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NOVOS PAÍSES MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – R. CHECA (V)
A Bandeira Checa mantém as tradicionais cores eslavas (vermelho, branco e azul); o triângulo azul . que antes representava a Eslováquia . simboliza actualmente a Morávia. Os três territórios originais da Coroa Checa (Boémia, Morávia e a Silésia) estão também representados no escudo nacional. A Moeda do país é a .Coroa Checa..
Os Checos mais conhecidos a nível internacional são Vaclav Havel (Presidente e famoso escritor dramaturgo), os escritores Franz Kafka, Milan Kundera e Josef Skvorecky (Prémio Nobel em 1984), o realizador de cinema Milos Forman, o compositor Antonin Dvorak (.Sinfonia do Novo Mundo.), Martina Navratilova e Ivan Lendl (tenistas, naturalizados norte-americanos), Tomas Bata, famoso fabricante de sapatos, tendo também o fundador da McDonald.s (Roy Kroc) origem checa.
Os principais recursos energéticos são o carvão, linhite, caolinos, argila e grafite. As produções agrícolas mais relevantes são os cereais, batatas, fruta, produtos florestais, para além da agro-pecuária. As indústrias mais importantes são a metalurgia do ferro, maquinaria e equipamentos e veículos (Skoda).
A fechar esta breve .viagem. pela R. Checa, alguns dados estatísticos de carácter sócio-económico: PIB .per capita., 13 850 euros; Taxa de inflação, 4 %; Taxa de desemprego, 9,2 %; número de automóveis por 100 habitantes, 34; número de telemóveis por 100 habitantes, 68; número de utilizadores de Internet por 100 habitantes, 15.
Assim se conclui, ao fim de 10 meses (!) a apresentação dos 10 novos países-membros da União Europeia, com adesão plena já a partir do próximo dia 1 de Maio. Quem ousaria pensar, há 15 anos atrás, numa União Europeia a 25? Faltam apenas 15 dias!…
P. S. A propósito de cultura checa, leia-se o artigo de Alexandra Lucas Coelho, no “Público” de 10 de Abril (ver em “entrada estendida”).
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NOVOS PAÍSES MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – R. CHECA (IV)
A República Checa localiza-se aproximadamente no centro geográfico da Europa, ocupando um território com uma superfície de 78 866 km2, com uma população de cerca de 10 300 000 habitantes (81 % de Checos, 14 % de Moravos e Silésios e 3 % de Eslovacos).
É um país interior, não dispondo de costa, situando-se a 326 km do Mar Báltico e 322 km do Mar Adriático.
Tem fronteiras com a Alemanha (a Norte e Oeste, 810 km), Polónia (a Norte e a Leste, 762 km), Áustria (a Sul, 466 km) e Eslováquia (a Sul, 265 km).
A capital localiza-se em Praga (Praha), dispondo de uma população de cerca de 1 200 000 habitantes; outras cidades principais são Brno (na Morávia), cerca de 390 000 habitantes; Plzen (Boémia), cerca de 175 000 habitantes; Olomouc (Morávia), cerca de 110 000 habitantes; e Liberec, Hradec Kralove e Ceske Budejovice (todas na Boémia), com cerca de 100 000 habitantes.
O ponto mais alto do país é o Monte Snezka (1 602 metros), situando-se o ponto mais baixo próximo de Hoensko (onde o Rio Labe / Elba abandona o território checo), cerca de 117 metros abaixo do nível do mar.
O clima é relativamente temperado, um misto de oceânico e continental, com Invernos frios (temperaturas entre os – 2 graus, em Janeiro) e Verões frescos (20 graus em Julho).
A língua oficial do país é o Checo. A população é maioritariamente Católica (cerca de 40 %), com percentagem similar de ateus e apenas cerca de 3 % de Protestantes.
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NOVOS PAÍSES MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – R. CHECA (III)
Só a chegada de Mikhail Gorbachev ao poder na União Soviética permitiria mudanças significativas na política dos países do bloco leste da Europa. O povo começou a manifestar-se em massa, reclamando o fim do domínio comunista. A .Revolução de Zamatova. (iniciada com manifestações pacíficas de estudantes) força o governo a renunciar em Novembro de 1989.
O principal movimento de oposição, o Fórum Cívico do escritor Vaclav Havel (que havia anteriormente estado preso durante 4 anos) converte-se numa importante força política, obrigando os comunistas a negociar; Havel seria eleito Presidente.
No final de 1989, os governos checoslovaco e soviético acordaram na retirada de 70 000 membros do Exército Russo, estacionados no território do país.
Em 1990, seriam realizadas as primeiras eleições multi-partidárias, ganhas pelo Fórum Cívico, verificando-se pouco depois uma cisão que levaria à formação do Partido Democrático, de centro-direita.
Entretanto, a parte leste do país (Eslováquia) começava a manifestar a sua insatisfação, reclamando uma autonomia crescente e inclusivamente a independência. Apesar da oposição do Presidente Havel, que considerava ter o país outras preocupações prioritárias, em Novembro de 1991, iniciaram-se negociações entre os representantes das duas repúblicas, que se prolongaram até às eleições de Junho de 1992.
O Partido Democrático obteria apenas 34 % dos votos, mas mais de 50 % na parte checa; por seu lado, o Movimento por uma Eslováquia Democrática, dirigido por um ex-comunista, que se transformara em nacionalista, Vladimir Meciar, obteve 37 % dos votos, com uma maioria absoluta a nível regional.
A ideia da independência ganhava força; na sequência de referendo, Checos e Eslovacos decidiram separar-se . de forma pacífica, mas algo .amarga. ., nascendo a 1 de Janeiro de 1993 a Republica Checa e a Eslováquia (ambos com adesão à União Europeia a partir do próximo 1 de Maio).
Em 1998, Vaclav Havel foi eleito para um segundo mandato como Presidente. Entretanto, o governo colocava uma grande ênfase na sua política externa, estabelecendo como prioridade a adesão à União Europeia, tendo entretanto o país sido também admitido na NATO, sem prejuízo de manter boas relações com os antigos países membros do Pacto de Varsóvia, tendo também estabelecido um Tratado de Cooperação e Amizade com a Rússia e, formando, com a Hungria e a Polónia, o Grupo de Visegrad, com o objectivo de promover a cooperação económica e segurança na região.
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NOVOS PAÍSES MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – R. CHECA (II)
Em 1618, inicia-se o levantamento dos Estados Checos contra os Habsburgo, contra a repressão da liberdade religiosa, iniciando-se a Guerra dos 30 Anos, entre Católicos e Protestantes, provocando grande devastação nos Estados Checos.
A constituição de 1867 não reconheceria as reivindicações nacionalistas checas. Em 1879, participariam no governo, mas apenas com o termo da I Guerra Mundial, em 1918, seria declarada a sua independência, formando, em união com os Eslovacos, a República da Checoslováquia (tendo por artífice Tomás Garyk Masaryk, primeiro presidente eleito), ocupando o território da Boémia e da Morávia (anteriormente sob o domínio austríaco), parte da Silésia, e da Eslováquia (antes sob domínio húngaro) e Cárpato-Ruténia, iniciando-se, não obstante, um período de turbulência política e social.
Apesar disso, foi possível aprovar, em 1920, a Constituição Checoslovaca, inspirada nas Constituições americana e francesa. Nos anos seguintes (até à crise de 1932, com grande nível de desemprego), a Checoslováquia seria uma das 10 economias mais desenvolvidas do mundo.
Essa crise proporcionou o ressurgir de movimentos de tendências nacionalistas, com um partido .Sudeta-Alemão.; culminando em 1938 com a invasão dos Sudetas pelas tropas de Hitler (tolerada pela Inglaterra, Nevile Chamberlain, e pela França, Edouard Daladier).
Durante a II Guerra Mundial, o país (excepto a Eslováquia . que auto-proclamou a sua independência, sob influência alemã) manteve-se ocupado pela Alemanha.
Com o termo da Guerra, na Conferência de Yalta, Roosevelt e Estaline acordam que a Checoslováquia passe para a zona de influência soviética, tendo o território sido ocupado pelo Exército Russo, acabando mesmo a Cárpato-Ruténia por ser anexada pela União Soviética.
O Partido Comunista da Checoslováquia venceria as eleições de 1946 e de 1948, altura em que foi proclamada a República Popular, adoptando um modelo económico-social similar ao soviético, integrando o Pacto de Varsóvia (sistema de alianças dominado pela URSS).
Até final dos anos 60, continuou a ser adoptada uma política de inspiração soviética. Em 1968, a eleição de Alexander Dubcek colocaria em marcha um programa de reformas liberais, descentralização da economia e de afirmação da soberania nacional, com amplo apoio popular. A .Primavera de Praga. terminaria abruptamente com a intervenção, em 21 de Agosto, das tropas soviéticas, sendo expulsos os dirigentes checos e restabelecendo-se o alinhamento político com a URSS.
P. S. Novos agradecimentos, à Bloguida e ao Letras com Garfos.
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NOVOS PAÍSES MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – R. CHECA (I)
Entre os primeiros habitantes da região estiveram povos celtas Boji (de onde viria a designação de Boémia). Sucessivos movimentos de povos provocariam invasões da região da Boémia, destacando-se, no século V, várias tribos eslavas, desenvolvendo uma economia baseada na agricultura, construindo as características vilas circulares eslavas (.okroulice.).
A pacífica vida das tribos eslavas seria afectada no século VI pela invasão dos Ávaros, povo de origem desconhecida, que estabeleceria um império entre os rios Labe (Elba) e Dniepr.
Os Boémios e Moravos seriam submetidos ao domínio de Carlos Magno no século VIII, destruindo o Império Ávaro. O Reino Eslavo da Boémia estabeleceu-se com a lendária dinastia de Premyslidas no ano 800, gozando de considerável independência.
Cerca de 830, os Moravos formaram o primeiro Estado, que agruparia mais tarde, sob a Grande Morávia (incluindo o sul da Polónia e o oeste da Hungria), os Checos e Eslovacos, a qual viria a ser desmembrada com as invasões húngaras do século X, deslocando-se o domínio para a Boémia.
Em 863, o Imperador Miguel de Bizâncio enviava ao Grande Império Moravo Cyril e Methodius, introduzindo os ritos e a liturgia em idioma eslavo da Igreja Cristã do Oriente, sendo então adoptado o alfabeto cirílico. Em 885, com a morte de Methodius, arcebispo da Morávia, o Império Moravo caía sob a influência da Igreja Católica Romana, provocando que os checos e eslovacos adoptassem o alfabeto latino, diferenciando-se dos eslavos orientais.
No século X, estabelece-se o Principado da Boémia, em resultado da unificação das tribos Boémias. São Venceslau, grande difusor dos ensinamentos de Cristo, converte-se num símbolo do território checo, incluindo a Morávia, Silésia e uma parte da Eslováquia.
Em 1086, a Boémia convertia-se num reino conhecido como .Estados da Coroa Checa.. No século XI, seria submetido pelo império Germânico. Em 1198, estabeleceu-se um reino independente, integrante do Sacro Império Romano.
Mais tarde, com o Reinado de Otakar II (1253-78), a Boémia e a Morávia atravessariam um período de grande esplendor, estendendo-se os seus limites desde o Báltico até ao Mar Adriático.
O Imperador Carlos IV (1346-78) transferiria o centro do seu governo para Praga, fundando a primeira universidade na Europa Central.
A partir de 1471, governaria a dinastia polaca (sendo o território integrado no reino unido da Polónia e Hungria), até que, com Luís II (1516-26) se uniriam as coroas da Boémia e da Hungria. Em 1526, seria eleito o Rei Fernando da dinastia austríaca de Habsburgo. Os Estados da Coroa Checa integrariam o Império Austro-Húngaro dos Habsburgo até à I Guerra Mundial.
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NOVOS PAÍSES MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – POLÓNIA (V)
A Polónia (Rzeczpospolita Polska) é um Estado localizado na parte centro-oriental da Europa, sendo um dos maiores países da Europa, com 312 685 km2 e cerca de 39 milhões de habitantes.
A Norte, tem por limite o Mar Báltico, tendo também fronteiras com a Rússia e a Lituânia; a leste, faz fronteira com a Bielo-Rússia e Ucrânia; ao Sul, com a R. Checa e Eslováquia; a Oeste, com a Alemanha. As fronteiras terrestres ascendem a 2 888 km, dispondo de 491 km de costas marítimas.
A capital localiza-se em Varsóvia, cidade que conta cerca de 2 milhões de habitantes. O idioma oficial é o polaco. 95 % da população é católica romana, havendo pequenas comunidades ortodoxas e protestantes. Nicolas Copérnico foi um dos polacos mais famosos da história.
As principais exportações do país respeitam a produtos agrícolas, assim como alguns equipamentos e substâncias químicas.
O clima é temperado, com Invernos frios, moderadamente severos, com chuvas frequentes; os Verões são suaves, com frequentes trovoadas.
A fechar esta breve .viagem. pela Polónia, alguns dados estatísticos de carácter sócio-económico: PIB .per capita., 4 500 euros; Taxa de inflação, 5 %; Taxa de desemprego, 17,8 %; número de automóveis por 100 habitantes, 27; número de telemóveis por 100 habitantes, 25; número de utilizadores de Internet por 100 habitantes, 10.
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NOVOS PAÍSES MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – POLÓNIA (IV)
No ano de 1983, dá-se nova visita ao país do Papa João Paulo II, enquanto que Lech Walesa é distinguido com o Prémio Nobel da Paz, quando se encontrava preso. Pouco depois, uma amnistia libertaria os presos políticos. Em Julho do mesmo ano, é declarado o estado de emergência.
Em 1985, depois de o Tribunal declarar três membros da polícia culpados do assassinato do sacerdote Jerzy Popiluszka (defendor do .Solidariedade.), Jaruzelski demite-se do cargo de primeiro-ministro, tornando-se Presidente do Conselho de Estado. As mudanças políticas na União Soviética proporcionaram uma aceleração do processo de democratização polaco.
Em 1987, o Papa João Paulo II realiza a sua terceira viagem à Polónia; em Novembro, realizam-se as primeiras eleições livres, pronunciando-se o povo a favor da democratização da Polónia.
Em Fevereiro de 1989, o Governo reconhece legalmente o .Solidariedade., dando início às reformas políticas e económicas no país. A 17 de Maio, o Parlamento aprova a legalização da Igreja Católica. A 4 de Junho, representantes do .Solidariedade. vencem as eleições, frente aos comunistas.
A 19 de Julho, Jaruzelski é eleito presidente executivo, aceitando um governo de coligação dirigido pelo .Solidariedade.; pela primeira vez no pós-guerra, um país do bloco de leste europeu tinha um governo não comunista.
Em 1990, Jaruzelski renuncia ao cargo; a 9 de Dezembro, Lech Walesa ganha as primeiras eleições presidenciais directas. O país acordava um plano de recuperação com o FMI e solicitava a adesão ao Conselho da Europa, iniciando relações com a Comunidade Económica Europeia.
Seguiu-se um período de instabilidade governamental, com vários governos, na sequência de diversas alterações em termos de coligações políticas. Em 1995, Lech Walesa perderia as presidenciais para o candidato comunista, Alexander Kwasniewski que, não obstante, decidiu prosseguir as reformas económicas.
Em 1997, um partido originário do antigo .Solidariedade. venceria as eleições com uma maioria relativa, obrigando a aliança governamental com partido de direita. O programa do novo governo estabelecia como prioridade a adesão à NATO (concretizada em 1998, juntamente com a Hungria e R. Checa), assim como a adesão à União Europeia, adoptando um programa de privatizações das empresas estatais.
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NOVOS PAÍSES MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – POLÓNIA (III)
O Tratado de Versailles de 1918 reconheceria o Estado Polaco, que ressurgia assim como país independente, cujo território se compunha pela .Pequena Polónia., .Grande Polónia. e parte da Pomerânia, unindo-se ainda a parte da Lituânia central, estabelecendo-se então a República Polaca, com as fronteiras estabelecidas pelo Tratado de Riga de 1921. O país seria então dominado por um regime militar.
Quando os polacos se recusam a ceder Dantzig aos alemães, tal é tomado como pretexto para a invasão do país, a 1 de Setembro de 1939, desencadeando a II Guerra Mundial, vindo os alemães a ocupar todo o território polaco (após uma primeira fase de repartição do território com a Rússia), com o genocídio da sua população judia.
Em 1945, na Conferência de Ialta, foram fixadas as novas fronteiras da Polónia (com a cedência de parte importante do território de leste à União Soviética e a deslocação da fronteira cerca de 300 km para Oeste, absorvendo parte da Alemanha), instalando-se um governo comunista, sendo votada, em 1947, a Constituição da República Popular Polaca, posteriormente revista pela Constituição de 1952.
Em 1956, a influência da igreja católica, baseando-se na insatisfação da população, origina a primeira insurreição contra o poder comunista, seguindo um modelo estalinista, conseguindo-se na época uma primeira abertura do regime.
Nos anos 70, Edward Gierek inicia uma política de aproximação ao Vaticano. Em 1976, teria início uma fase de greves em protesto contra o aumento do custo de vida, levando à reforma da Constituição, na sequência da pressão de grupos católicos e intelectuais.
Em 1979, a visita do Papa João Paulo II provoca uma grande vaga popular, levando a que o Sindicato .Solidariedade., dirigido por Lech Walesa, fosse reconhecida pelo governo. Uma nova onda de greves grassa no país, levando à demissão de Gierek.
Em 1981, o chefe do governo, Wojciech Jaruzelski (suportado pela União Soviética), recusa a petição do .Solidariedade. para a realização de eleições livres, impondo a lei marcial e prendendo os líderes sindicais, proibindo o sindicato, estabelecendo um junta militar para dirigir o país.
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NOVOS PAÍSES MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – POLÓNIA (II)
Mais tarde, Segismundo III (1587-1632), perdendo as guerras contra a Suécia e a Rússia, provocou a perda do poder da Polónia, perdendo também parte importante do seu território.
Em 1673, Sobieski foi nomeado rei da Polónia, derrotando, 10 anos depois, os turcos que sitiavam Viena. Apesar de ter recuperado a Ucrânia, a decadência acentuava-se, cada vez com maior intervenção da Rússia e Áustria nas decisões políticas.
A sucessão de Augusto II provocaria a Guerra da Sucessão Polaca, que duraria de 1731 a 1738.
Em 1772, o território polaco seria repartido, anexando a Prússia uma parte, com a Rússia a anexar a Lituânia, e a Áustria outra parte desse território. A Polónia perdia 211 000 km2, e 5 milhões de habitantes.
Em 1792, os polacos procuraram reagir, mas foram rapidamente vencidos pela Prússia e Rússia, que, conjuntamente com Áustria, repartiriam o resto do território, provocando a destruição da Polónia, transformada em protectorado russo (1793).
Em 1807, Napoleão formava o Ducado de Varsóvia, que desapareceria sete anos depois, sob o domínio russo, na sequência da derrota de Napoleão com a Rússia.
O Congresso de Viena de 1815 estabelecia uma nova entidade política, controlada pela Prússia e Áustria. Logo de seguida, seria fundado um novo Reino da Polónia, totalmente dependente da Rússia; o Czar Alexandre I era ao mesmo tempo rei da Polónia.
Em 1830, 1846 e 1863, registam-se novos levantamentos contra o domínio estrangeiro, com guerras polaco-russas, embora sempre sem sucesso. Conseguiriam, ainda assim, algum reconhecimento dos direitos do povo polaco, pela Áustria (1861) e pela Rússia (em 1905), nomeadamente com a autorização para o ensino da língua polaca.
Começam a organizar-se grupos que formariam o futuro exército polaco; durante a I Guerra Mundial, estas legiões lutariam contra a Rússia; em 1917, a Áustria e a Alemanha invadem o território, criando um estado polaco, sob a sua dependência.
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NOVOS PAÍSES MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – POLÓNIA (I)
Os primeiros habitantes do território polaco foram as tribos eslavas que se instalaram nas margens dos rios Oder e Vistula no Século I. O nome do país deriva da tribo dos polanos (povo que cultiva a terra).
Até ao Século XII, a Polónia seria uma monarquia hereditária. O primeiro rei conhecido foi Mieszko I (960-992), reconhecido como o fundador do Estado Polaco, que se converteu ao cristianismo, fundando o bispado de Poznan (966), reinando sobre a Polónia e Silésia, territórios posteriormente ampliados com a Morávia, pelo seu filho Boleslao I (vencedor da guerra polaco-germânica de 1002-1018).
No século XII, o território seria dividido entre os 5 filhos de Boleslao III, chegando a formar-se, em meados do século XIII, 20 ducados. O desmembramento do poder central e a debilidade de cada um dos duques levaram ao crescimento da autonomia da igreja e da nobreza, numa época em se registava grande afluência de colonos alemães.
Com Casimiro o Grande (1333-1370), a Polónia tornou-se uma monarquia testamentária, assumindo o rei (que passaria a ser eleito) o papel de árbitro entre a nobreza, o clero, a burguesia e os camponeses.
No final do séc. XIV, o rei Ladislao (de origem lituana), uniria os territórios polacos formando um poderoso império Polaco-Lituano, que ia desde a Prússia até ao Mar Negro e desde a Silésia até perto de Moscovo, povoado por grupos étnicos muito diversificados: polacos, lituanos, alemães, judeus, arménios e tártaros, com religiões católica, ortodoxa, arménia, judaica e muçulmana.
O seu descendente Ladislao II venceria a Ordem Teutónica de Tannenberg em 1410; contudo, Ladislao III pereceria em defesa contra o avanço otomano, impondo-se novamente o seu irmão Casimiro IV à Ordem Teutónica, anexando a Pomerânia e Danzig.
Com o fracasso da campanha expansionista de Alexandre I no estrangeiro, passa-se por uma fase de derrocada do império.
Em 1569, Segismundo II conseguiria novamente fazer com que a Lituânia aceitasse a União de Lublin, unindo os dois territórios, que mantinham cargos, direitos e exércitos separados. O século XVI seria o .século de ouro. da Polónia.
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