º e 26º.

(ii) Imediatamente a seguir, surgem os novos membros da União, com a Eslovénia “à frente”, em 27º; Chipre, Malta e R. Checa, entre 30º e 32º; Estónia, Polónia e Hungria, entre 36º e 38º; a Lituânia e a Eslováquia ocupam, respectivamente, o 41º e 42º; a Letónia fecha o grupo, em 50º.

Nas primeiras 25 posições, as excepções à predominância europeia resumem-se a oito: Austrália, Canadá, EUA, Japão, N. Zelândia (18º), Israel (22º), Hong Kong (23º) e Singapura (25º) – com os dois últimos a entrar este ano nesta “short-list”, depois de terem ultrapassado Portugal.

Os países de expressão oficial portuguesa posicionam-se da seguinte forma: Brasil (72º, caindo 7 posições); Cabo Verde (105º); S. Tomé e Príncipe (123º); Timor-Leste (pela primeira vez classificado, surgindo em 158º); com os 3 restantes a constarem entre os 12 menos desenvolvidos do mundo: Angola (166º); Moçambique (171º) e Guiné-Bissau (172º).

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20 Julho, 2004 at 1:35 pm 2 comentários

…24 DIAS – GALÁPAGOS

Para sempre associadas à expedição do Beagle de Charles Darwin de 1835, e à sua descoberta da Teoria da evolução, as Ilhas Galápagos – arquipélago formado por 6 ilhas principais, 12 ilhas menores e mais de 40 ilhotas, pertencente ao Equador – localizam-se no Oceano Pacífico, a cerca de 1 000 km da costa do país.

Constituem a segunda maior reserva marinha do mundo (após a Grande Barreira de Corais australiana), abrigando desde tartarugas gigantes, a iguanas-marinhas,passando por leões-marinhos e uma grande diversidade de aves, de que se destacam os flamingos rosa, exibindo uma extraordinária beleza selvagem, numa envolvência de paisagens “lunares”.

A formação de todas as ilhas resulta de picos de gigantescos vulcões, originados há cerca de 10 milhões de anos.

As Ilhas Galápagos foram descobertas em 1535, pelo bispo do Panamá Tomás de Berlanga, quando o seu navio, em viagem ao Peru, se encontrava à deriva.

Seriam baptizadas com o nome de “Las Encantadas”, ao mesmo tempo que se enfatizava o grande número de tartarugas (galapagos, em espanhol) que povoavam as ilhas.

Galápagos - AvesO completo isolamento das ilhas no Pacífico face ao Continente, durante milhares de anos, permitiu o desenvolvimento de um peculiar ecossistema, concedendo-lhe o exclusivo mundial de algumas espécies animais, com um imenso número de aves, répteis, insectos e plantas, numa fauna e flora únicas, com uma evolução bastante diferente da dos seus ancestrais do Continente.

Desde 1892, o nome oficial do território é o de “arquipélago de Colón”, em homenagem à descoberta da América(400 anos antes), por Colombo.

As ilhas foram declaradas Património da Humanidade pela UNESCO em 1978.

Em termos de turismo, é também possível fazer snorkelling entre leões-marinhos e golfinhos.

Há 1 ano no Memória Virtual – “O Meu Pé de Laranja Lima”

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20 Julho, 2004 at 8:31 am

TEORIA DA RELATIVIDADE (I)

É possível fazer o tempo parar, de forma a nunca mais envelhecermos?

Existe uma velocidade limite no universo?

Podemos contrair o espaço?

Estas (e outras) perguntas constituem o núcleo da Teoria da Relatividade, formulada por Einstein quando tinha apenas 26 anos.

A Teoria da Relatividade tem a “fama” de ser um assunto muito difícil, mas não é necessariamente a sua complexidade matemática que impede a sua compreensão; conhecendo o teorema de Pitágoras e uma simples equação de segundo grau, poderá ser percebida.

A grande dificuldade deriva do facto de a Relatividade nos obrigar a rever os nossos conceitos apercebidos de espaço e tempo.

O nosso maior problema, é temermos a aprendizagem do que nos parece “estranho”. Pela sua natureza, o ser humano tende a recear o que não entende…

Nos próximos dias, faremos uma fabulosa viagem por alguns dos conceitos da Teoria da Relatividade, procurando apresentar algo daquilo que pensamos não poder entender.

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19 Julho, 2004 at 7:15 pm

JOSÉ AZEVEDO

Estamos hoje no segundo e último dia de descanso do “Tour de France”, quando estão já decorridos 2/3 da prova.

Na véspera da chegada aos Alpes, aqui deixo uma breve nota sobre a forma como esta competição tem decorrido, com destaque para o papel assumido pelo português José Azevedo.

Porque, se Lance Armstrong – obviamente com grande mérito – se prepara para definitivamente entrar na “lenda do TOUR”, aproximando-se, dia a dia, de uma inédita 6ª vitória consecutiva, há que atribuir uma parcela dessa vitória à brilhante prestação do português.

Quem teve a oportunidade de acompanhar a “épica” etapa de Sábado, com a chegada ao Plateau de Beille, não pode ter deixado de se entusiasmar com o trabalho de José Azevedo, abrindo caminho ao seu “chefe-de-fila” para uma extraordinária vitória, “destroçando” toda a concorrência (resta o italiano Ivan Basso como último obstáculo para Armstrong).

…Como não pode ter deixado de se emocionar com o “drama” de Iban Mayo (à partida, um dos principais candidatos), a correr entre o “seu povo”, basco, a querer desistir e os companheiros “a obrigá-lo a continuar”, para chegar ao fim com mais de 37 minutos de atraso… ou com a tremenda “máscara de esforço” desse enorme lutador de “antes quebrar que torcer”, que é o grande campeão Jan Ullrich, dando “tudo o que tinha”, mas perdendo precioso tempo que o coloca já a 7 minutos de Armstrong; Ullrich era o perfeito rosto dos “forçados da estrada”, num misto de raiva, frustração, impotência, mas, ao mesmo tempo, querer e força de vontade.

Voltando a José Azevedo: poderia ter ido ainda mais longe, não fossem as “ordens” da equipa? É possível… contudo, dificilmente Azevedo poderia lutar por uma vitória final no “Tour”; seria porventura possível chegar ao pódio, mas o seu actual 7º lugar é já uma demonstração de grande classe, de nível mundial. Esperemos que consiga manter o mesmo nível até final da semana, na consagração em Paris… e, já agora, que – por via de Armstrong – experimente também o “doce sabor” da vitória, que será também um pouco sua.

P. S. Uma palavra de apreço e estímulo para o jovem nadador Tiago Venâncio, medalha de bronze no Campeonato da Europa de Juniores em Natação.

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19 Julho, 2004 at 6:03 pm 1 comentário

RELATÓRIO "DESENVOLVIMENTO HUMANO" (I)

Tal como há cerca de um ano, proponho-me apresentar, ao longo desta semana, um resumo dos principais aspectos do “Relatório de Desenvolvimento Humano”, publicado na passada semana pelo PNUD (Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas).

Neste relatório, são analisados, para um “universo” de 177 países (mais 2 que no ano anterior), um vasto conjunto de indicadores de desenvolvimento humano.

E, começando pelo princípio, a “classificação” mundial surge assim ordenada (indicando também a itálico, para efeitos comparativos, o índice do ano anterior e correspondente posição na tabela geral):

1. Noruega – 95,6 / 94,4 (1)
2. Suécia – 94,6 / 94,1 (3)
3. Austrália – 94,6 / 93,9 (4)
4. Canadá – 94,3 / 93,7 (8)
5. Holanda – 94,2 / 93,8 (5)
6. Bélgica – 94,2 / 93,7 (6)
7. Islândia – 94,1 / 94,2 (2)
8. EUA – 93,9 / 93,7 (7)
9. Japão – 93,8 / 93,2 (9)
10. Irlanda – 93,6 / 93,0 (12)

26. Portugal – 89,7 / 89,6 (23)

55. Antigua e Barbuda – 80,0 / 79,8 (56)
56. Bulgária – 79,6 / 79,5 (57)

141. Camarões – 50,1 / 49,9 (142)
142. Paquistão – 49,7 / 49,9 (144)

177. Serra Leoa – 27,3 / 27,5 (175)

Os países classificados até à 55ª posição, são considerados de “Elevado Desenvolvimento Humano”; os posicionados até ao 141º lugar, são apresentados como de “Médio Desenvolvimento Humano”; os restantes 36 países são indicados como de “Reduzido Desenvolvimento Humano”.

Não obstante a ligeira progressão percentual (de 89,6 para 89,7)- havendo quem defenda que se tratou na realidade de um caso de “estagnação” -, Portugal cai 3 posições na tabela geral, de 23º para 26º.

Pode ter acesso ao conteúdo do Relatório aqui.

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19 Julho, 2004 at 1:40 pm 1 comentário

“COPA AMÉRICA” – 1/4 FINAL – 1/2 FINAIS – FINAL

     1/4 FINAL               1/2 FINAIS              FINAL


PeruArgentina0-1 ArgentinaColômbia--- ColômbiaC. Rica2-0 Argentina ou Colômbia -


ParaguaiUruguai1-3 Uruguai ou Brasil - UruguaiBrasil--- MéxicoBrasil0-4

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19 Julho, 2004 at 12:30 pm

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