RELATÓRIO "DESENVOLVIMENTO HUMANO" (VIII)
Mas nem só de grandes desempenhos vive o mundo; acho que vale (muito) a pena debruçar-nos um pouco sobre os indicadores apresentados pelos países menos desenvolvidos e reflectir sobre estas situações de grande pobreza e subdesenvolvimento, num mundo que necessita criar condições para um desenvolvimento global mais harmonioso e sustentado.
E, infelizmente, dos países menos desenvolvidos fazem parte os de expressão portuguesa (com Cabo Verde a alcançar, não obstante, a 4ª posição de entre os países africanos), cujos principais indicadores resumirei também hoje e amanhã, a par dos países com prestações inferiores.
Começando com indicadores relacionados com a saúde e sobrevivência, desde o Nº de médicos por cada 100 000 habitantes; % de adultos infectados pelo vírus da SIDA; Casos de Tuberculose por 100 000 habitantes; Esperança de vida à nascença; terminando com a Taxa de mortalidade infantil (por 1 000):
– (1) Noruega: 367 / 0,1 / 5 / 78,9 / 4
– (26) Portugal: 318 / 0,4 / 37 / 76,2 / 5
– (72) Brasil: 206 / 0,7 / 94 / 68,1 / 30
– (105) Cabo Verde: 17 / … / 352 / 70,2 / …
– (123) S. Tomé e Príncipe: 47 / … / 308 / 69,9 / …
– (158) Timor-Leste: … / … / 734 / 49,5 / …
– (166) Angola: 5 / 3,9 / 398 / 40,1 / 154
– (167) Tchad: 3 / 4,8 / 388 / 44,7 / 117
– (168) R. D. Congo: 7 / 4,2 / 594 / 41,8 / 129
– (169) R. Centro Africana: 4 / 13,5 / 438 / 39,5 / 115
– (170) Etiópia: 3 / 6,3 / 508 / 45,5 / 114
– (171) Moçambique: 2 / 12,2 / 547 / 38,1 / 125
– (172) Guiné-Bissau: 17 / … / 316 / 45,3 / 130
– (173) Burundi: 1 / 6,0 / 531 / 40,9 / 114
– (174) Mali: 4 / 1,9 / 695 / 48,6 / 122
– (175) Burkina Faso: 4 / 4,2 / 272 / 45,7 / 107
– (176) Níger: 3 / 1,2 / 386 / 46,2 / 156
– (177) Serra Leoa: 9 / … / 628 / 34,2 / 165
Números “assustadores”, em particular na taxa de infectados com o vírus da Sida na R. Centro Africana e Moçambique, a reduzidíssima esperança de vida em Angola, R. Centro Africana, Moçambique (40 anos ou menos), com a Serra Leoa, com uns incríveis 34,2 anos de média de vida, terminando nas enormes taxas de mortalidade infantil (mais de 12 %!) em Angola, R. D. Congo, Moçambique, Guiné-Bissau, Mali, Níger e Serra Leoa (com uns “inaceitáveis” 16,5 %).
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