DARFUR
26 Julho, 2004 at 7:25 pm 1 comentário
“In our silence we are complicit”
A indiferença não pode continuar a prevalecer.
Alerta-nos o Nuno Guerreiro que “cerca de 150 mil pessoas foram já assassinadas ou mortas à fome, vítimas de um conflito que continua a ser invisível para a generalidade da opinião pública”.
Entretanto, o Congresso americano aprovou por unanimidade uma resolução que considera esta crise um genocídio, considerando que 30 mil pessoas foram “brutalmente assassinadas”, enquanto outras 130 mil foram obrigadas a refugiar-se no vizinho Chade, para além de cerca de um milhão que teve de abandonar as suas casas. Esta resolução refere que a violência na região “é particularmente dirigida contra um grupo específico em função de critérios étnicos e parece ser sistemática” – milícias árabes em extermínio da população negra.
Por seu lado, as Nações Unidas, considerando que esta é actualmente a pior crise humanitária do mundo, não a classificaram ainda como genocídio (“acção cometida com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”), o que, a acontecer, obrigaria a uma intervenção no terreno. Isto, apesar de o Secretário-Geral Kofi Annan ter afirmado, já em Abril, que “os riscos de um genocídio permanecem assustadoramente reais”.
Apesar de não haver consenso em torno da questão do “genocídio”, o que é vital percebermos todos é que – mais importante que discutir uma questão de semântica – é imperioso que haja uma urgente união de esforços para acabar com esta calamidade no Sudão.
P. S. A ler, o artigo de Teresa de Sousa no “Público”.
[1608]
Entry filed under: Internacional.
1.
Jack | 26 Julho, 2004 às 10:10 pm
…já tenho lido coisas estranhas (acreditem, sou especialista em as escrever), mas como esta vai ser dificil suplantar… ou não. (se este comentário não parecer fazer sentido é porque ele foi feito para outro blog e resolvi aproveitá-lo por…ser tão estranho)…(tenho um pressentimento que não deveria ter posto isto aqui… pessoal sério, hein?… certo)