Posts filed under ‘Euro-2008’
EURO 2008 – Final – Alemanha – Espanha

0-1
A Espanha sagra-se Campeã da Europa, o segundo título do seu historial, 44 anos após o primeiro triunfo!
Depois de uma entrada em campo algo receosa, concedendo algumas liberdades iniciais à equipa alemã – com jogadas a provocar algum frisson logo aos 4 e 5 minutos, ambas na extrema esquerda -, a selecção espanhola, assentando, dominando a zona central do terreno, tomaria conta do jogo a partir do primeiro quarto de hora.
Já depois de Metzelder quase provocar uma situação de auto-golo – na primeira avançada da Espanha -, Fernando Torres daria um “sinal de aviso” aos 22 minutos, rematando de cabeça, ao poste da baliza de Lehmann; o mesmo Torres marcaria o golo decisivo desta Final, iam decorridos 33 minutos: uma excelente desmarcação, em força e em velocidade, arrancando de trás e ultrapassando o último defesa alemão (Lahm), para, à saída do guarda-redes, fazer com que a bola lhe passasse por cima.
E, menos de dois minutos volvidos, a Espanha desperdiçaria mesmo uma ocasião soberana para ampliar o marcador, com Iniesta completamente liberto no lado direito da área, a não conseguir dominar a bola, tocando mal, bastante por cima da baliza.
No reinício da partida, a toada de jogo surgiria mais equilibrada. Até que, à passagem da hora de jogo, a Espanha, parecendo atravessar um período de alguma desconcentração, permitiria aos alemães três jogadas sucessivas de perigo, a que os espanhóis responderiam “à letra” quase de imediato, também com outras três oportunidades de golo, entre os 64 e 67 minutos.
A partir daí, o ritmo de jogo decairia notoriamente, quer por via das substituições, quer pelo facto de a Espanha ter imposto uma toada de maior contenção a meio-campo, não obstante não descurar nunca a possibilidade de rápidos contra-ataques, com uma flagrante oportunidade de golo não aproveitada por Marcos Senna aos 81 minutos.
Uma final muito competitiva, sem recurso a grandes primores de execução técnica, com as duas equipas a adoptarem uma postura bastante realista, reconhecendo o valor do adversário, mas em que a Espanha surge como justa vencedora, quer no jogo de hoje, quer justificando também o título de Campeã Europeia, tendo mostrado, durante toda a competição, formar a melhor equipa – tal como aqui apostara, no primeiro dia deste EURO -, jogando em colectivo, com um bloco (meio-campo e defesa) praticamente inexpugnável e com óptimas soluções ofensivas, tendo deixado pelo caminho os Campeões da Europa e do Mundo em título (Grécia e Itália), assim como Suécia, Rússia e a Alemanha.
Saiba tudo sobre o EURO 2008, aqui!
Jens Lehmann, Arne Friedrich, Per Mertesacker, Christoph Metzelder, Philipp Lahm (45m – Marcell Jansen), Bastian Schweinsteiger, Torsten Frings, Thomas Hitzlsperger (58m – Kevin Kuranyi), Michael Ballack, Lukas Podolski e Miroslav Klose (79m – Mario Gómez)
Iker Casillas, Sergio Ramos, Carlos Marchena, Carles Puyol, Joan Capdevila, Andrés Iniesta, Xavi Hernández, Marcos Senna, Cesc Fábregas (63m – Xabi Alonso), David Silva (66m – Santi Cazorla) e Fernando Torres (78m – Daniel Güiza)
0-1 – Fernando Torres – 33m
“Melhor em campo” – Fernando Torres
Amarelos – Iker Casillas (43m), Fernando Torres (74m); Michael Ballack (43m), Kevin Kuranyi (88m)
Árbitro – Roberto Rosetti (Itália)
Estádio Ernst Happel – Viena (19h45)
EURO 2008 – 1/2 Finais – Rússia – Espanha

0-3
Repetindo a vitória da primeira jornada da Fase de Grupos – e, tal como nesse jogo, por números eloquentes -, a Espanha garantiu o apuramento para a Final do Campeonato da Europa de Futebol, pela terceira vez na sua história, depois do triunfo de 1964 e da final perdida de 1984.
Na partida desta noite – e depois de uma primeira parte de contenção e expectativa, com ambas as equipas avessas ao risco, repartindo o tempo de posse de bola – a Espanha praticamente (re)entrou em vantagem, inaugurando o marcador logo aos 5 minutos do segundo tempo.
Paradoxalmente, a lesão de David Villa – o “herói” do primeiro jogo -, e o reforço do meio-campo, com a entrada de Cesc Fábregas, contribuiria para o desequilibrar da luta na zona fulcral do terreno a favor dos espanhóis, invertendo o que parecia ser a vantagem russa de uma aparente maior frescura física denotada pelos seus jogadores até então.
A partir do golo, conseguindo sempre anular os pontos fortes da equipa da Rússia, com Andrei Arshavin e Roman Pavlyuchenko a não terem possibilidade de se evidenciar, a Espanha assumiria definitivamente o controlo do jogo, acabando por surgir com naturalidade o segundo golo.
Guus Hiddink teria então de procurar arriscar o “tudo ou nada”; a equipa da Rússia acabaria por se desorganizar, com a Espanha a aproveitar o desequilíbrio da estrutura defensiva do adversário para ampliar o marcador para 3-0.
Até final, os russos mais não desejariam já então senão que o suplício terminasse o mais rapidamente possível… A sua surpreendente carreira quedava-se pelas 1/2 Finais da prova e pelo consequente 3º lugar.
No domingo, em Viena, Alemanha e Espanha têm “encontro marcado com a história”, na Final do EURO 2008.
Igor Akinfeev, Aleksandr Anyukov, Vasili Berezutski, Sergei Ignashevich, Yuri Zhirkov, Sergei Semak, Konstantin Zyrianov, Igor Semshov (56m – Diniyar Bilyaletdinov), Ivan Saenko (57m – Dmitri Sychev), Andrei Arshavin e Roman Pavlyuchenko
Iker Casillas, Sergio Ramos, Carlos Marchena, Carles Puyol, Joan Capdevila, Andrés Iniesta, Marcos Senna, Xavi Hernández (69m – Xabi Alonso), David Silva, David Villa (34m – Cesc Fábregas) e Fernando Torres (69m – Daniel Güiza)
0-1 – Xavi Hernández – 50m
0-2 – Daniel Güiza – 73m
0-3 – David Silva – 82m
“Melhor em campo” – Andrés Iniesta
Amarelos – Yuri Zhirkov (56m), Diniyar Bilyaletdinov (60m)
Árbitro – Frank de Bleeckere (Bélgica)
Estádio Ernst Happel – Viena (19h45)
EURO 2008 – 1/2 Finais – Alemanha – Turquia

3-2
3-2 a Portugal; 3-2 à Turquia; a Alemanha está na Final do EURO 2008!
Em mais uma partida de futebol repleta de emoções fortes, a Turquia entrou em campo de forma destemida, surpreendendo a Alemanha; no primeiro quarto de hora, três jogadas de perigo, por intermédio de Kazım Kazım (por duas vezes, na segunda delas com a bola a embater na trave) e por Hamit Altıntop… para, aos 22 minutos se consumar a surpresa, com o golo de Uğur Boral.
A equipa alemã reagiu de pronto, novamente por Schweinsteiger, que, apenas 4 minutos volvidos, restabelecia a igualdade.
Até final da primeira hora, o “sinal mais” continuava a ser dado pela Turquia, com a Alemanha a criar perigo apenas em contra-ataque, com Podolski a desperdiçar uma oportunidade aos 34 minutos.
Depois de uma primeira metade de grande intensidade, na segunda parte o jogo seria mais pausado, com ambas as equipas mais cautelosas. Não obstante, algum predomínio dos alemães seria concretizado aos 79 minutos, já depois de Hitzlsperger ter beneficiado de outra oportunidade, cerca de 5 minutos antes.
Com um enorme coração, os turcos conseguiriam ainda chegar ao empate, pelo inevitável Semih Şentürk. Com apenas 4 minutos para jogar, pensou-se novamente na hipótese de prolongamento… só que, desta vez, o golo no último minuto seria marcado pelos alemães, por intermédio de Philipp Lahm.
Tal como no jogo dos 1/4 Final frente a Portugal, a Alemanha mostrava grande eficácia… a par de respeito pelo adversário, encerrando o encontro com uma substituição aos 92 minutos, em ordem à preservação da decisiva vantagem, que lhe confere o apuramento para a Final da prova – a 6º no seu historial -, 12 anos depois do último título, conquistado em Inglaterra.
Jens Lehmann, Arne Friedrich, Per Mertesacker, Christoph Metzelder, Philipp Lahm, Thomas Hitzlsperger, Simon Rolfes (45m – Torsten Frings), Bastian Schweinsteiger, Michael Ballack, Lukas Podolski e Miroslav Klose (92m – Marcell Jansen)
Rüştü Reçber, Sabri Sarıoğlu, Mehmet Topal, Gökhan Zan, Hakan Balta, Mehmet Aurélio, Kazım Kazım (92m – Tümer Metin), Hamit Altıntop, Ayhan Akman (81m – Mevlüt Erdinç), Uğur Boral (84m – Gökdeniz Karadeniz) e Semih Şentürk
0-1 – Uğur Boral – 22m
1-1 – Bastian Schweinsteiger – 26m
2-1 – Miroslav Klose – 79m
2-2 – Semih Şentürk – 86m
3-2 – Philipp Lahm – 90m
“Melhor em campo” – Philipp Lahm
Amarelos – Semih Şentürk (53m) e Sabri Sarıoğlu (94m)
Árbitro – Massimo Busacca (Suíça)
Estádio St. Jakob-Park – Basileia (19h45)
EURO 2008 – 1/4 Final – Espanha – Itália

0-0 (4-2 g.p.)
Um jogo bastante táctico, com a Itália concedendo a iniciativa à Espanha, parecendo jogar sempre na expectativa do erro do adversário.
A Espanha, sem deixar de se precaver para os perigosos contra-ataques italianos (que obrigaram Casillas a duas difíceis intervenções), ainda tentou criar algumas oportunidades de golo… mas este jogo cedo indiciou que dificilmente o resultado final deixaria de ser um nulo no marcador.
Pela quarta vez, a Espanha decidia, no desempate por remates da marca de grande penalidade, num dia 22 de Junho, os 1/4 Final de uma grande competição internacional de futebol!
E, à quarta, foi de vez! Com o herói Iker Casillas a defender dois remates, a Espanha prossegue para as 1/2 Finais, em que defrontará, de novo… a Rússia (a quem bateu na 1ª jornada da Fase Grupos por 4-1). Os Campeões do Mundo são eliminados.
Iker Casillas, Sergio Ramos, Carlos Marchena, Carles Puyol, Joan Capdevila, Andrés Iniesta (59m – Santi Cazorla), Marcos Senna, Xavi Hernández (59m – Cesc Fábregas), David Silva, David Villa e Fernando Torres (85m – Daniel Güiza)
Gianluigi Buffon, Gianluca Zambrotta, Christian Panucci, Giorgio Chiellini, Fabio Grosso, Alberto Aquilani (108m – Alessandro Del Piero), Daniele De Rossi, Massimo Ambrosini, Simone Perrotta (58m – Mauro Camoranesi), Luca Toni e Antonio Cassano (75m – Antonio Di Natale)
Desempate da marca de grande penalidade
1-0 – David Villa
1-1 – Fabio Grosso
2-1 – Santi Cazorla
– Daniele De Rossi – permite a defesa a Iker Casillas
3-1 – Marcos Senna
3-2 – Mauro Camoranesi
– Daniel Güiza – permite a defesa a Gianluigi Buffon
– Antonio Di Natale – permite a defesa a Iker Casillas
4-2 – Cesc Fábregas
“Melhor em campo” – Iker Casillas
Amarelos – Andrés Iniesta (11m), David Villa (72m), Santi Cazorla (112m); Massimo Ambrosini (31m)
Árbitro – Herbert Fandel (Alemanha)
Estádio Ernst Happel – Viena (19h45)
EURO 2008 – 1/4 Final – Rússia – Holanda

1-3
Depois da exuberante primeira fase, uma irreconhecível Holanda foi esta noite amplamente dominada por uma bem organizada equipa da Rússia, em crescendo exibicional neste EURO 2008.
Beneficiando das várias oportunidades desperdiçadas pelos jogadores russos, a Holanda conseguiria ainda forçar o prolongamento. Mas, nos 30 minutos suplementares, foi avassaladora a supremacia russa, com dois golos marcados e mais uns quantos… que ficaram por marcar.
Depois de Portugal e Croácia, a Holanda é – até ao momento, com 3 jogos dos 1/4 Final já realizados – a terceira selecção vencedora de Grupo a ser eliminada por uma equipa que concluira a fase de Grupos em 2º lugar.
Edwin van der Sar, Khalid Boulahrouz (54m – John Heitinga), André Ooijer, Joris Mathijsen, Giovanni van Bronckhorst, Nigel de Jong, Orlando Engelaar (62m – Ibrahim Afellay), Dirk Kuyt (45m – Robin van Persie), Rafael van der Vaart, Wesley Sneijder e Ruud van Nistelrooy
Igor Akinfeev, Aleksandr Anyukov, Sergei Ignashevich, Denis Kolodin, Yuri Zhirkov, Sergei Semak, Konstantin Zyrianov, Igor Semshov (69m – Diniyar Bilyaletdinov), Ivan Saenko (81m – Dmitri Torbinskiy), Andrei Arshavin e Roman Pavlyuchenko (115m – Dmitri Sychev)
0-1 – Roman Pavlyuchenko – 56m
1-1 – Ruud van Nistelrooy – 86m
1-2 – Dmitri Torbinskiy – 112m
1-3 – Andrei Arshavin – 116m
“Melhor em campo” – Andrei Arshavin
Amarelos – Khalid Boulahrouz (50m), Robin van Persie (55m), Rafael van der Vaart (60m); Denis Kolodin (71m), Yuri Zhirkov (103m), Dmitri Torbinskiy (111m)
Árbitro – Luboš Michĕl (Eslováquia)
Estádio St. Jakob-Park – Basileia (19h45)
EURO 2008 – 1/4 Final – Croácia – Turquia

1-1 (1-3 g.p.)
Ou de como a justiça no futebol é um conceito muito relativo. Se houve uma equipa a merecer a vitória e o apuramento para as 1/2 Finais, claramente superior ao adversário, com várias oportunidades de golo, essa foi a da Croácia.
E, depois de 119 minutos sem golos, num jogo algo insosso, pensavam todos os croatas que (finalmente) “estava feito”, quando Klasnić (entrado já no decorrer do prolongamento) marcou. Luka Modrić acreditou que a bola, perto da linha de fundo, não iria sair do terreno de jogo, e, perante a saída de Rüştü Reçber da baliza, centrou para Klasnić, de cabeça, marcar com facilidade.
Só que a Turquia – à semelhança do que fez, até agora, com todos os adversários deste Europeu (à excepção do jogo de estreia frente a Portugal) – fez questão de recordar, uma vez mais, que um jogo não está terminado antes de acabar: marcara o golo da vitória contra a Suíça aos 92 minutos; os dois golos que proporcionaram a reviravolta face à R. Checa aos 87 e 89 minutos… hoje, o golo do empate chegaria aos 122 minutos!
Golo que teve início precisamente num pontapé longo do guarda-redes Rüştü Reçber, com Semih Şentürk a ser mais feliz, recebendo a bola que ressaltara da molhada que saltara tentanto jogá-la de cabeça, rematando forte, sem apelo para Stipe Pletikosa.
No desempate da marca de grande penalidade, veio ao de cima o menor índice de concentração dos croatas, porventura mais esgotados pelo esforço desenvolvido em busca da vitória.
Está definido o primeiro jogo das 1/2 Finais: um inesperado Alemanha-Turquia!
Stipe Pletikosa, Vedran Ćorluka, Robert Kovač, Josip Šimunić, Danijel Pranjić, Darijo Srna, Luka Modrić, Niko Kovač, Ivan Rakitić, Niko Kranjčar (65m – Mladen Petrić) e Ivica Olić (97m – Ivan Klasnić)
Rüştü Reçber, Hamit Altıntop, Gökhan Zan, Emre Aşık, Hakan Balta, Mehmet Topal (76m – Semih Şentürk), Sabri Sarıoğlu, Tuncay Sanlı, Arda Turan, Kazım Kazım (61m – Uğur Boral) e Nihat Kahveci (117m – Gökdeniz Karadeniz)
1-0 – Ivan Klasnić – 119m
1-1 – Semih Şentürk – 122m
Desempate da marca de grande penalidade
– Luka Modrić remata ao lado
0-1 – Arda Turan
1-1 – Darijo Srna
1-2 – Semih Şentürk
– Ivan Rakitić remata ao lado
1-3 – Hamit Altıntop
– Mladen Petrić permite a defesa a Rüştü Reçber
“Melhor em campo” – Hamit Altıntop
Amarelos – Tuncay Sanlı (27m), Arda Turan (49m), Uğur Boral (89m) e Emre Aşık (107m)
Árbitro – Roberto Rosetti (Itália)
Estádio Ernst Happel – Viena (19h45)
EURO 2008 – 1/4 Final – Portugal-Alemanha

2-3
Depois de uma fase inicial de maior ascendente da Alemanha, Portugal – que tivera uma entrada algo intranquilo – começava, a partir dos 15 minutos, a equilibrar o jogo… quando, numa rápida de descida de Lukas Podolski pelo flanco, que Bosingwa não conseguiu acompanhar, conseguiu cruzar para o coração da pequena área, onde Bastian Schweinsteiger surgiu de rompante, antecipando-se a Paulo Ferreira, a desviar para o golo, sem hipóteses para Ricardo.
E, apenas mais 4 minutos volvidos, outra vez Schweinsteiger, a cobrar um livre, com um lançamento para a área, surgindo desta feita Miroslav Klose, fulgurante, a antecipar-se a toda a defesa, marcando de cabeça.
Numa fase em que tudo parecia correr mal, a equipa portuguesa ver-se-ia ainda obrigada a uma substituição forçada, por inferioridade física de João Moutinho, substituído por Raul Meireles.
Com uma alteração táctica, fazendo Ronaldo aproximar-se de Nuno Gomes, e, sobretudo, com Deco a “arrumar a casa”, organizando o jogo, Portugal conseguiria reequilibrar novamente a tendência da partida.
E seria precisamente numa superlativa jogada de Deco, pleno de esforço, arrancando do meio-campo português, tirando os adversários do caminho, com a bola a chegar a Ronaldo, surgindo isolado no flanco esquerdo, tentando bater Lehmann, mas este faria bem a mancha, provocando um ressalto de bola para Nuno Gomes, que, numa boa rotação, conseguiria impulsioná-la para a baliza desguarnecida da Alemanha, não obstante o esforço desesperado de um defesa alemão para tentar evitar… o inevitável. Portugal reentrava no jogo, faltavam poucos minutos para o intervalo.
Já mesmo em cima dos 45 minutos, uma magnífica iniciativa de Ronaldo, rematando colocado, com a bola, em diagonal, a cruzar toda a área de baliza, saindo ligeiramente ao lado. Perdia-se uma ocasião soberana para empatar o jogo!
O balanço da primeira parte denotava equilíbrio entre as duas equipas, com as seguintes estatísticas: 7-6 em remates para Portugal; 3-3 em remates à baliza; 8-3 em faltas cometidas para a Alemanha; 4-1 em cantos para Portugal; 52% / 48% em termos de posse de bola, também com vantagem para Portugal. Em síntese, uma grande exibição de Deco, traída pela falta de concentração e de atenção aos detalhes, tal como prevenira Scolari.
A selecção portuguesa teria uma boa reentrada no encontro, arrancando dois cartões amarelos para os defesas laterais da Alemanha logo nos momentos iniciais. Para, nos minutos imediatos, Bosingwa conseguir ganhar dois pontapés de canto para Portugal, num deles a criar perigo, com Pepe a não conseguir dar a direcção certa à bola.
Até que, em jogada a “papel químico” do segundo golo, novo livre, com um lançamento longo para a área portuguesa, com a defesa portuguesa apática, surgindo Ballack a antecipar-se – empurrando, de forma subtil, Paulo Ferreira, afastando-o do lance -, cabeceando para o terceiro golo da Alemanha, repondo a diferença no marcador.
Portugal, vítima dos diversos erros defensivos cometidos, oferecia a vitória à Alemanha.
Daí até final, o desespero começou a apoderar-se da equipa portuguesa, jogando mais “com o coração do que com a cabeça”. Entretanto, a Alemanha recolhera ao seu meio-campo, concedendo a iniciativa a Portugal, que se defrontava com uma muralha intransponível, tendo muitas dificuldades em chegar à área alemã.
Uma das últimas imagens que fica na retina é o lance em que Deco tenta “inventar” uma jogada de perigo, picando a bola sobre a defesa… pouco antes do “canto do cisne”, com Hélder Postiga a conseguir ganhar entre os centrais alemães, aproveitando um bom cruzamento de Nani, no flanco esquerdo, reduzindo para a desvantagem mínima.
Nos 4 minutos de tempo de compensação, o sofrimento foi grande em ambas as partes… mas, não obstante a atitude esforçada dos portugueses, o resultado estava feito.
As estatísticas finais – 22-11 em remates para Portugal; 6-5 em remates à baliza; 8-3 em cantos; 57% – 43 % de tempo de posse de bola – não traduzem que a Alemanha formou um bloco mais consistente, face a uma equipa portuguesa em que prevaleceram sempre as iniciativas individuais (com destaque para o excelente trabalho de Deco), e em que as falhas cometidas se revelariam irreparáveis.
Ricardo, Bosingwa, Pepe, Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira, Petit (73m – Hélder Postiga), João Moutinho (31m – Raul Meireles), Deco, Cristiano Ronaldo, Simão e Nuno Gomes (67m – Nani)
Jens Lehmann, Arne Friedrich, Per Mertesacker, Christoph Metzelder, Philipp Lahm, Bastian Schweinsteiger (83m – Clemens Fritz), Simon Rolfes, Michael Ballack, Thomas Hitzlsperger (73m – Tim Borowski), Miroslav Klose (89m – Marcell Jansen) e Lukas Podolski
0-1 – Bastian Schweinsteiger – 22m
0-2 – Miroslav Klose – 26m
1-2 – Nuno Gomes – 40m
1-3 – Michael Ballack – 61m
2-3 – Hélder Postiga – 87m
“Melhor em campo” – Bastian Schweinsteiger
Amarelos – Petit (26m), Pepe (60m) e Hélder Postiga (90m); Arne Friedrich (47m) e Philipp Lahm (49m)
Árbitro – Peter Frojdfeldt (Suécia)
Estádio St. Jakob-Park – Basileia (19h45)
Portugal – Alemanha – Minuto a minuto
Para acompanhar aqui.
EURO 2008 – Fase de Grupos – Classificações finais
Grupo A J V E D GM GS P 1º Portugal3 2 - 1 5 - 3 6 2º Turquia
3 2 - 1 5 - 5 6 3º R. Checa
3 1 - 2 4 - 6 3 4º Suíça
3 1 - 2 3 - 3 3
Grupo B J V E D GM GS P 1º Croácia3 3 - - 4 - 1 9 2º Alemanha
3 2 - 1 4 - 2 6 3º Áustria
3 - 1 2 1 - 3 1 4º Polónia
3 - 1 2 1 - 4 1
Grupo C J V E D GM GS P 1º Holanda3 3 - - 9 - 1 9 2º Itália
3 1 1 1 3 - 4 4 3º Roménia
3 - 2 1 1 - 3 2 4º França
3 - 1 2 1 - 6 1
Grupo D J V E D GM GS P 1º Espanha3 3 - - 8 - 3 9 2º Rússia
3 2 - 1 4 - 4 6 3º Suécia
3 1 - 2 3 - 4 3 4º Grécia
3 - - 3 1 - 5 -
EURO 2008 – Grupo D – 3ª jornada

2-0
A Rússia, necessitando de vencer para atingir o apuramento para os 1/4 Final, obteve esta noite uma justíssima vitória frente à Suécia, que poderia ter inclusivamente atingido uma expressão bastante mais significativa, tal o domínio exercido pelos russos.
Depois de uma prometedora vitória frente aos Campeões Europeus em título (Grécia) e de uma boa reacção na segunda metade do primeiro tempo do jogo com a Espanha, a Suécia pareceu ter-se eclipsado deste EURO.
Tal como na segunda parte da partida anterior, os suecos praticamente nada fizeram senão procurar evitar que o adversário pudesse criar jogadas de perigo para a sua baliza. Só que, hoje, se revelaram absolutamente impotentes para travar uma endiabrada equipa da Rússia, sempre em movimento.
Nos 1/4 Final, o seleccionador holandês ao serviço da Rússia (Guus Hiddink) terá de enfrentar… o também holandês seleccionador da Holanda (Marco van Basten). Um encontro que promete, entre duas equipas que, nesta Fase de grupos, revelaram ter como objectivo prioritário a busca do golo!
Está já definido o painel completo de jogos dos 1/4 Final: Portugal – Alemanha e Croácia – Turquia… cujos vencedores se enfrentarão nas 1/2 Finais; e Holanda – Rússia e Espanha – Itália.
Igor Akinfeev, Aleksandr Anyukov, Sergei Ignashevich, Denis Kolodin, Yuri Zhirkov, Sergei Semak, Konstantin Zyrianov, Igor Semshov, Diniyar Bilyaletdinov (66m – Ivan Saenko), Andrei Arshavin e Roman Pavlyuchenko (90m – Vladimir Bystrov)
Andreas Isaksson, Fredrik Stoor, Olof Mellberg, Petter Hansson, Mikael Nilsson (79m – Marcus Allbäck), Johan Elmander, Daniel Andersson (56m – Kim Källström), Anders Svensson, Fredrik Ljungberg, Henrik Larsson e Zlatan Ibrahimović
1-0 – Roman Pavlyuchenko – 24m
2-0 – Andrei Arshavin – 50m
“Melhor em campo” – Andrei Arshavin
Amarelos – Sergei Semak (57m), Andrei Arshavin (65m), Denis Kolodin (76m); Andreas Isaksson (10m), Johan Elmander (49m)
Árbitro – Frank De Bleeckere (Bélgica)
Estádio Tivoli Neu – Innsbruck (19h45)