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EURO 2012 – 1/4 Final – 1/2 Finais – Final
1/4 FINAL 1/2 FINAIS FINAL
0-1
0-0
2-0
4
4-2
0
1-2
0-0
Melhores marcadores – Fernando Torres (Espanha – declarado vencedor, por ter feito ainda uma assistência para golo, para além de ter sido o que jogou menos minutos de entre os jogadores com o maior número de golos), Mario Gomez (Alemanha), Alan Dzagoev (Rússia), Mario Mandžukić (Croácia), Mario Balotelli (Itália) e Cristiano Ronaldo (Portugal), todos com 3 golos cada.
EURO 2012 – Final – Espanha – Itália

4-0
O resultado diz quase tudo…
Porventura a Final mais fácil da história de uma grande competição internacional de selecções, com a Itália praticamente a fazer “hara-kiri”, oferecendo, desde início, o completo domínio do jogo aos Campeões do Mundo e (agora) bi-Campeões da Europa, com a Espanha a ser a primeira selecção a conseguir triunfar em três torneios consecutivos.
Entrando em campo desconcentrada, falha de ritmo de jogo, dando toda a iniciativa e liberdade de acção ao adversário, a Itália, tendo sofrido dois ou três “sustos” logo nos primeiros 10 minutos, aguentaria o empate apenas durante 13 minutos.
A partir daí, com a Espanha em vantagem, e a poder controlar o jogo a seu bel-prazer, com a tradicional superioridade a nível de posse de bola que vem evidenciando em todos os jogos, pouco restaria à Itália. Tentaria ainda “remar contra a maré”, durante cerca de 20 minutos, mas cedo se percebeu que seria uma… missão impossível.
Com o segundo golo da Espanha, o desfecho desta Final estava decidido.
O que não se poderia adivinhar é que a Itália iria entrar numa espécie de “auto-flagelação”, primeiro pela infelicidade de ver um jogador acabado de entrar, sofrer, praticamente de imediato, uma lesão muscular, vendo-se assim obrigada a jogar em inferioridade numérica durante mais de meia hora.
Depois, mesmo sem a Espanha, durante largos minutos, forçar muito – limitava-se a ir gerindo o tempo, que passava demasiado lentamente, para ambas as equipas (uns ansiando a hora dos festejos, outros, esperando ver-se livre deste pesadelo) -, cometendo sucessivos erros defensivos, com os espanhóis, com naturalidade, a ampliarem o resultado, até uns esmagadores 4-0, que, sem dificuldade, poderiam ter atingido números ainda mais humilhantes.
Depois dos feitos obtidos, eliminando selecções como as da Inglaterra e da Alemanha, a Itália saía pela “porta pequena” deste Europeu.
A Espanha havia já superado, nas 1/2 Finais, contra Portugal, o seu maior obstáculo à reconquista do título.
A arbitragem de Pedro Proença – atingindo, apenas com 41 anos, o cume da carreira, ao juntar, num só ano, as Finais da Liga dos Campeões e do Campeonato da Europa – foi segura, sóbria, quase exemplar… não fosse um daqueles sempre duvidosos lances de contacto da bola com o braço, na área italiana, de interpretação necessariamente subjectiva.
Iker Casillas, Álvaro Arbeloa, Gerard Piqué, Sergio Ramos, Jordi Alba, Xavi Hernández, Sergio Busquets, Xabi Alonso, David Silva (59m – Pedro Rodríguez), Andrés Iniesta (87m – Juan Mata) e Cesc Fàbregas (75m – Fernando Torres)
Gianluigi Buffon, Ignazio Abate, Andrea Barzagli, Leonardo Bonucci, Giorgio Chiellini (21m – Federico Balzaretti), Andrea Pirlo, Claudio Marchisio, Riccardo Montolivo (57m – Thiago Motta), Daniele De Rossi, Mario Balotelli e Antonio Cassano (45m – Antonio Di Natale)
1-0 – David Silva – 14m
2-0 – Jordi Alba – 41m
3-0 – Fernando Torres – 84m
4-0 – Juan Mata – 88m
“Melhor em campo” – Andrés Iniesta (Espanha)
Amarelos – Gerard Piqué (25m); Andrea Barzagli (45m)
Árbitro – Pedro Proença (Portugal)
Estádio Olímpico de Kiev – Kiev (19h45)
EURO 2012 – 1/4 Final – 1/2 Finais – Final
1/4 FINAL 1/2 FINAIS FINAL
0-1
0-0
2-0
-
4-2
-
1-2
0-0
EURO 2012 – 1/2 Finais – Alemanha – Itália

1-2
Depois do Itália – Inglaterra, outro grande espectáculo de futebol, com uma sensacional equipa da Itália, a praticar excelente futebol, a surpreender a Alemanha, com dois golos de Mario Balotelli, com destaque para o lance de que resultou o segundo tento, num contra-ataque rapidíssimo, finalizado com um remate pleno de pujança, que deixou Neuer pregado ao chão, sem reacção.
A perder por dois golos com pouco mais de meia hora de jogo, os alemães – que tinham entrado no jogo a procurar controlar e assumir a iniciativa – teriam ainda muito tempo para tentar inverter o rumo dos acontecimentos, mas talvez a equipa nunca tenha acreditado efectivamente nessa possibilidade, também assolada pelo “fantasma” de sete jogos sem uma única vitória frente à Itália.
É verdade que tiveram um largo predomínio em termos de posse de bola, consentido pelos italianos, mas seria sempre a Itália a criar mais perigo, à excepção de um remate de meia distância, num livre apontado por Reus, a solicitar uma magnífica intervenção de Buffon. Já na segunda parte, num curto período de 15 a 20 minutos, a Itália teve três ou quatro oportunidades flagrantes de golo, podendo ter ampliado a marca até uns escandalosos 5-0.
Nessa fase, entre os 60 e os 80 minutos, a Alemanha tinha já “entregue os pontos”, sem discernimento, sem capacidade para criar lances estruturados de ataque.
Apenas nos derradeiros minutos, os alemães teriam um último assomo de brio, conquistando, aí sim, sucessivos cantos (fecharam a contagem numa goleada, por 14-0!), mas só acabariam por chegar ao ponto de honra, já em período de descontos, na sequência de uma algo controversa grande penalidade (contacto com a mão, tendo os italianos reclamado uma falta anterior dos jogadores alemães).
De forma absolutamente merecida, com um estilo de jogo atractivo, diferente do tradicional modelo italiano, a Itália está na Final, perfilando-se como um sério desafiante face aos Campeões do Mundo e da Europa.
Manuel Neuer, Jérôme Boateng (71m – Thomas Müller), Mats Hummels, Holger Badstuber, Philipp Lahm, Sami Khedira, Bastian Schweinsteiger, Toni Kroos, Mesut Özil, Lukas Podolski (45m – Marco Reus) e Mario Gomez (45m – Miroslav Klose)
Gianluigi Buffon, Federico Balzaretti, Andrea Barzagli, Leonardo Bonucci, Giorgio Chiellini, Andrea Pirlo, Claudio Marchisio, Riccardo Montolivo (64m – Thiago Motta), Daniele De Rossi, Mario Balotelli (70m – Antonio Di Natale) e Antonio Cassano (58m – Alessandro Diamanti)
0-1 – Mario Balotelli – 20m
0-2 – Mario Balotelli – 36m
1-2 – Mesut Özil (pen.) – 90m
“Melhor em campo” – Andrea Pirlo (Itália)
Amarelos – Mats Hummels (90m); Mario Balotelli (37m), Leonardo Bonucci (61m), Daniele De Rossi (84m) e Thiago Motta (89m)
Árbitro – Stéphane Lannoy (França)
Estádio Nacional Narodowy – Varsóvia (19h45)
EURO 2012 – 1/2 Finais – Portugal – Espanha

0-0 (2-4 g.p.)
Num jogo de grandes cautelas, de parte a parte, com ambas as selecções a evidenciarem respeito mútuo, o primeiro lance de sensação ocorreu aos 10 minutos, com um remate de ressaca de Arbeloa, depois de um alívio incompleto da defesa portuguesa, a levar muito perigo à baliza portuguesa, mas, felizmente, a bola a sair algo por cima.
No minuto 13 seria Portugal a responder “à letra”: Cristiano Ronaldo, numa excelente iniciativa, a ir até à linha de fundo, no flanco esquerdo, e a cruzar de forma perfeita para Nani, que ainda ameaçou Casillas… com o guardião espanhol a retirar-lhe o “pão da boca” (no caso, a bola da cabeça).
À passagem do quarto de hora, Portugal, como que tendo despertado de alguma timidez incicial, levaria novamente o perigo até à área espanhola, uma vez mais por intermédio de Cristiano Ronaldo: sofrendo uma falta de Piqué, outra vez no flanco esquerdo, quase sobre a linha de área, próximo da linha de fundo… mas, do livre, nada resultaria, com a bola a quedar-se na barreira.
Até aos 29 minutos, Portugal, com uma exibição muito personalizada, não só emperrou o tradicional sistema de jogo espanhol, como teve o controlo do jogo, e o predomínio da iniciativa atacante. Até que, num rápido contra-ataque, um momento de desconcentração permitiu que bola chegasse a um liberto Iniesta, que visaria a baliza, com muito perigo, com a bola a sair ligeiramente por alto.
Respondendo de imediato, aos 31 minutos seria a selecção portuguesa a estar muito perto do golo, na sequência de um roubo de bola de João Moutinho, que assistiu Cristiano Ronaldo, para um remate rasteiro, sesgado, a rasar o poste da baliza de Casillas, provocando inevitável calafrio.
Até final da primeira parte, em especial nos derradeiros dez minutos, a Espanha retomaria algum ascendente, acercando-se com mais insistência da zona defensiva portuguesa, mas a equipa mantinha muito acerto nas marcações.
Com um desempenho muito bom do conjunto de Portugal, haveria ainda oportunidade para Cristiano Ronaldo (quem mais poderia ser?…) “fabricar” um cartão amarelo, numa arrancada em que começava a embalar, sendo travado em falta por Sergio Ramos. Também Fabio Coentrão veria o amarelo, já em período de compensação, talvez devido a um desentendimento com o banco espanhol (com o guarda-redes suplente Reina).
Os primeiros minutos do segundo tempo seriam jogados em toada ainda mais morna, apenas com dois ensaios de remate de Hugo Almeida a procurar despertar da sonolência em que a partida ameaçava poder cair.
Com Del Bosque insatisfeito com o rumo que o jogo vinha tomando, faria duas substituições relativamente cedo. E a verdade é que, nos minutos imediatos, a Espanha começaria a apertar o cerco, com Pepe e João Pereira a terem de recorrer à falta, vendo amarelos; na sequência do livre a sancionar a falta de João Pereira, haveria a primeira sensação de perigo desta etapa complementar. Pouco depois, um remate de longe de Xavi saiu à figura de Rui Patrício, que encaixou com segurança.
Aos 72 minutos, conseguindo libertar-se, Portugal teria uma boa iniciativa, que originaria mais uma falta sobre Cristiano Ronaldo; o próprio marcaria o livre, em posição quase frontal, mas ainda longe da baliza; o remate, potente, seria ligeiramente acima do travessão.
De forma incrivelmente rápida, sem que se desse por isso, o tempo voava: estávamos já no derradeiro quarto de hora! Portugal continuava a somar cantos (6-2, nessa altura), mas sem a imperiosa eficácia que esse tipo de lances exigia.
Ao minuto 80, novo livre para Portugal, com Miguel Veloso a rematar relativamente fraco, para a defesa fácil de Casillas. A Espanha parecia cair de rendimento em termos físicos.
Mais três minutos, e mais um livre para Portugal; nova tentativa de Cristiano Ronaldo, com a bola a embater na barreira, considerando o árbitro que Arbeloa fez contacto com o braço… o que originaria novo livre, um pouco mais à frente. Ronaldo com a mira alta, rematou, uma vez mais, por cima da baliza.
No último minuto, a Espanha beneficiaria de um livre descaído sobre o lado esquerdo, que a defesa portuguesa rechaçaria, lançando um rápido contra-ataque, com Cristiano Ronaldo, isolado no flanco esquerdo, a receber a bola de Raúl Meireles, beneficiando de uma soberana ocasião de golo, mas, ainda afastado da baliza, pressionado por Piqué, remataria de forma algo precipitada, não conseguindo acertar no alvo. Gorava-se uma oportunidade que seria decisiva.
Sem que nenhuma das equipas tivesse sido capaz de fazer muito por o evitar, íamos para prolongamento… com o senão de os cinco elementos mais recuados da equipa portuguesa terem visto já, todos, o cartão amarelo.
No prolongamento, quando talvez já não esperasse muito, o “momento do jogo” surgiria ao minuto 104, quando, na sequência de um bom domínio de bola de Pedro Rodríguez, no flanco esquerdo, passando para Jordi Alba, liberto de marcação, a cruzar para Iniesta, já na zona da pequena área, tentar desviar a bola do alcance do guardião luso, mas Rui Patrício, muito atento, com excelentes reflexos, a responder à altura.
Haveria ainda tempo, a fechar a primeira parte do prolongamento, para um livre para Espanha, sendo agora a vez de Xabi Alonso rematar por alto…
Aos 107 minutos, num roubo de bola de Fábio Coentrão, originou mais um lance de contra-ataque, mas Sergio Ramos antecipou-se ao remate de Cristiano Ronaldo.
Mais três minutos decorridos, um remate perigoso de Jesús Navas, com Rui Patrício a defender, e Pepe a evitar a recarga.
Aos 114 minutos, a Espanha teria a última grande oportunidade de golo, num rápido contra-ataque de Pedro Rodríguez, muito perigoso, a surgir isolado, mas com Fábio Coentrão, vindo de trás, “in extremis”, a conseguir fazer o desarme, na “Hora H”!
A selecção espanhola, aparentando dispor de maiores reservas em termos físicos, fora bastante mais perigosa no prolongamento, com a equipa portuguesa a desunir-se um pouco. A decisão iria para os pontapés da marca de grande penalidade!
Onde – entre a bola que bate na trave e sai e a bola que bate no poste e entra, com a felicidade, caprichosamente, a pender para o lado dos Campeões da Europa e Campeões do Mundo -, a equipa portuguesa, com uma excelente campanha na prova, com exibições de grande categoria, demonstrando um verdadeiro conjunto, acabaria por ver-se arredada da Final, tendo de se satisfazer com mais um 3º lugar, repetindo a classificação dos Europeus de 1984 e 2000, e do Mundial 1966.
Desempate da marca de grande penalidade
Xabi Alonso permitiu a defesa a Rui Patrício
João Moutinho permitiu a defesa a Iker Casillas
0-1 – Andrés Iniesta
1-1 – Pepe
1-2 – Gerard Piqué
2-2 – Nani
2-3 – Sergio Ramos
Bruno Alves rematou à trave
2-4 – Cesc Fàbregas – rematou ao poste, mas a bola acabou por entrar…
Rui Patrício, João Pereira, Pepe, Bruno Alves e Fábio Coentrão, Miguel Veloso (105m – Custódio), Raul Meireles (113m – Varela), João Moutinho, Nani, Cristiano Ronaldo e Hugo Almeida (81m – Nélson Oliveira)
Iker Casillas, Álvaro Arbeloa, Gerard Piqué, Sergio Ramos, Jordi Alba, Xavi Hernández (87m – Pedro Rodríguez), Sergio Busquets, Xabi Alonso, Andrés Iniesta, David Silva (60m – Jesús Navas) e Álvaro Negredo (54m – Cesc Fàbregas)
“Melhor em campo” – Sergio Ramos (Espanha)
Amarelos – Fábio Coentrão (45m), Pepe (61m), João Pereira (64m), Bruno Alves (86m) e Miguel Veloso (90m); Sergio Ramos (40m), Sergio Busquets (60m), Álvaro Arbeloa (84m) e Xabi Alonso (113m)
Árbitro – Cüneyt Çakır (Turquia)
Donbass Arena – Donetsk (19h45)
EURO 2012 – 1/4 Final – 1/2 Finais – Final
1/4 FINAL 1/2 FINAIS FINAL
0-1
---
2-0
-
4-2
-
---
0-0
EURO 2012 – 1/4 Final – Inglaterra – Itália

0-0 (2-4 g.p.)
Um zero a zero que traduz, apenas, o melhor jogo da prova!
Mas Buffon também teria oportunidade de mostrar os seus dotes, revelando grande concentração, opondo-se com segurança aos mais raros ataques ingleses, em particular, logo aos 5 minutos, face a um remate de Glen Johnson.
À medida que a partida foi avançando no tempo, a equipa inglesa começaria a dar sintomas de maior fadiga, e menor capacidade para evitar o desempate por grandes penalidades, que tão avesso tradicionalmente lhes tem sido. Até se chegar ao prolongamento, em que apenas já os italianos procuravam afastar tal possibilidade, enquanto os ingleses se iam, cada vez mais, “agarrando” a ela.
As coisas até começariam bem para a Inglaterra, quando Montolivo rematou ao lado. Mas, na “hora h”, Pirlo, com uma frieza fantástica, rematou, em “folha seca” (“à Panenka”), para a baliza, marcando um golo que daria confiança à Itália, ao mesmo tempo que faria “tremer” os ingleses. Logo de seguida Ashley Young rematou à trave, assim se perdendo a vantagem inicial dos ingleses. Quando Ashley Cole permitiu a defesa a Buffon, tudo passava a estar nos pés de Diamanti. Que, rematando de forma eficaz, colocava justiça no desfecho desta eliminatória: a Itália defrontará a Alemanha nas 1/2 Finais.
Joe Hart, Glen Johnson, John Terry, Joleon Lescott, Ashley Cole, James Milner (61m – Theo Walcott), Steven Gerrard, Scott Parker (94m – Jordan Henderson), Wayne Rooney, Ashley Young e Danny Welbeck (60m – Andy Carroll)
Gianluigi Buffon, Ignazio Abate (90m – Christian Maggio), Daniele De Rossi (80m – Antonio Nocerino), Leonardo Bonucci, Federico Balzaretti, Claudio Marchisio, Andrea Pirlo, Riccardo Montolivo, Andrea Barzagli, Antonio Cassano (78m – Alessandro Diamanti) e Mario Balotelli
Desempate por grandes penalidades
0-1 – Mario Balotelli
1-1 – Steven Gerrard
Riccardo Montolivo rematou ao lado
2-1 – Wayne Rooney
2-2 – Andrea Pirlo
Ashley Young rematou à trave
2-3 – Antonio Nocerino
Ashley Cole permitiu a defesa a Gianluigi Buffon
2-4 – Alessandro Diamanti
“Melhor em campo” – Andrea Pirlo (Itália)
Amarelos – Andrea Barzagli (82m) e Christian Maggio (94m)
Árbitro – Pedro Proença (Portugal)
Estádio Olímpico de Kiev – Kiev (19h45)
EURO 2012 – 1/4 Final – Espanha – França

2-0
O jogo mais aborrecido deste Europeu…
Muito simples de descrever: a Espanha a controlar a bola, ou, quando a perdia, a não permitir aos franceses o atrevimento de chegar perto da área.
Marcando cedo, os espanhóis limitaram-se, durante quase todo o jogo, a fazer a gestão do jogo, deixando o tempo correr, sem que os franceses, alguma vez, pudessem demonstrar ter capacidade para ameaçar a baliza de Casillas.
Portugal reencontra – tal como no Mundial 2010 – a Espanha, actual Campeã do Mundo e da Europa. Esperemos que, desta vez, o desfecho seja diferente… naturalmente, a nosso favor!
Iker Casillas, Álvaro Arbeloa, Gerard Piqué, Sergio Ramos, Jordi Alba, Xavi Hernández, Sergio Busquets, Xabi Alonso, Andrés Iniesta (84m – Santi Cazorla), David Silva (65m – Pedro Rodríguez) e Cesc Fàbregas (67m – Fernando Torres)
Hugo Lloris, Anthony Réveillère, Adil Rami, Laurent Koscielny, Gaël Clichy, Yann M’Vila (79m – Olivier Giroud), Mathieu Debuchy (64m – Jérémy Ménez), Yohan Cabaye, Florent Malouda (65m – Samir Nasri), Franck Ribéry e Karim Benzema
1-0 – Xabi Alonso – 19m
2-0 – Xabi Alonso (pen.) – 90m
“Melhor em campo” – Xabi Alonso (Espanha)
Amarelos – Sergio Ramos (31m); Yohan Cabaye (42m) e Jérémy Ménez (76m)
Árbitro – Nicola Rizzoli (Itália)
Donbass Arena – Donetsk (19h45)
EURO 2012 – 1/4 Final – Alemanha – Grécia

4-2
Este era muito mais que um mero jogo de futebol… por toda a conjuntura e envolvente política, económica, social e financeira em que a Grécia tem vivido nos últimos anos, e sua interligação com a Alemanha.
Tal como seria previsível, os germânicos entraram a pressionar forte, logo desde início, empurrando os gregos para a sua zona defensiva, criando várias situações delicadas para o guardião helénico, que, por mais de uma vez, se viu colocado em apuros.
A espaços, a Grécia ia tentando sacudir a pressão, e, ainda mais raramente, procurando lançar o contra-ataque. Com o decorrer do tempo, com o marcador inalterado, os alemães começaram a denotar algum nervosismo e precipitação, como que evidenciando sintomas de falta de paciência.
O que os avançados não conseguiam fazer, com o jogo a começar a poder complicar-se – a Grécia tinha entretanto feito já uma ou outra ameaça de ataque -, faria o defesa esquerdo, o capitão Lahm, com um remate de meia distância, a tabelar ainda em Papadopoulos. Estávamos quase com 40 minutos, e a Alemanha, finalmente, inaugurava o marcador.
No segundo tempo, a toada não se alteraria, com a Alemanha a continuar a dominar em todo o campo, e a Grécia a tentar esboçar tímidos contra-ataques. Só que, num deles, muito rápido, as coisas correram bem e surgiu o golo do empate, numa excelente antecipação de Samaras face a Neuer, um momento de enorme (embora curta) catarse para todos os adeptos gregos.
Poder-se-ia pensar que a Alemanha poderia oscilar, duvidar de si mesma. Mas não… o golo da Grécia teria o condão de despertar a fera. É verdade que os gregos em muito contribuiram para isso, de tal forma recuaram no terreno, acantonando-se na sua grande área, convidado os germânicos a avançar.
Num ápice, a Alemanha faria o 2-1 (por Khedira, num pontapé pleno de determinação, também num misto de raiva) e o 3-1 (na sequência de um livre, com Klose, de cabeça, a antecipar-se ao guardião adversário)… e pouco depois, o 4-1 (por Schürrle, também com um remate em potência, não obstante já bem dentro da área).
Temia-se então pelo destino dos gregos, completamente à deriva dentro de campo. Mas a Alemanha seria complacente, deixando de acelerar, refreando o ritmo de jogo, poupando a Grécia à humilhação que se adivinhava. Ao invés, a Grécia teria ainda oportunidade para reduzir o marcador, atenuando a derrota para 2-4, na conversão de uma grande penalidade (a punir um contacto com o braço na área, num gesto instintivo face a um remate “à queima-roupa”).
Muito mais que um jogo… a forma como decorreu e o seu resultado não deixa de alguma forma de ser uma cruel ironia da realidade.
Manuel Neuer, Jérôme Boateng, Mats Hummels, Holger Badstuber, Philipp Lahm, Sami Khedira, Bastian Schweinsteiger, Marco Reus (80m – Mario Götze), André Schürrle (67m – Thomas Müller), Mesut Özil e Miroslav Klose (80m – Mario Gomez)
Michalis Sifakis, Vasilis Torosidis, Kyriakos Papadopoulos, Sokratis Papastathopoulos, Giorgos Tzavellas (45m – Giorgos Fotakis), Sotiris Ninis (45m – Theoanis Gekas), Kostas Katsouranis, Grigoris Makos (72m – Nikos Liberopoulos), Giannis Maniatis, Dimitris Salpingidis e Georgios Samaras
1-0 – Philipp Lahm – 39m
1-1 – Georgios Samaras – 55m
2-1 – Sami Khedira – 61m
3-1 – Miroslav Klose – 68m
4-1 – Marco Reus – 74m
4-2 – Dimitris Salpingidis (pen.) – 89m
“Melhor em campo” – Mesut Özil (Alemanha)
Amarelos – Georgios Samaras (14m) e Sokratis Papastathopoulos (75m)
Árbitro – Damir Skomina (Eslovénia)
Arena Gdansk – Gdansk (19h45)
EURO 2012 – 1/4 Final – R. Checa – Portugal

0-1
Atingidos novamente os 1/4 Final, tal como no Europeu anterior, nesta primeira partida a eliminar, a selecção portuguesa denotou alguma dificuldade em “agarrar o jogo” logo de entrada, permitindo à R. Checa as primeiras iniciativas de ataque, ganhando dois cantos logo nos minutos iniciais.
Mas rapidamente inverteria a tendência do jogo, passando a bola a rondar, de forma mais insistente, a zona defensiva checa, que, até meio da primeira parte, foi ainda ensaiando alguns lances de contra-ataque, procurando provocar ocasiões de perigo, com destaque para uma situação em que Pepe cortou no último instante.
A partir dos 25 minutos, a R. Checa começou, instintivamente, a recuar no terreno, formando como que duas linhas defensivas, separadas por pouco mais de dez metros, uma praticamente em cima da linha de área, a outra um pouco mais à frente no terreno. Em paralelo, começavam a rarear as suas tentativas de saída em contra-ataque.
A equipa de Portugal, procurando um tipo de futebol directo, com lançamentos em profundidade, teria então muitas dificuldades em controlar a bola nos metros finais do seu ataque, perante os dois blocos defensivos da R. Checa, que não deixavam espaços livres.
Não obstante, Fábio Coentrão ia desenvolvendo uma boa exibição, muito esforçado, sempre muito em jogo, ao mesmo tempo que Cristiano Ronaldo procurava também dar “prova de vida”, com um pontapé de bicicleta na zona da pequena área, a sair ao lado, e na marcação de um livre.
Já em período de compensação do primeiro tempo, um momento de pura magia de Cristiano Ronaldo, a dominar a bola de forma magnífica, com excelente “nota artística”, retirando o adversário do lance, acabando por rematar… ao poste.
Ao intervalo, a leitura que se proporcionava era de que Portugal necessitava jogar com mais cabeça, pensar melhor o jogo, dominar a bola, evitando a forma algo precipitada com que actuou, para, quando tal se proporcionar, imprimir então maior velocidade, no momento das transições ofensivas.
Logo no reinício do encontro, Hugo Almeida (que entrara a substituir o lesionado Hélder Postiga), na sequência de um bom cruzamento de Raul Meireles, cabeceou de primeira, mas ligeiramente ao lado, desperdiçando mais uma excelente ocasião de golo.
E, ao quarto minuto, num livre, marcado ainda à distância, um remate em potência de Cristiano Ronaldo, novamente a acertar… no poste!
Aos nove minutos, Cristiano Ronaldo, a conseguir desmarcar-se, “encheu o pé”, mas não apanhou a bola “a jeito”, pelo que acabou por sair ao lado da baliza.
Os cantos a favor de Portugal sucediam-se (já em número de sete, aos 55 minutos). Perante uma como que atordoada R. Checa, Portugal tinha uma excelente reentrada em jogo; parecia adivinhar-se o golo.
Minuto doze: João Moutinho a recuperar a bola a meio-campo, e remate perigoso de Nani, a obrigar Petr Čech a uma defesa de recurso, para a frente.
No lance imediato, Hugo Almeida, de cabeça, conseguiria mesmo introduzir a bola na baliza checa, dando boa sequência a um cruzamento; só que estava em posição de fora-de-jogo…
Apenas ao quarto de hora da segunda parte a R. Checa conseguiria, pela primeira vez, libertar-se do sufoco, provocando um calafrio na defesa portuguesa, quando Pepe escorregou (possivelmente consequência do mau estado do terreno, que, ao longo do jogo, originou inúmeros deslizes).
Aos 63 minutos, Nani, na sequência de uma jogada envolvente, hesitou em rematar, a bola sobrou para João Moutinho, que de meia-distância, fez um potente remate, novamente com o guardião checo a ter de aplicar-se, defendendo para canto.
Aos 71 minutos, já em plena área, Cristiano Ronaldo, em acção esforçada, para se conseguir coordenar com a bola, conseguiu um passe ligeiramente atrasado, para a entrada de Raul Meireles, que, na passada, rematou por alto.
Mais três minutos, uma boa jogada de envolvência, agora com Meireles a libertar para Nani, que, de primeira, remataria ligeiramente ao lado.
Aproximava-se a fase derradeira do encontro, num jogo de enorme desgaste físico para a selecção portuguesa (com os checos praticamente sempre acantonados nas imediações da sua zona defensiva)… e, ainda, sem a mais que merecida recompensa.
Que, depois de tanto porfiar, acabaria mesmo por chegar… na “melhor altura”: um lance de antologia, com João Moutinho, excelente, a “furar” a defesa checa, a ir à procura do espaço para cruzar da direita, já perto da linha de fundo, e Cristiano Ronaldo, absolutamente pujante, numa espécie de “salto de peixe”, cabeceando de cima para baixo, com a bola ainda a bater no chão, fulminava a baliza, sem hipóteses para Petr Čech. Fazia-se finalmente justiça no marcador!
Aos 82 minutos, numa boa execução de Nani, a desmarcar João Pereira, que, também em força, tentou a sua sorte, mas o atento Čech fez o habitual: defesa, e mais um canto (o 11º!).
Até final, os checos, já em desespero, tentariam finalmente sair da defesa, mas Portugal não permitira tal veleidade, à excepção de uma situação pontual, em que a R. Checa conseguiu um canto, já no último minuto do período de compensação, sem consequências… nem as que poderiam ter decorrido do facto de Čech também ter ido “lá à frente”, até à zona da pequena área (!) portuguesa, abandonando a sua baliza. Tendo assentado o seu jogo, Portugal dominara por completo, em todas as vertentes, a etapa complementar da partida.
Depois de 2004 (e 2000 e 1984), Portugal volta a marcar presença nas 1/2 Finais do Campeonato da Europa!
(Foto AFP – Via galeria no Jornal de Notícias)
Petr Čech, Theodor Gebre Selassie, Tomás Sivok, Michal Kadlec, David Limberský, Tomáš Hübschman (86m – Tomáš Pekhart), Jaroslav Plašil, Petr Jirácek, Vladimír Darida (61m – Jan Rezek), Václav Pilař e Milan Baroš
Rui Patrício, João Pereira, Bruno Alves, Pepe e Fábio Coentrão, Miguel Veloso, Raul Meireles (88m – Rolando), João Moutinho, Nani (84m – Custódio), Cristiano Ronaldo e Hélder Postiga (40m – Hugo Almeida)
0-1 – Cristiano Ronaldo – 79m
“Melhor em campo” – Cristiano Ronaldo
Amarelos – Nani (26m) e Miguel Veloso (27m); David Limberský (90m)
Árbitro – Howard Webb (Inglaterra)
Estádio Nacional Narodowy – Varsóvia (19h45)