Archive for 28 Julho, 2004
TEORIA DA RELATIVIDADE (VIII)
Quando pensamos na natureza, e nas suas proporções macroscópicas, podemos interrogar-nos: “O Universo é infinito?” Não, ele é finito; apresenta uma forma esférica, tem uma idade aproximada de 20 biliões de anos e um raio de 20 biliões de anos-luz.
Ou ainda: “Mas o Universo não é tudo o que existe?” A resposta é também negativa: o Universo é tudo o que pode ser observado!
Efectivamente, é razoável supor que existe uma quantidade imensa de estrelas e galáxias que estão irremediavelmente fora de nosso alcance de observação, sobre os quais nada podemos saber. E, não podendo ser observados, “não fazem parte do Universo”, tal como entendido pela Física.
Se toda a informação do Universo se desloca, no máximo, à velocidade da luz e se o Universo tem 20 biliões de anos, seria esse o tempo máximo de que qualquer informação disporia para ter já chegado até à Terra. E, claro, a distância máxima que se poderia ter percorrido nesse período, seria de 20 biliões de anos-luz (1 ano-luz = 9,5 triliões de quilómetros…); ou seja, tudo o que estiver a mais de 20 biliões de anos-luz da Terra não pode ser ainda observado, porque a luz de uma hipotética estrela (ou de qualquer outro corpo) que aí existisse não teria tido ainda tempo de chegar até nós!
P. S. Aqui termina uma breve digressão, de duas semanas, pela “vida e obra” de Albert Einstein. A partir de amanhã, uma nova figura da história estará connosco…
[1618]
JOGOS OLÍMPICOS – 1928 – AMESTERDÃO
Nos Jogos da IX Olimpíada, realizados de 17 de Maio a 12 de Agosto de 1924 em Amsterdam, pela primeira vez, a Grécia abriu o desfile de participantes (2 883) na Cerimónia de Abertura, cabendo ao país organizador, Holanda, fechar o desfile, no que viria a tornar-se o protocolo oficial. Também pela primeira vez, a “Chama Olímpica” foi instalada no topo do Estádio, ficando acesa durante a duração do evento.
Dos 46 países participantes, disputando 109 provas, 28 conquistariam medalhas de ouro, um record que perduraria durante 40 anos. Pela primeira vez, as mulheres participaram nas provas de atletismo e ginástica.
Estes Jogos marcariam também a estreia de um país asiático na conquista de medalhas de ouro, por intermédio dos japoneses Mikio Oda, Campeão Olímpico do Triplo-Salto e de Yoshiyuki Tsuruta, Campeão dos 200 metros em natação, tendo também a Índia vencido a prova de Hóquei em Campo, de que seria, consecutivamente, 6 vezes Campeã, até 1960.
Também a Hungria iniciaria a conquista de 7 medalhas de ouro consecutivas na prova de sabre, em Esgrima.
John Weissmuller venceria novamente as provas de 100 m e 400 metros em Natação.
Portugal, com uma comitiva de 32 atletas, conseguiria uma nova medalha de bronze, na prova de Espada e Florete (Esgrima), com uma equipa constituída por Paulo d’ Eça Leal, Mário de Noronha, Jorge Paiva, Frederico Paredes, João Sasseti e Henrique da Silveira.
A equipa olímpica portuguesa de futebol, presente pela primeira vez – com a direcção técnica de Cândido de Oliveira e Ricardo Ornellas – alcançaria os ¼ final da prova, depois de vencer o Chile por 4-2 (primeira vitória portuguesa no estrangeiro) e a Jugoslávia por 2-1, perdendo o jogo de acesso às 1/2 finais com o Egipto por 1-2; o Campeão Olímpico de 1928 seria a Argentina.
Os países mais medalhados foram:
(mais…)
RELATÓRIO "DESENVOLVIMENTO HUMANO" (VIII)
Mas nem só de grandes desempenhos vive o mundo; acho que vale (muito) a pena debruçar-nos um pouco sobre os indicadores apresentados pelos países menos desenvolvidos e reflectir sobre estas situações de grande pobreza e subdesenvolvimento, num mundo que necessita criar condições para um desenvolvimento global mais harmonioso e sustentado.
E, infelizmente, dos países menos desenvolvidos fazem parte os de expressão portuguesa (com Cabo Verde a alcançar, não obstante, a 4ª posição de entre os países africanos), cujos principais indicadores resumirei também hoje e amanhã, a par dos países com prestações inferiores.
Começando com indicadores relacionados com a saúde e sobrevivência, desde o Nº de médicos por cada 100 000 habitantes; % de adultos infectados pelo vírus da SIDA; Casos de Tuberculose por 100 000 habitantes; Esperança de vida à nascença; terminando com a Taxa de mortalidade infantil (por 1 000):
– (1) Noruega: 367 / 0,1 / 5 / 78,9 / 4
– (26) Portugal: 318 / 0,4 / 37 / 76,2 / 5
– (72) Brasil: 206 / 0,7 / 94 / 68,1 / 30
– (105) Cabo Verde: 17 / … / 352 / 70,2 / …
– (123) S. Tomé e Príncipe: 47 / … / 308 / 69,9 / …
– (158) Timor-Leste: … / … / 734 / 49,5 / …
– (166) Angola: 5 / 3,9 / 398 / 40,1 / 154
– (167) Tchad: 3 / 4,8 / 388 / 44,7 / 117
– (168) R. D. Congo: 7 / 4,2 / 594 / 41,8 / 129
– (169) R. Centro Africana: 4 / 13,5 / 438 / 39,5 / 115
– (170) Etiópia: 3 / 6,3 / 508 / 45,5 / 114
– (171) Moçambique: 2 / 12,2 / 547 / 38,1 / 125
– (172) Guiné-Bissau: 17 / … / 316 / 45,3 / 130
– (173) Burundi: 1 / 6,0 / 531 / 40,9 / 114
– (174) Mali: 4 / 1,9 / 695 / 48,6 / 122
– (175) Burkina Faso: 4 / 4,2 / 272 / 45,7 / 107
– (176) Níger: 3 / 1,2 / 386 / 46,2 / 156
– (177) Serra Leoa: 9 / … / 628 / 34,2 / 165
Números “assustadores”, em particular na taxa de infectados com o vírus da Sida na R. Centro Africana e Moçambique, a reduzidíssima esperança de vida em Angola, R. Centro Africana, Moçambique (40 anos ou menos), com a Serra Leoa, com uns incríveis 34,2 anos de média de vida, terminando nas enormes taxas de mortalidade infantil (mais de 12 %!) em Angola, R. D. Congo, Moçambique, Guiné-Bissau, Mali, Níger e Serra Leoa (com uns “inaceitáveis” 16,5 %).
[1616]
JOGOS OLÍMPICOS – 1924 – PARIS
Nos Jogos Olímpicos de 1924, regressando a competição a Paris, realizada de 4 de Maio a 27 de Julho, foi introduzido o lema “Citius, Altius, Fortius” (Mais Longe, Mais Alto, Mais Forte); pela primeira vez, na Cerimónia de Encerramento, seriam hasteadas três bandeiras, a do Comité Olímpico Internacional, a do país organizador e a do país organizador das Olimpíadas seguintes.
Participaram nos Jogos 3 089 atletas, com um acréscimo importante de países, de 29 para 44, sendo disputadas 126 provas.
A 20 de Julho de 1924, Johnny Weissmuller, dos EUA – que viria a ser imortalizado como o “Tarzan” –, conquistaria duas medalhas de ouro em provas de natação e a medalha de bronze em pólo aquático.
O finlandês Paavo Nurmi conquistaria 5 medalhas de ouro, acrescendo às 3 que conquistara já em 1920. Num só dia, 10 de Julho de 1924, começou por vencer a prova dos 1 500 metros; menos de 1 hora depois, venceria os 5 000 metros. Outro finlandês, Ville Ritola, alcançaria também 4 medalhas de ouro (3 000 metros obstáculos, 10 000 metros e, colectivamente, as provas de 3 000 m e de cross-country) e 2 de prata (5 000 m e cross-country).
Portugal (com 29 atletas participantes) conquistaria a sua primeira medalha, de bronze, por intermédio da equipa de Hipismo, no concurso de Obstáculos (Aníbal Borges de Almeida, Hélder de Sousa Martins, José Mouzinho de Albuquerque e Luís Cardoso Mendes).
No quadro de medalhas, os 10 primeiros países foram:
(mais…)
…16 DIAS – ÍNDIA
Visitar a Índia será uma experiência tão inesquecível que dela se pode ouvir dizer “dever ser a última viagem a fazer”, dado que “depois de se conhecer a Índia, já nada haverá para ver de mais esplendoroso”…
Uma peculiar e fascinante cultura, preservada ao longo de mais de 5 000 anos, o hinduísmo como filosofia de vida, na qual a religião está sempre presente.
Rodeada pelos majestosos Himalaias a Norte e confinando a sul com uma espectacular linha de costa de 3 diferentes mares, a Índia oferece um caleidoscópio único de paisagens, locais de interesse histórico e religioso, praias douradas, e uma pluralidade de festividades. Os principais pontos de atracção são:
– A cidade de Delhi, capital da Índia, dividida em Velha Delhi (em que se destaca a imponente mesquita Jama Masjid ou o Forte Vermelho) e Nova Delhi, criada pelos ingleses em 1911, onde impera a arquitectura britânica, nomeadamente no Palácio do Governo e na “Indian Gate”.
– Agra, próxima da capital, no Norte da Índia, junto das margens do rio Jamuna, com o principal ponto turístico (a “jóia da coroa”), o Taj Mahal (mausoléu de mármore branco com pedras preciosas incrustadas nas paredes), mandado construir pelo Imperador muçulmano Shah Jahan, em homenagem à sua esposa favorita, Mumatz Mahal (conhecida também como Arjumand), morta ao dar à luz o 14º filho do casal, em 1631, tendo a sua construção sido concluída em 1648.
Foi considerado como o mais belo edifício do mundo, combinando estilos arquitectónicos indiano, persa e islâmico; é também Património Mundial da Humanidade, por deliberação da UNESCO de 1983.
Integra cinco elementos principais: a entrada principal (Darwaza), o jardim (Bageecha), a mesquita (Masjid), o Naqqar Khana e o mausoléu (Rauza). Compreende ainda 4 minaretes de 40 metros de altura, nos cantos da estrutura.
Também em Agra, o Forte Agra, palácio e forte militar, mandado construir em 1565 pelo Imperador Akbar.
– Rajastão, com o deserto de Thar, contrastando com as exuberantes roupas e turbantes dos habitantes locais e a capital Jaipur (conhecida como “cidade cor-de-rosa”, devido às suas construções de arenito rosa: Amber Fort, Palácio dos Ventos).
– No Rajastão Central, a cidade sagrada de Pushkar, com um lago sagrado, em redor do qual foram construídos inúmeros templos dedicados a Shiva.
– Varanasi, a capital religiosa, situada nas margens do Rio Ganges, em cujas águas milhares de indianos se banham diariamente, num rito purificador.
– Darjeeling, no nordeste, região montanhosa dos Himalaias preferida dos britânicos, com os seus mosteiros budistas.
– Khajuraho, com os seus templos diversificados, desde os deuses do sol, a touros sagrados, passando pelos mais famosos, os do sexo, nos quais são esculpidas posições do Kama Sutra.
– Ilhas Andaman e Nicobar; na Baía de Bengala, localizam-se 300 ilhas tropicais, cobertas por florestas, com praias de areia branca e água cristalina, com recifes de corais, convidando ao mergulho.
Há 1 ano no Memória Virtual – Itália
[1614]