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Roger Federer – Último jogo da carreira
Roger Federer disputou, esta noite, na “Laver Cup” (torneio que coloca frente-a-frente a selecção da Europa face à selecção do “Mundo”) o 1.750.º encontro da sua carreira (1.526 em singulares, dos quais venceu 1.251; e 224 em pares, tendo vencido 131), fazendo dupla com o seu maior rival de sempre, Rafael Nadal, no qual o resultado foi o menos importante (tendo perdido, ante o par formado por Jack Sock e Frances Tiafoe, por 6-4, 6-7 e 9-11).
Conquistou um total de 103 torneios, entre 2001 e 2019, dos quais 20 “Grand Slam” e 6 finais dos “Masters” (2003, 2004, 2006, 2007, 2010 e 2011), liderando o ranking “ATP” por seis ocasiões, ao longo de um total de 310 semanas (237 das quais consecutivamente, entre 02.02.2004 e 17.08.2008).
Disputou, sucessivamente, 10 finais de torneios do “Grand Slam”, desde Wimbledon 2005 até ao US Open 2007, das quais apenas perdeu as de Roland Garros de 2006 e 2007. Participou em todas as quatro finais desses torneios nos anos de 2006, 2007 e 2009.
Jogou 23 meias-finais consecutivas, entre Wimbledon 2004 e o Australian Open de 2010; com 36 presenças sucessivas em quartos-de-final, entre Wimbledon 2004 e Roland Garros 2013.
Nesses quatro torneios mais importantes do Mundo participou num total de 31 Finais, 46 meias-finais, tendo atingido os 1/4 de final por 58 vezes (18 em Wimbledon, 15 na Austrália, 13 no US Open e 12 em Roland Garros) – num total de 81 participações.
Em termos globais, em 429 encontros realizados nesses torneios, venceu 369 (86%): 105 em Wimbledon, 102 na Austrália, 89 no US open e 73 em Roland Garros. Acrescem ainda outras quatro ocasiões em que seguiu em frente no torneio (2 vezes no US Open, e uma na Austrália e em Wimbledon) por “falta de comparência” do adversário.
No ano de 2006 estabeleceu um “record” de 12 títulos em torneios “ATP”. É também recordista de títulos, nomeadamente, nos torneios de Basel (10), Halle (10), Wimbledon (8), Dubai (8), Cincinnati (7) e Indian Wells (5).
Roger Federer – O adeus à competição
Roger Federer anunciou hoje o “adeus” à competição, aos 41 anos, fazendo a sua despedida na “Laver Cup”, a disputar nos próximos dias 23 a 25 de Setembro, em Londres, colocando frente-a-frente uma selecção da Europa e outra do resto do Mundo.
Eis um resumo da sua carreira, expoente máximo do Ténis a nível mundial, com um total de 103 torneios conquistados, entre 2001 e 2019, dos quais 20 “Grand Slam” e 6 “Masters” – tendo liderado o ranking “ATP” por seis ocasiões, ao longo de um total de 310 semanas:
- 02.02.2004 a 17.08.2008 (237)
- 06.07.2009 a 06.06.2010 (48)
- 09.07.2012 a 04.11.2012 (17)
- 19.02.2018 a 01.04.2018 (6)
- 14.05.2018 a 20.05.2018 (1)
- 18.06.2018 a 24.06.2018 (1).
Roger Federer – 100 títulos em Torneios ATP
(imagem via Jeu, Set et Maths)
- Grand Slam – 20 títulos: 8 em Wimbledon; 6 na Austrália; 5 no US Open; e 1 em Roland Garros
- Masters Finals – 6 títulos: 2 em Houston; 2 em Xangai; 2 em Londres
- ATP 1000 – 27 títulos: 7 em Cincinnati; 5 em Indian Wells; 4 em Hamburgo; 3 em Madrid e em Miami; 2 em Xangai e em Toronto; 1 em Paris
- ATP 500 – 22 títulos: 8 no Dubai; 6 em Basileia; 3 em Roterdão; 2 em Halle e em Viena; 1 em Tóquio
- ATP 250 – 25 títulos: 7 em Halle; 3 em Basileia e em Doha; 2 em Bangkok; 1 em Brisbane, Estocolmo, Estoril, Estugarda, Gstaad, Istambul, Marselha, Milão, Munique e Sydney.
250 Títulos ATP de Federer, Nadal e Djokovic
Quadro actualizado com os 250 Torneios ATP conquistados por Roger Federer (98), Rafael Nadal (80) e Novak Djokovic (72)
(Grafismo interactivo, com possibilidade de filtrar por ano, por escalão, por vencedor ou por torneio)
Actualização a 28.10.2018 – Com a 9.ª vitória obtida no Torneio de Basileia, Roger Federer atingiu a marca de 99 títulos ATP.
Federer / Nadal / Djokovic – Grafismo interactivo
Clicar na imagem para aceder ao grafismo interactivo, no qual podem consultar-se todos os titulos conquistados por Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic, filtrando por torneio, por escalão e por ano.
Roger Federer – Títulos por Torneio / ano
Clicar na imagem para visualizar um gráfico interactivo, com a lista de torneios ATP conquistados por Roger Federer, por local e por ano (clicando em cada um dos círculos no mapa, visualizam-se os anos em que venceu esse torneio; clicando em cada um dos anos na linha do gráfico, surgem indicados no mapa os torneios vencidos).
Federer / Nadal / Djokovic – Títulos
Repartindo o domínio do ténis mundial nos últimos 15 anos – venceram, entre os três, 51 dos últimos 62 torneios do “Grand Slam” (mais de 80% do total), de que, aliás, são “recordistas” -, Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic (que acaba de vencer o US Open, depois de ter triunfado já em Wimbledon) marcam uma era da história do ténis, consubstanciada, notavelmente, no seguinte palmarés a nível de títulos conquistados:
Torneios Federer Nadal Djokovic Total Grand Slam Austrália 6 1 6 13 Roland Garros 1 11 1 13 Wimbledon 8 2 4 14 US Open 5 3 3 11 20 17 14 51 ATP Masters 1000 Cincinnati 7 1 1 9 Hamburgo (até 2008) 4 1 - 5 Indian Wells 5 3 5 13 Madrid 3 5 2 10 Miami 3 - 6 9 Monte Carlo - 11 2 13 Paris 1 - 4 5 Roma - 8 4 12 Toronto 2 4 4 10 Xangai 2 - 3 _5 27 33 31 91 ATP Tour 500 20 20 12 52 ATP Tour 250 25 9 9 43 ATP World Tour Final 6 - 5 11 Jogos Olímpicos - 1 - 1 Total 98 80 71 249
De entre os torneios do “ATP Tour 500”, destacam-se os 11 triunfos de Nadal em Barcelona, os 7 de Federer no Dubai (para além de 5 em Basileia) e os 6 de Djokovic em Pequim (que venceu também no Dubai por 4 vezes).
Nos torneios do “ATP Tour 250”, realce para os 7 triunfos de Federer em Halle (assim como 3 outras vitórias em Basileia).
Rafael Nadal sagrou-se Campeão Olímpico em Pequim, em 2008 (tendo Novak Djokovic obtido a medalha de bronze). Roger Federer foi medalha de prata em Londres, em 2012.
Em pares, Roger Federer foi também Campeão Olímpico em Pequim, em 2008, fazendo dupla com Stanislas Wawrinka; por seu lado, Rafael Nadal foi igualmente Campeão Olímpico em 2016, no Rio de Janeiro, em parceria com Marc López.
Rafael Nadal conquistou ainda, por 4 vezes, a Taça Davis, pela selecção de Espanha (em 2004, 2008, 2009 e 2011), tendo Novak Djokovic vencido a prova, pela Sérvia, em 2010, enquanto Federer liderou a equipa suíça na vitória averbada em 2014.
No que respeita especificamente a torneios do “Grand Slam”, são os seguintes os números mais significativos de cada um destes três “grandes”:
Grand Slam Federer Nadal Djokovic Total Total de encontros Ganhos 343* 247 260*** 850 Perdidos 54 37** 41 132 397 284 301 982 Total de "sets" Ganhos 1056 760 791 2607 Perdidos 278 191 228 697 1334 951 1019 3304 Total de "tie-breaks" Ganhos 136 78 96 310 Perdidos 65 48 54 167 201 126 150 477 Total de finais Vitórias 20 17 14 51 Derrotas 10 7 9 26 30 24 23 77 Total de 1/2 finais Vitórias 30 24 23 77 Derrotas 13 5 10 28 43 29 33 105
* Federer – 4 vitórias por “falta de comparência” de adversários
** Nadal – 1 derrota por “falta de comparência”
*** Djokovic – 2 vitórias por “falta de comparência” de adversários
Os vencedores dos outros 11 torneios do “Grand Slam” (desde a primeira vitória de Roger Federer, em Wimbledon, em 2003) foram: Andy Murray (3 – US Open 2012 e Wimbledon 2013 e 2016); Stanislas Wawrinka (3 – Austrália 2014, Roland Garros 2015 e US Open 2016); Andy Roddick (US Open 2003); Gastón Gaudio (Roland Garros 2004); Marat Safin (Austrália 2005); Juan Martín del Potro (US Open 2009); e Marin Čilić (US Open 2014).
Optimista
Podia fazer aqui uma espécie de “pot-pourri” de temas que mais me interessam: desde a “Memória”, em termos gerais, a Tomar, mais em particular; do presente e futuro do jornalismo às perspectivas sombrias que assolam a Europa; da questão dos refugiados e das migrações às incertezas sobre as saídas profissionais dos nossos filhos (a tal geração mais qualificada de sempre); em termos pessoais, do indelével elo que, desde há cerca de quatro anos, estabeleci com a Bulgária, o país mais pobre da União, onde a extrema-direita racista chegou recentemente ao poder, tendo sob mira as minorias turca e cigana, segregadas e cada vez mais intoleradas.
Enquanto “coleccionador de histórias”, podia também recordar um episódio com contornos caricatos, que, em 1998, vivi em Bissau: o de, durante a semana, ver toda a gente a olhar para a lua, procurando antecipar o início do Ramadão – e consequente dia feriado –, que, tendo chegado precisamente na sexta-feira, me impediu de confirmar o voo de regresso, numa altura em que a ligação aérea Bissau-Lisboa estava completamente lotada e a duração da reserva no hotel tinha entretanto chegado ao fim, tal como o dinheiro de que dispunha para a missão…
Eu, que me vejo, não propriamente pessimista, mas, de forma geral, mais realista, optei, porém, por deixar aqui de lado as magnas preocupações que nos envolvem nestes dias cinzentos – por outros, bastante mais abalizados para versar estes assuntos, amiúde abordadas –, preferindo expressar, por um prisma positivo, uma outra grande paixão, como é a do desporto.
E, sobretudo, o exemplo que nos é apontado por aquele que será, porventura, o maior desportista mundial de todos os tempos, especialmente na medida em que é praticante de uma modalidade individual, em que um encontro pode chegar a durar até três ou mais horas.
Reunindo características únicas de carisma e virtuosidade, talento e versatilidade, combinando estética e técnica, empenho e profissionalismo, humildade e respeito (pelos adversários e pelo público), numa longeva carreira de mais de vinte anos, praticamente sempre ao mais alto nível – cumprem-se agora precisamente 15 anos sobre a primeira das suas vinte vitórias em torneios do “Grand Slam”, em Wimbledon –, Roger Federer conta quase uma centena de competições ganhas, com mais de 300 semanas como n.º 1 do ranking mundial, somando cinco estatuetas dos “Óscares do desporto”, os prémios Laureus, sendo, paralelamente, o atleta que maiores proventos alcançou em toda a história no decurso da sua actividade desportiva.
Roger Federer: a sua primeira grande vitória ocorreu faz hoje 15 anos
Logo em 2003 criou a “Roger Federer Foundation”, visando apoiar crianças carenciadas e promover o seu acesso à instrução e ao desporto, intervindo fundamentalmente na região da África Austral (África do Sul, Botswana, Malawi, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe), propondo-se agora abranger, num horizonte de curto prazo, um milhão de crianças!
Ora – sendo a publicidade a “força motriz” que faz girar o mundo –, depois de mais de vinte anos como rosto da Nike, prestes a completar 37 anos de idade, o suíço aceitou passar a ser o “embaixador”, a âncora maior de divulgação, da marca japonesa de roupa UNIQLO (acrónimo para a denominação inicial de Unique Clothing Warehouse), fundada em 1984 por Tadashi Yanai, no seu trilho para se tornar uma marca global – procurando desde já notabilizar-se, gerando “buzz” ainda antes que a maior montra desportiva do planeta, os Jogos Olímpicos de 2020, chegue ao Japão –, visando suplantar gigantes mundiais como a Inditex e a H&M, tendo como ambicioso objectivo atingir, já nesse ano de 2020, os 50.000 milhões de dólares de facturação!
Percebe-se, assim, como será possível pagar a Federer – o maior “avalista” de imagens de marca do mundo, representante, entre outras, das luxuosas Rolex, Mercedes-Benz ou Moët & Chandon (só Cristiano Ronaldo e LeBron James estarão, actualmente, na sua faixa de honorários) – cerca de 300 milhões de dólares, por um contrato de dez anos (independentemente do previsto termo de carreira a curto/médio prazo) – o qual, em termos comparativos, e para se percepcionar melhor o que está em causa, acumulou, ao longo de todo o seu trajecto profissional de mais de vinte anos, um montante global de cerca de 116 milhões de dólares em prémios.
Nas palavras de Tadashi Yanai, ao anunciar esta extraordinária parceria: «Compartilhamos uma meta de operar mudanças positivas no mundo, e espero que, juntos, possamos proporcionar a mais alta qualidade de vida para o maior número de pessoas».
Ao que o grande campeão retorquiu: «Estou profundamente implicado com o ténis e com o triunfo em competições. Mas, tal como a UNIQLO, também tenho grande amor pela vida, cultura e humanidade. Partilhamos uma forte paixão por ter um impacto positivo no mundo em nosso redor, ansiando por conjugar os nossos esforços criativos».
Sem ignorar que, para a empresa, antes de preocupações a nível da sua responsabilidade social, importará, em primeira instância, o lucro – aliás, como condição determinante para a sua própria perenidade –, quero crer que não terão sido em vão as palavras de Yanai, assim como, da parte de Federer – que nem sequer teria a possibilidade física de usar em “proveito próprio” o imenso pecúlio já antes angariado (estimado em mais de 500 milhões de dólares) –, os seus actos no passado constituirão um bom garante do compromisso agora novamente expresso.
Continuo optimista que, à nossa ínfima escala individual, procurando replicar o seu exemplo, seremos capazes, cada um, de dar também pequenos contributos para uma sociedade menos desequilibrada, e, principalmente, mais solidária.
(texto escrito para publicação no Delito de Opinião, acedendo ao gentil convite de Pedro Correia, a quem agradeço a oportunidade)
Roger Federer n.º 1 do ranking ATP
5 anos e 3 meses depois, com 36 anos e meio de idade, Roger Federer volta a ser o n.º 1 do Ranking ATP, posição que conquistou pela primeira vez há já 14 anos, voltando a somar semanas às 302 que já passou como líder mundial, 237 delas consecutivamente, entre Fevereiro de 2004 e Agosto de 2008! Fenomenal, o melhor desportista do mundo de todos os tempos!
Ao garantir a presença nas meias-finais do Torneio de Roterdão, batendo nos 1/4 de final, o holandês Robin Haase, Federer somou os pontos que lhe permitem superar a marca do até agora n.º 1 do ranking, o espanhol Rafael Nadal (9.760 pontos), atingindo, para já, os 9.785 pontos.
Esta será a quarta passagem do suíço pela liderança do ranking profissional de ténis, onde se estreou a 02.02.2004, permanecendo nessa posição até 18.08.2008, ao longo de 237 semanas. Depois, voltaria ainda a assumir essa condição entre 06.07.2009 e 07.06.2010 (48 semanas); e entre 9 de Julho e 4 de Novembro de 2012 (17 semanas).
É o seguinte o “top 10” dos n.º 1 do ranking que mais semanas mantiveram essa liderança:
1.º Roger Federer – Suíça – 302 semanas (237 semanas consecutivas)
2.º Pete Sampras – EUA – 286 semanas (102 semanas consecutivas)
3.º Ivan Lendl – R. Checa – 270 semanas (157 semanas consecutivas)
4.º Jimmy Connors – EUA – 268 semanas (160 semanas consecutivas)
5.º Novak Djokovic – Sérvia – 223 semanas (122 semanas consecutivas)
6.º John McEnroe – EUA – 170 semanas (58 semanas consecutivas)
7.º Rafael Nadal – Espanha – 167 semanas (56 semanas consecutivas)
8.º Björn Borg – Suécia – 109 semanas (46 semanas consecutivas)
9.º Andre Agassi – EUA – 101 semanas (52 semanas consecutivas)
10.º Lleyton Hewitt – Austrália – 80 semanas (75 semanas consecutivas)
Actualização, a 18.02.2018 – Tendo vencido o Torneio de Roterdão, ao ganhar na final, frente ao búlgaro Grigor Dimitrov, por duplo 6-2, Roger Federer passa a somar 10.105 pontos no ranking ATP.
Actualização, a 25.06.2018 – Entretanto, Roger Federer regista já, nesta fase, outros três períodos em que ocupou o n.º 1: de 19.02.2018 a 02.04.2018 (6 semanas); de 14 a 21.05.2018 (1 semana); e de 18 a 25.06.2018 (1 semana) – tendo, portanto, passado a totalizar 310 semanas nessa posição de liderança.