Archive for 3 Julho, 2004

"LE TOUR"

Ainda não terminou a grande competição que está a ser o EURO 2004, e inicia-se já hoje (em Liège, na Bélgica) a edição do 101º ano do “Tour de France“, a maior prova velocipédica do mundo.

Ao longo de 100 anos, o “Tour” construiu alguns dos grandes ícones da história do desporto: Fausto Coppi, Jacques Anquetil, Eddie Merckx (o campioníssimo …), Bernard Hinault, Greg Lemond, Miguel Indurain e Lance Armstrong (recordistas com 5 vitórias consecutivas, respectivamente entre 1991 e 1995 e de 1999 a 2003).

O “Tour” deste ano conta, como habitualmente, com 5 épicas etapas de montanha, concentradas na última semana, e apenas 3 contra-relógios (um deles, de montanha, na subida ao mítico Alpe d’Huez); deverá portanto decidir-se nas etapas de dia 16 (La Mongie) e 17 (Plateau de Beille) – nos Pirinéus -, 20 (Villard-de-Lans) e 21 (Alpe d’Huez) – nos Alpes – e 24 (Besançon – contra-relógio individual com 60 km). A consagração ocorrerá no dia 25, em Paris, nos Champs Elysées.

Lance Armstrong tem perante si um (último?) grande desafio: o de, vencendo pela sexta vez consecutiva, se tornar no maior campeão de sempre.

Como habitualmente, contará com a oposição do “resto do pelotão”, em particular desse outro grande campeão, chamado Jan Ullrich (vencedor em 1997 e já por 5 vezes 2º classificado!); uma eventual surpresa poderá vir de Iban Mayo, Ivan Basso, Tyler Hamilton ou Roberto Heras.

Poderá contar apenas com o apoio da sua equipa, a US Postal, em que milita esta época o português José Azevedo, que terá provavelmente a seu cargo uma missão de grande sacrifício, que será a de apoiar o seu “chefe-de-fila” nos momentos mais difíceis.

[1506]

3 Julho, 2004 at 4:45 pm

1 ANO DE "MEMÓRIA VIRTUAL" – RETROSPECTIVA (XVIII)

UMA “EQUIPA”…

… Confiante.
… Personalizada.
… Solidária.
… Serena.
… Compacta.
… Tranquila.
… Dominadora.
… Sóbria (sem necessidade de ser Exuberante).
… Sólida.
… “Ultra-competitiva”.
… (naturalmente) Vitoriosa. “Tão natural como beber um copo de água”.

Numa palavra, uma EQUIPA!

Parabéns FC Porto.

P. S. Há cerca de duas semanas escrevera que tinha duas “certezas” e duas “convicções”: (i) que o jogo da 2ª mão seria (muito) melhor; foi bastante melhor; (ii) que o árbitro dirigiria (muito) melhor o jogo; Collina foi “infinitamente” melhor (ao nível do que é o melhor árbitro do mundo); (iii) que o jogo da 2ª mão teria (muito provavelmente) golos; foi só um… e (iv) que acreditava no FC Porto; obviamente, ficou demonstrado que tinha(mos) todas as razões para acreditar!

P. S. 2 – Em Setúbal, há um homem bom com toda a razão para se sentir o “pai mais orgulhoso do mundo”: chama-se Félix Mourinho e eu gostava muito que ele tivesse a maior alegria da sua vida no final do jogo de Gelsenkirchen.

Texto editado originalmente em 04.05.04.

3 Julho, 2004 at 4:25 pm

LEONARDO (V)

Auto-retrato Em 1509, depois de anunciar que resolvera o problema da .quadratura do ângulo curvilíneo., concentrou-se em vários estudos de geologia e hidrografia e, entre 1510 e 1513, em temas de anatomia.

Não excluiu contudo a actividade pictórica, como testemunham .A Virgem. e .O Menino com Santa Ana. (de 1510) e .São João Baptista. (1511). Seria também no final desta estadia em Milão que desenha o seu .Auto-Retrato. (1512).

Em 1513, Leonardo partiu para Roma, onde se alojou sob a protecção de Julião de Médicis.

[1505]

3 Julho, 2004 at 10:52 am

1 ANO DE "MEMÓRIA VIRTUAL" – RETROSPECTIVA (XVII)

CONSTRUIR ABRIL

Esta era a “última grande oportunidade” para comemorar o “25 de Abril”.

30 anos são já “uma vida”!

Mas é um decurso de tempo que permitiu que a generalidade dos participantes naquele histórico dia de 1974 (com as grandes excepções de Salgueiro Maia e de Melo Antunes) pudessem trazer-nos ainda as suas “memórias vivas”.

Os portugueses (de praticamente “todos os quadrantes”) souberam aproveitar essa “última grande oportunidade”, conseguindo unir-se e associar-se à comemoração da liberdade e da abertura à democracia.

Tal como nestes 30 anos, mas, a partir de agora cada vez com mais pertinência, mais do que recordar o passado, será necessário “construir” Abril no “dia a dia”, nos seus significados essenciais, o do reforço da democracia e o do desenvolvimento de Portugal.

Uma nota final para sublinhar – como refere Paulo Querido -, o activo papel da “blogosfera” nestas comemorações, acabando por contribuir para despoletar o debate “lá fora, no mundo real” – é de elementar justiça destacar o seu próprio contributo, assim como o de Zé Nuno e André Luz (Grão de Areia), José Mário Silva (Blogue de Esquerda), Daniel Oliveira (Barnabé) e “Dona Vi” (A Internet Para as Domésticas) que, com o “blogue” “Aqui Posto de Comando“, possibilitaram agregar mais de 500 textos evocativos da data.

Finalmente, a referência a alguns artigos publicados nos “media tradicionais”: de Vital Moreira, no Público; de Nuno Severiano Teixeira, no Diário de Notícias; de António Barreto e de Mário Mesquita, também ambos no Público… e, a fechar, noutra perspectiva, Vasco Pulido Valente (também no Diário de Notícias).

P. S. Devo também um agradecimento especial a todos aqueles que proporcionaram que, ontem – o dia “D” -, o Memória Virtual fosse o segundo “blogue” mais visitado no sistema Weblog.com.pt (logo após o “imbatível” Barnabé, que abriu também as suas “portas” aos textos dos leitores). Obrigado!

Texto editado originalmente em 26.04.04.

3 Julho, 2004 at 10:35 am

A PRAIA / COMPANHIA DE MOÇAMBIQUE

Faz hoje um ano, chegavam à “blogosfera”, dois novos “blogues” que viriam a oferecer um importante contributo para o reforço do seu papel de espaço alargado de reflexão.

Parabéns ao Ivan (A Praia) e ao Rui (Companhia de Moçambique) por este 1º ano de excelentes textos. Votos de uma boa continuação neste segundo ano.

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3 Julho, 2004 at 9:12 am 1 comentário

1 ANO DE "MEMÓRIA VIRTUAL" – RETROSPECTIVA (XVI)

“HOJE”, HÁ 30 ANOS

“Hoje”, há 30 anos, muitos livros, muitos filmes, muitas músicas, eram proibidos.

No dia 24 de Abril de 1974, o que foi publicado nos jornais foi visado por uma comissão de censura prévia.

“Hoje”, há 30 anos, a maior parte da população portuguesa não dispunha de uma casa de banho, nem de frigorífico, nem de televisão.

No dia 24 de Abril de 1974, a “Coca-Cola” era proibida em Portugal.

“Hoje”, há 30 anos, existia uma polícia política que torturava os presos nas cadeias.

No dia 24 de Abril de 1974, cerca de metade das casas em Portugal não dispunham de água canalizada.

“Hoje”, há 30 anos, Portugal vivia sob um regime ditatorial, em que a liberdade de expressão era reprimida.

No dia 24 de Abril de 1974, milhares de jovens portugueses combatiam em guerras perdidas e sem sentido, em Angola, na Guiné e em Moçambique, nas quais mais de 8 000 perderam a vida, para além de mais de 15 000 que sofreram deficiências permanentes.

“Hoje”, há 30 anos, os partidos políticos não eram permitidos em Portugal.

No dia 24 de Abril de 1974, Portugal não fazia parte dos 25 países mais ricos do mundo.

“Hoje”, há 30 anos, cerca de 1/3 dos portugueses não sabiam ler nem escrever; as mulheres não tinham (nem sequer “no papel”) os mesmos direitos que os homens.

No dia 24 de Abril de 1974, a maior parte dos portugueses não dispunha de assistência médica, nem de cuidados de saúde essenciais.

“Hoje”, há 30 anos, os portugueses não poderiam ousar imaginar que Portugal viria a ser um dos países desenvolvidos com maior crescimento em todo o Mundo.

No dia 24 de Abril de 1974, os portugueses não sabiam ainda que, no dia seguinte, não iriam cumprir as “instruções” do “Posto de Comando das Forças Armadas”, que lhes recomendavam que não deveriam sair à rua.

“Hoje”, há 30 anos, um jovem capitão preparava-se para entrar em Lisboa e concretizar uma Revolução que, ordeiramente, parava perante os semáforos vermelhos.

P. S. Ler também outra visão do 25 de Abril “do outro lado” (em África), num texto de Elizabeth Ceita Vera Cruz: “O dia em que as comportas se abriram“.

P. S. 2 – A partir de hoje à noite, e amanhã, durante todo o dia, convido-o a relembrar uma pequena cronologia dos acontecimentos: “Há 30 anos, a esta hora”.

Texto editado originalmente em 24.04.04.

Há 1 ano no Memória Virtual – Serviço público – Entrevistas de Ana Sousa Dias na RTP2

3 Julho, 2004 at 9:05 am


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