Posts filed under ‘Semana da História’

PORTUGAL – NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO (XV)

.O facto mais célebre da história dos séculos da luta contra os Mouros foi a batalha de Ourique, travada em 25 de Julho de 1139, portanto no ano imediatamente anterior àquele em que D. Afonso Henriques começou a usar o título de rei.

Continue Reading 7 Maio, 2004 at 8:15 am

PORTUGAL – NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO (XIV)

.A fronteira do novo reino, quando D. Afonso Henriques começou a intitular-se rei, passava um pouco ao sul de Coimbra (o castelo de Leiria era um posto avançado na linha de combate), ia por alturas da serra da Lousã e esbatia-se nas planícies da Beira Baixa, numa zona imprecisa e não dominada nem por Mouros nem por cristãos~.

Continue Reading 6 Maio, 2004 at 12:32 pm

PORTUGAL – NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO (XIII)

.O que existe é uma carta enviada em Dezembro desse mesmo ano por D. Afonso Henriques ao papa, na qual afirma que se constituía a ele e a todos os seus sucessores, «censual» da Igreja de Roma e se declarava a si próprio «homem e cavaleiro do papa e de S. Pedro, sob a condição de a Santa Sé o defender de quaisquer outros poderes eclesiásticos ou civis».

Continue Reading 5 Maio, 2004 at 8:55 am

PORTUGAL – NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO (XII)

.Nos anos seguintes houve guerras entre o imperador e o infante português. O que se pode dizer ao certo é que os Portugueses combateram no Alto Minho e que Tui serviu de pomo de discórdia. Em 1137 restabeleceu-se a paz (paz de Tui) e Afonso Henriques prometeu ao imperador .fidelidade, segurança e auxílio contra os inimigos..

Continue Reading 4 Maio, 2004 at 8:55 am

PORTUGAL – NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO (XI)

.Um lance de grande importância no processo da independência foi o da revolta de D. Afonso Henriques contra o governo da condessa D. Teresa e do conde Fernão Peres de Trava. As tropas de ambas as facções encontraram-se no dia 24 de Junho de 1128 .no campo de S. Mamede que está junto do Castelo de Guimarães. e o exército galego ficou derrotado.”

Continue Reading 3 Maio, 2004 at 8:55 am

PORTUGAL – NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO (X)

“Muitos autores têm procurado resposta para esta pergunta: a partir de que momento se deve considerar que Portugal foi um estado independente? A dificuldade que todos sentiram em encontrar uma solução resulta de que a independência portuguesa não se verificou, como acontece com os Estados modernos, num momento determinado e politicamente bem definido. Foi sendo forjada ao longo de um processo que se desdobra em várias etapas, das quais as mais importantes parecem ter sido a revolta de D. Afonso Henriques e a conquista do governo do condado, em 1128, a paz de Tui, de 1137, a conferência de Samora e a enfeudação ao papa, em 1143, o desaparecimento do título de imperador com a morte de Afonso VII, em 1157, e por último a bula papal de 1179, com o reconhecimento da nova monarquia pela Santa Sé.

A independência portuguesa não pode desligar-se do quadro geral da política dos reinos cristãos da Península. O rei Afonso VI tinha conseguido impor o seu poder a grande parte da Espanha.

Mas, quando, em 1109, morreu, desencadeou-se uma reacção forte e generalizada contra o crescente poder dos Leoneses. A herdeira do trono, rainha Urraca, disputou durante anos com o rei de Aragão a chefia política da Espanha cristã e discutiu também com o arcebispo de Compostela a autoridade sobre a Galiza. O conde das Astúrias revoltou-se e tratou com o imperador de igual para igual; vencido por fim, refugiou-se em Portugal.”

“História concisa de Portugal”, José Hermano Saraiva

P. S. Parabéns ao João Carvalho Fernandes pelo primeiro aniversário do Fumaças!

P. S. 2 – A visitar também, o “blogue” de Noam Chomsky (também já com uma página na net).

[1125]

26 Março, 2004 at 8:35 am

PORTUGAL – NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO (IX)

“Desde os fins do século IX começam a aparecer referências a um condado Portucalense, de fronteiras muito imprecisas, mas que abrangia terras no Minho e ao sul do Douro. A designação provinha de a principal povoação ser Portucale, situada próxima da foz do Douro, que foi “restaurada” e povoada nos meados do século IX pelo conde Vimara Peres.

Foi uma descendente desse conde, a célebre condessa Mumadona, quem fundou um convento em Guimarães e mandou construir o castelo de S. Mamede; essa foi a origem da povoação que serviu de capital ao condado e que teve uma importante função política nos primeiros tempos da vida nacional.

Afonso VI de Leão e Castela dispõe de grandes forças e de grande prestígio na Europa Cristã; foi ele que forneceu uma grande parte dos recursos para a construção de Cluny III, o mais majestoso templo que até então a cristandade erguera.

Talvez essa ligação com a Ordem de Cluny e com o seu chefe, Santo Hugo, explique a vinda à Península de dois membros da alta nobreza, da casa dos duques da Borgonha: D. Raimundo e D. Henrique. Afonso VI casou-os com as filhas: o primeiro com D. Urraca, que viria a ser herdeira do trono, e o segundo com uma filha bastarda, D. Teresa. Ao primeiro entregou o governo da Galiza; ao segundo, o condado Portucalense, que integrava agora as duas antigas unidades condais, a norte e a sul do curso do Douro.”

“História concisa de Portugal”, José Hermano Saraiva

[1121]

25 Março, 2004 at 8:05 am 1 comentário

PORTUGAL – NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO (VIII)

“Ainda antes de terminar o século VIII, e mais por efeito do recuo dos Mouros, envolvidos nas suas guerras internas, do que de uma sistemática reconquista cristã, a Península estava dividida em duas zonas, cujo limite passava aproximadamente por Coimbra, seguia o curso do Mondego e passava depois por Talavera, Toledo, Tudela e Pamplona.

Nas terras onde se ia desagregando o domínio sarraceno ou naquelas que os cristãos conquistavam não se “restaurou” propriamente uma estrutura política anteriormente existente.

Os novos países cristãos da Península formaram-se a partir de três núcleos distintos: o asturiano, que veio a originar o reino de Oviedo e depois de Leão e o condado de Castela, independente durante alguns anos, depois transformado em reino e que desde 1037 andou unido ao de Leão; o pirenaico, onde saíram os reinos de Navarra, Aragão e alguns condados mais ou menos independentes, e o de Barcelona, onde os francos tiveram um papel importante e que seguiu uma evolução política sob muitos aspectos diferente da dos outros estados hispânicos.”

“História concisa de Portugal”, José Hermano Saraiva

[1117]

24 Março, 2004 at 8:33 am

PORTUGAL – NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO (VII)

“Em 711, um exército formado principalmente por soldados berberes atravessou o estreito de Gibraltar e iniciou a conquista da Península.

Ao contrário do que sucede em relação aos Romanos, aos Suevos, aos Visigodos, não é possível fixar num determinado número de anos, ou mesmo de séculos, a duração do domínio muçulmano na Península, porque essa duração variou muito de região para região. Nunca se chegou a exercer nas terras mais setentrionais; todo o país ao norte do Ebro estava de novo sob o domínio cristão em 809. O Porto e Braga foram reconquistados cerca de 868. Coimbra voltou definitivamente à posse cristã em 1064 e Lisboa em 1147. Em Sevilha, Córdoba e Faro, os Mouros estiveram cerca de seis séculos (até aos meados do século XIII); de Granada só foram expulsos nos fins do século XV: a presença moura atinge perto de oito séculos.

Os seus vocábulos são especialmente numerosos para designar vegetais, e em especial produtos hortícolas: alfarroba, alface, alfazema, laranja, limão, açafrão, acelga, cenoura, cherivia. Alfobre, estragão, albarrã, maçaroca, azeitona e azeite, etc. São também muitos os termos relacionados com o aproveitamento da água para as regas: alvanel, albufeira, Alverca, almargem, almácega, algeroz, alcatruz, nora, chafariz, azenha.

Esta importação vocabular sugere uma certa renovação da economia e da técnica, que tinha decaído muito desde a época romana.”

“História concisa de Portugal”, José Hermano Saraiva

[1113]

23 Março, 2004 at 8:15 am

PORTUGAL – NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO (VI)

“Em 416 chegaram à Península os Visigodos, um povo de origem germânica já meio romanizado.

A dominação dos Visigodos durou cerca de três séculos, mas os vestígios que hoje podemos encontrar da sua passagem pelo nosso país são raros.

Não trouxeram consigo novas formas de organização ou novas técnicas de trabalho: limitaram-se a instalar-se nos quadros sociais e económicos implantados pelos Romanos, que exploraram em seu proveito.

Os elementos fundamentais da organização da sociedade que estava instalada na Península nos inícios do século VIII eram pois: um clero rico e politicamente poderoso; uma nobreza proprietária e militar; um povo governado pela Igreja. Esses elementos contêm já o essencial da sociedade portuguesa durante o período medieval. A invasão muçulmana irá, temporariamente, desorganizar o quadro, mas ele voltará a reconstituir-se, passado o domínio mouro, com algumas modificações.”

“História concisa de Portugal”, José Hermano Saraiva

[1110]

22 Março, 2004 at 12:35 pm

Artigos Mais Antigos


Autor – Contacto

Destaques

Benfica - Quadro global de resultados - Printscreen Tableau
Literatura de Viagens e os Descobrimentos Tomar - História e Actualidade União de Tomar - Recolha de dados históricos

Calendário

Março 2023
S T Q Q S S D
 12345
6789101112
13141516171819
20212223242526
2728293031  

Arquivos

Pulsar dos Diários Virtuais

O Pulsar dos Diários Virtuais em Portugal

O que é a memória?

Memória - TagCloud

Jogos Olímpicos

Twitter

Categorias

Notas importantes

1. Este “blogue" tem por objectivo prioritário a divulgação do que de melhor vai acontecendo em Portugal e no mundo, compreendendo nomeadamente a apresentação de algumas imagens, textos, compilações / resumos com origem ou preparados com base em diversas fontes, em particular páginas na Internet e motores de busca, publicações literárias ou de órgãos de comunicação social, que nem sempre será viável citar ou referenciar.

Convicto da compreensão da inexistência de intenção de prejudicar terceiros, não obstante, agradeço antecipadamente a qualquer entidade que se sinta lesada pela apresentação de algum conteúdo o favor de me contactar via e-mail (ver no topo desta coluna), na sequência do que procederei à sua imediata remoção.

2. Os comentários expressos neste "blogue" vinculam exclusivamente os seus autores, não reflectindo necessariamente a opinião nem a concordância face aos mesmos do autor deste "blogue", pelo que publicamente aqui declino qualquer responsabilidade sobre o respectivo conteúdo.

Reservo-me também o direito de eliminar comentários que possa considerar difamatórios, ofensivos, caluniosos ou prejudiciais a terceiros; textos de carácter promocional poderão ser também excluídos.