Archive for 24 Julho, 2004
LANCE ARMSTRONG X 6 – CRÓNICA DE UMA VITÓRIA ANUNCIADA
Pressupondo que nada de anormal sucederá na etapa de consagração, com o termo em Paris, na tradicional “parada” pelos Champs Elysées, o norte-americano Lance Armstrong, alcançando a sua 6ª vitória consecutiva no “Tour de France” – maior prova de ciclismo do mundo – converte-se no maior campeão de sempre, superando as grandes “lendas” Eddy Merckx, Miguel Indurain, Bernard Hinault e Jacques Anquetil.
Uma proeza histórica, porventura irrepetível. Desde 1999, ano após ano, mostrando sucessivamente ser o ciclista mais completo do pelotão, tornou-se praticamente imbatível em contra-relógios e muitas vezes vencedor de etapas de montanha (onde nunca denotou sintomas de que pudesse “fraquejar”), uma combinação perfeita para o sucesso.
Mais três outros campeões a destacar nesta véspera de conclusão do Tour…
Primeiro, o “delfim”, o “eterno segundo” (por 5 vezes; tendo alcançado a vitória em 1997), Jan Ullrich; teve um dia mau nesta prova, que o relegou para o 4º lugar, a 2m10s do pódio (e a 2m31s do “seu” 2º lugar) – atrás de dois valores de futuro: Andreas Kloden e Ivan Basso. De qualquer forma, o mérito de lutar até ao fim (2º lugar na “prova da verdade”, nos contra-relógios do Alpe d’Huez e de hoje), mostrando que – se Armstrong é de “outra galáxia” – ele será o melhor dos ciclistas ditos “normais”.
Depois, Richard Virenque. A cada ano, traça o seu objectivo: vencer a classificação da Montanha; sabendo que já não tem a frescura e força que lhe permitam lutar diariamente pelos primeiros lugares nas etapas de montanha, lança uma fuga que, sistematicamente, vê coroada de êxito (este ano, conseguindo a vitória num dia especial, o 14 de Julho) e, nas restantes etapas, procura amealhar o máximo de pontos nas contagens de montanha antes do fim da etapa. 7 vezes vencedor desta classificação, bate também um “record”.
Por fim, o “nosso grande campeão”, José Azevedo. Uma prova magnífica, de esforço, trabalho, dedicação e glória. Não só deu todo o apoio que Armstrong necessitou para vencer esta prova – ganhando direito a “saborear” um pouco da magnífica proeza de Armstrong – , como conseguiu ainda marcar presença de destaque entre os melhores (com um magnífico 4º lugar no mítico Alpe d’Huez), finalizando num brilhante 5º lugar na classificação geral, imediatamente após Jan Ullrich. Uma proeza ao nível de Joaquim Agostinho; a melhor classificação de sempre de um português, desde o 3ºlugar de Agostinho de há 25 anos atrás.
A propósito, leiam-se as palavras do Director da Equipa:
“Le directeur sportif de l’US.Postal Johan Bruynel ne tarit pas d’éloges sur son équipe.
Hincapie d’abord, Beltran ensuite, Landis hier qui a fournit un travail considérable pour Lance Armstrong, notamment ont contribué à son sixième sacre. Mais surtout Bruynel salue les performances de José Azevedo, le Portugais, omniprésent aux côtés du patron dans toutes les ascensions des Pyrénées et des Alpes, et par ailleurs cinquième au classement général. « S’il était leader dans une autre équipe, Azevedo aurait les moyens de jouer le podium” explique-t-il.”
[1595]
…20 DIAS – HIMALAIAS
Os Himalaias (em sânscrito “hima alaias”, significando “morada das neves”) cobrem uma vasta área da Ásia Central, estendendo-se à Índia, Tibete (China), Paquistão e Butão, com coração no Nepal, sendo um sistema montanhoso formado por uma série de cordilheiras, conhecido como “Grande Cordilheira dos Himalaias”, com uma área de 594 400 km2, formando um arco de 2 410 km, constituindo a região mais elevada do planeta.
Os 10 cumes mais altos do mundo situam-se na cordilheira dos Himalaias, constituindo o Monte Everest (8 850 metros) o zénite, conhecido como “tecto do mundo”, situando-se na fronteira entre o Nepal e a região do Tibete. Mais de trinta cumes ultrapassam mesmo os 7 620 metros de altitude. Destacam-se (acima dos 8 000 metros): Everest (Nepal / Tibete), 8 850 m; K2 (China / Paquistão), 8 611 m; Kangchenjunga (Nepal / Índia), 8 600 m; Lhotse (Nepal / China), 8 501 m; Makalu (Nepal / China), 8 481 m; Dhaulagiri (Nepal), 8 172 m; Nanga Parbat (Paquistão), 8 126 m; Anapurna (Nepal), 8 078 m.
A capital do reino hindu do Nepal localiza-se em Kathmandu, conhecida como a “Princesa dos Himalaias”, situada num vale, rodeado pelas maiores montanhas do mundo.
Foi descoberta pelo mundo ocidental em 1730, quando uma missão de padres Capuchinhos foi autorizada pelo rei a entrar no vale. Mas apenas na década de 1960 se generalizaria, com a “invasão” da geração “hippie”, que aqui idealizava um retiro espiritual, uma porta de entrada para o Nirvana.
Dispondo de 4 monumentos classificados como “Património da Humanidade”, Kathmandu é uma das mais apaixonantes cidades do mundo.
Destacam-se a Praça Durbar (com mais de 50 templos e monumentos, incluindo o antigo palácio da família real), com a casa de Kumari (uma “deusa-viva”).
Há ainda dois templos consagrados a Buddha, as “Stupas de Bodhnath e de Swayambhunath”, com as suas formas de abóboda branca simbolizando os elementos água, terra, ar e fogo.
Há 1 ano no Memória Virtual – Blogosphère
[1594]