“ESTOU ALÉM”
13 Junho, 2004 at 9:09 am 3 comentários
Há 20 anos, partia António Joaquim Rodrigues Ribeiro (então com 39 anos), “imortalizado” como António Variações, em apenas 2 anos de carreira (1982 a 1984), de que relembro particularmente: Estou além; É pra amanhã; O corpo é que paga; Canção de engate; e Povo que lavas no rio (ver discografia).
“Variações é uma palavra que sugere elasticidade, liberdade. E é exactamente isso que eu sou e que faço no campo da música. Aquilo que canto é heterogéneo. Não quero enveredar por um estilo. Não sou limitado. Tenho a preocupação de fazer coisas de vários estilos”. (António Variações a “O País” – 14.04.84) – via Citi.pt.
A minha homenagem.
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1.
João Tilly | 13 Junho, 2004 às 9:20 am
ABSTENCIONISTAS livres num país de POLÍTICOS CORRUPTOS: hoje vamos ter mais uma esmagadora maioria absoluta! E só precisamos de 31,5%
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Há mais de 20 anos que ganhamos todas as eleições por maioria relativa. Ultimamente temo-las ganho por maioria absoluta porquanto 35% de abstenção implica que apenas 65% dos votos sejam considerados válidos.
Numa base de 10 milhões – para um cálculo facilitado – 35% equivale a 3 milhões e meio.
Do restante 65% – 6.5 milhões – se vai retirar ainda uma percentagem para brancos e nulos – cerca de 2% – pelo que restam 63%.
Se um dos grandes partidos ganhasse as legislativas com maioria absoluta que, pelo método de Hondt, se consegue com meros 42 ou 43% dos votos válidos entrados nas urnas, isso quer dizer que basta que os votantes no partido maioritário cheguem a 2.7 milhões.
Mesmo que considerássemos apenas o número absoluto de votos (e não o método que nos dá a sua representatividade), 50% corresponde a 3,15 milhões de eleitores ou seja: muito menos do que a abstenção que, como vimos, seria de 3,5 milhões de eleitores.
Tecnicamente basta que a abstenção chegue aos 31.5% para ser o PARTIDO MAIORITÁRIO em Portugal.
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Agora atenção: a demissão do voto, ao contrário do que andam para aí a dizer os chonés da politiquice, é uma opção legítima e democrática, já que a democracia não pode ser confundida com eleições, apenas.
A democracia é um regime político que comporta, entre muitas outras coisas, a liberdade de intervenção que pode ser praticada todos os dias nas nossas terras e no nosso país: analisando, criticando, propondo.
Se, na hora de votar, nenhum candidato merece a nossa confiança é da mais elementar justiça e inteligência que NÃO SE VOTE.
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Votar por carneirismo é fazer o que eles querem sem podermos depois moralmente criticar as suas actuações porque afinal nós até votámos neste regime de candidaturas podres.
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Vamos escolher entre um conjunto de ladrões e um conjunto de corruptos?
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Quando existirem políticos desinteressados que coloquem a causa pública à frente das suas causas pessoais, aí valerá novamente a pena votar.
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Até lá, deixemos que a Europa pergunte a estes corruptos porque razão a esmagadora maioria do seu povo lhes vira as costas, recusando-se a legitimá-los no poder.
Eles que respondam!
2.
Valeria | 13 Junho, 2004 às 11:46 am
E MUITO merecida a sua homenagem. Variações, foi umm dos artistas mais importantes do pós-25 de Abril, e sem duvida o mais importante da década de oitenta, pelas inovações que trouxe consigo. E steve uma carreira meteórica! Imaginemos que ainda fosse vivo, o que não teria feito! Ele deixou muitas premissas, entre elas, a forma de recriar uma canção. O exemplo perfeito foi a sua versão de Povo que lavas no rio, um clássico de Amália, que na versão de Variações, assumia uma postura do novo. A propria Amália elogiou-o por essa recriação. Aliás, Antonio Variações era um amaliano ferrenho, e chegou a compôr uma canção em sua homenagem. Hoje, vemos artistas novos a aparecerem, e a repetirem o que já está feito. Aprenderiam muito com este grande vulto da musica portuguesa…
3.
qwerty | 30 Outubro, 2004 às 3:38 pm
variacoesera drogado!!!!!