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CRISTÓVÃO COLOMBO (IV)
Entretanto, juntamente com o seu irmão Bartolomeo, havia fundado a capital de Santo Domingo, ao qual atribuiu o governo das novas terras, mas que viria também a sofrer uma rebelião, devido às pesadas taxas impostas.
Teria muitas dificuldades em conseguir formar a tripulação para a sua terceira viagem, para o que teve de recorrer a condenados pela justiça. Entre 1498 e 1500, chegou às ilhas de Granada e Trinidad e Tobago. Apenas nesta terceira viagem, chegaria efectivamente ao continente americano.
Para além da escassez das prometidas riquezas, Colombo viria mesmo a ser acusado de tirania e abuso de poder, levando os reis a nomear uma comissão para analisar a situação. Em 1500, Francisco de Bobadilla é enviado à América, mandando prender Colombo e o irmão, que seriam deportados para a Europa. Viriam contudo a ser absolvidos e recompensados pela coroa espanhola.
Colombo viria a realizar a sua quarta viagem entre 1502 e 1504, navegando nas Antilhas, chegando à Martinica. O governador de La Hispaniola proibiria o desembarque de Colombo, que depois de ancorar por um período em Santo Domingo, seguiria para as Honduras e, finalmente, chegando ao Panamá.
Em 1504, retornou definitivamente à Europa. Após a morte da rainha Isabel, nesse ano, viria a desentender-se com o Rei Fernando, sendo-lhe retirados todos os privilégios como governador das novas terras.
Cristóvão Colombo faleceu em Valladolid a 20 de Maio de 1506, sem ver devidamente reconhecidos os seus feitos que abriram novos mundos à humanidade. Até ao fim da vida, acreditou ter chegado à Ásia, sem saber que tinha descoberto um novo continente.
Em 1542, o corpo seria exumado e levado novamente para a R. Dominicana, até que, em 1899, retornaria a Espanha, onde repousa na Catedral de Sevilha.
[1964]
CRISTÓVÃO COLOMBO (III)
A 11 de Outubro, finalmente era avistada terra; no dia seguinte (12 de Outubro) Colombo chegava ao arquipélago das Bahamas, nas Pequenas Antilhas, pensando ter alcançado Catai (China) ou o reino de Cipango (Japão), baptizando a terra com o nome de San Salvador.
Pouco depois, chegaria a Cuba e à ilha de La Hispaniola (ilha onde se localizam hoje a R. Dominicana e o Haiti), chamando aos seus habitantes índios.
Em Dezembro de 1492, a caravela Santa Maria naufragava próximo da costa de La Hispaniola, passando então Colombo a comandar a Niña.
Ainda antes do regresso a Espanha em Março de 1493, manda construir em La Hispaniola, o forte de La Navidad. Voltaria ao “Novo Mundo” por mais três vezes.
A América (cujo nome apenas seria mais tarde atribuído, em homenagem a Américo Vespucci – amercador e navegador italiano, que seria o primeiro a constatar que as recém-descobertas terras do Novo Mundo constituíam um continente e não parte da Ásia) descoberta por Colombo centra-se nas ilhas do Caribe, nas costas da América Central e na “terra firme” da Venezuela.
Na segunda viagem, partiu de Cádiz com 17 navios. Entre 1493 e 1496, explorou o Caribe, descobrindo as ilhas de Dominica, Guadalupe, Jamaica e Porto Rico.
Em Novembro de 1493, o forte de La Navidad seria atacado e destruído. Na mesma época, fundou a primeira colónia europeia nas Américas, na actual R. Dominicana, a que deu o nome de Isabela. Contudo, os seus colonizadores (cerca de 1 500 homens), não encontrando nela as riquezas esperadas rebelam-se também, pretendendo regressar a Espanha.
[1963]
CRISTÓVÃO COLOMBO (II)
Em 1485, já viúvo, fixa-se em Espanha com o filho Diego, vindo a conhecer, em Córdoba, Beatriz Enríquez, de quem teria o filho Fernando, posteriormente um dos seus biógrafos.
Também em Espanha, não foi inicialmente bem sucedido na sua tentativa de levar por diante o projecto da sua vida. Conheceria então, em Palos, Martím Alonso Pinzón, posteriormente seu aliado na expedição que o levou a descobrir a América, o qual assumiria um papel relevante na obtenção das embarcações utilizadas na viagem: as caravelas Niña e Pinta e a nau Santa Maria.
Finalmente, em 1491, conseguiria obter o apoio dos “Reis Católicos”, Fernando de Aragão e Isabel de Castela, conseguindo ainda assegurar alguns privilégios, como o de se tornar vice-rei das terras a conquistar, assim como de receber um décimo das riquezas que encontrasse.
A 3 de Agosto de 1492, partia do porto de Palos a expedição, composta por uma tripulação de cerca de 90 homens condenados, não incluindo qualquer representante religioso.
Fariam uma paragem forçada nas Ilhas Canárias, para reparar danos na caravela Pinta, retomando, em 6 de Setembro, a sua rota, a qual seria alterada a 7 de Outubro, por sugestão de Pinzón, dirigindo-se a Sudoeste.
Ao longo da viagem, foi aumentando o descontentamento da tripulação, tendo associado elevado risco de motim, com os tripulantes a exigir o regresso a Espanha.
[1960]
CRISTÓVÃO COLOMBO (I)
Supõe-se que Cristóvão Colombo tenha nascido em Génova, Itália, cerca de 1451, filho de Domenico Colombo, artesão e tecelão em Génova, não sendo conhecidas muitas informações sobre os seus primeiros anos de vida, julgando-se que não tenha adquirido uma formação escolar muito desenvolvida.
Cedo iniciou as suas experiências no mar, iniciando-se como marinheiro aos 14 anos, viajando pela Europa e pela costa africana, chegando até à Guiné.
Em 1476, naufragou na costa portuguesa, ao largo do Algarve, aportando a Lagos, de onde partiram vários exploradores de África. Estabelecer-se-ia então em Lisboa, onde já vivia o seu irmão Bartolomeo.
Em 1480, casaria com Filipa Moniz, a filha do navegador Bartolomeu Perestrelo (donatário da ilha do Porto Santo), aí se fixando. Na biblioteca do sogro, estudaria as rotas marítimas. Adquiriria então conhecimentos ligados à navegação e à cartografia, havendo quem defenda que foi Portugal que fez de Colombo, “Colombo”, ao reunir às suas características de navegador mediterrânico (na tradição genovesa e catalã), o conhecimento português do Atlântico.
Começava então a desenvolver o projecto de chegar à Índia por mar, navegando sempre para ocidente, antevendo a forma esférica da Terra. Apresentou o seu projecto ao Rei de Portugal, D. João II, que, não dando crédito às ideias de Colombo, resolveu não o apoiar na sua expedição.
Durante muitos anos, procurou obter financiamento em Portugal, mas o projecto português passava pela descoberta de uma nova rota para o Oriente contornando África.
[1957]