Archive for 21 Junho, 2004
EURO 2004 – RESULTADOS E CLASSIFICAÇÕES
GRUPO A Jg V E D G Pt Portugal-Grécia....1-2 1 Portugal3 2 - 1 4-2 6 Espanha-Rússia.....1-0 2 Grécia
3 1 1 1 4-4 4 Grécia-Espanha.....1-1 3 Espanha
3 1 1 1 2-2 4 Rússia-Portugal....0-2 4 Rússia
3 1 - 2 2-4 3 Espanha-Portugal...0-1 Rússia-Grécia......2-1
GRUPO B Jg V E D G Pt Suíça-Croácia......0-0 1 França3 2 1 - 7-4 7 França-Inglaterra..2-1 2 Inglaterra
3 2 - 1 8-4 6 Inglaterra-Suíça...3-0 3 Croácia
3 - 2 1 4-6 2 Croácia-França.....2-2 4 Suíça
3 - 1 2 1-6 1 Croácia-Inglaterra.2-4 Suíça-França.......1-3
GRUPO C Jg V E D G Pt Dinamarca-Itália...0-0 1 Suécia2 1 1 - 6-1 4 Suécia-Bulgária....5-0 2 Dinamarca
2 1 1 - 2-0 4 Bulgária-Dinamarca.0-2 3 Itália
2 - 2 - 1-1 2 Itália-Suécia......1-1 4 Bulgária
2 - - 2 0-7 - Itália-Bulgária.... Dinamarca-Suécia...
GRUPO D Jg V E D G Pt Alemanha-Holanda...1-1 1 R. Checa2 2 - - 5-3 6 R. Checa-Letónia...2-1 2 Alemanha
2 - 2 - 1-1 2 Letónia-Alemanha...0-0 3 Holanda
2 - 1 1 3-4 1 Holanda-R. Checa...2-3 4 Letónia
2 - 1 1 1-2 1 Holanda-Letónia.... Alemanha-R. Checa..
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EURO 2004 – GRUPO B – 3ª JORNADA

2-4
“Um golo que chegou cedo demais”, o da Croácia, que aos 4 minutos alcançava o seu “objectivo”; ainda a tendência do jogo não estava definida e já a Croácia ganhava, alterando as premissas do jogo; era a Inglaterra que passava a estar “eliminada” e os croatas que se “perfilavam” para jogar com Portugal.
Este foi um cenário que durou cerca de 35 minutos, em que a Inglaterra procurou, sem muita convicção, empatar o jogo; seriam aliás os croatas a criar perigo na área inglesa.
Mas, quando Scholes, depois de uma jogada confusa na área croata, deu seguimento a uma bela “assistência” de cabeça, logo aí se percebeu que dificilmente a Croácia “chegaria lá”; foi um “duro golpe” psicológico pensar que era necessário voltar “ao ponto de partida”.
Impulsionados por uma massa adepta espectacular (talvez cerca de 50 000 ingleses que, apenas quando estiveram a perder, não mantiveram os cânticos de forma continuada, mas ainda assim, procurando sempre incentivar a equipa), a partir do momento em que chegaram ao empate, os ingleses recuperaram a confiança, consolidada 5 minutos depois com o segundo golo (que, com a França a empatar, colocava a Inglaterra no primeiro lugar do grupo!).
A segunda parte trouxe-nos um jogo “estranho”, sem grandes tácticas; os croatas na procura do golo, mas de forma pouco concentrada e rigorosa (esquecendo-se de defender), acabariam por sofrer o terceiro golo.
A partir daí, a Croácia ficou “condenada” a “correr atrás do prejuízo”, quase sempre com uma grande desvantagem.
Faltavam já menos de 20 minutos e a Croácia precisava de um “milagre”, que era o de marcar 3 golos. Se o golo que passou o resultado para 2-3, ainda poderia ter feito “tremer” ligeiramente os ingleses (a Croácia podia ter empatado aos 77 minutos, o que proporcionaria um final de jogo “eléctrico”), a obtenção, logo de seguida, do 2-4, acabou com as hipóteses teóricas dos croatas.
Durante toda a segunda parte, foi um espectáculo ver a Inglaterra sempre a jogar ao ataque, sem qualquer tentação de preservar a vantagem, com a Croácia também só a “jogar à frente” e a esquecer-se de que o futebol é um jogo de equipa, em que é necessária concentração e rigor defensivos.
Isto, claro, ao mesmo tempo que os adeptos ingleses entoavam os seus cânticos – ininterruptamente, durante todo o segundo tempo; um espectáculo dentro do espectáculo – desde o “We are not going home” (esperemos que vão na Quinta-feira!…), passando pelo “God Save the Queen”, um sonoro “In-gue-land” (assim mesmo, com esta pronúncia, repetido até à exaustão), o apoio à nova “coqueluche” Rooney, culminando (logo a seguir ao 4º golo), com um alegre e definitivo “It’s done England”.
Está encontrado o adversário de Portugal! Uma equipa perigosa, que só sabe jogar para a frente; que, depois da imagem de incapacidade que me tinha deixado no jogo com a França (em que marcara um golo “acidental”), “despachou” a Suíça com 3 e a Croácia com 4 (sendo também 4 o número de golos na contagem pessoal de Rooney, um avançado possante, sempre de olhos na baliza).
Uma equipa que terá de ser “travada” logo à saída do seu meio-campo. Portugal parece-me uma equipa mais compacta que a Inglaterra, jogando melhor futebol, mas vai ter de mostrar muita concentração e apelar a todas as energias para ganhar a “batalha” do meio-campo (entre dois dos melhores alinhamentos de centro-campistas desta competição). Acredito que a nossa selecção poderá seguir em frente, apurando-se para as 1/2 finais.
Mas será também importante que os adeptos portugueses se preparem para a festa e que possam responder à altura à animação e entusiasmo dos adeptos ingleses; é que, provavelmente, na Quinta-feira, o número de apoiantes das duas equipas deverá ser equilibrado (isto depois de um “Wembley a 3/4” contra a França, e de uma relação de forças hoje na Luz que seria qualquer coisa do género de “50 000 ingleses para cerca de 8 000 croatas“).
Tomislav Butina, Josip Simunic, Dario Simic (67m – Srna), Igor Tudor, Robert Kovac (45m – Ivica Mornar), Giovanni Rosso, Milan Rapaic (55m – Ivica Olic), .ivkovic, Niko Kovac, Dado Prso, Tomislav Sokota
David James, Gary Neville, John Terry, Sol Campbell, Ashley Cole, David Beckham, Frank Lampard (84m – Phil Neville), Steven Gerrard, Paul Scholes (70m – King), Wayne Rooney (72 – Darius Vassell), Michael Owen
“Melhor em campo” – Wayne Rooney
1-0 – Niko Kovac – 4m
1-1 – Scholes – 40m
1-2 – Rooney – 45m (+1)
1-3 – Rooney – 68m
2-3 – Tudor – 73m
2-4 – Lampard – 79m
Amarelos – Dario Simic (63m)
Árbitro – Pierluigi Collina (Itália)
Estádio da Luz – Lisboa (19h45)

1-3
Tendo acompanhado ao vivo o Croácia-Inglaterra, os “ecos” do Suíça-França foram chegando “via SMS”, golo a golo.
De qualquer forma, percebe-se que a França teve muita dificuldade em levar de vencida a Suíça, tendo suspensa sobre si, durante 50 minutos, a possibilidade de uma surpreendente eliminação (caso a Suíça passasse para a frente no marcador, durante a “eternidade” em que o jogo esteve empatado – e em que, estando a Inglaterra a ganhar, era a França que estava na “calha” para jogar os 1/4 final com Portugal).
De acordo com as crónicas, apesar de ter começado melhor, com novo golo de Zidane (na sequência de um canto), a França consentiria o golo do empate apenas 6 minutos depois.
E, mais uma vez, a poderosa Campeã da Europa terá experimentado alguma intranquilidade, desconcentrando-se, à medida que os suíços começavam a “acreditar”.
Na segunda parte, a França assumiu a responsabilidade da condução do jogo, embora continuando a revelar grandes dificuldades, até que, já à entrada do último quarto de hora, surgiria finalmente Henry, a marcar, na sequência de um livre.
A França garantia o apuramento, tendo ainda Henry a oportunidade de bisar, marcando (ao 7º golo da equipa francesa na prova), o primeiro golo de “bola corrida”(!). Seguem-se os gregos…
Jörg Stiel, Stéphane Henchoz (86m – Milaim Rama), Murat Yakin, Johann Vogel, Ricardo Cabanas, Raphael Wicky, Hakan Yakin (60m – Benjamin Huggel), Daniel Gygax (86m – Ludovic Magnin), Christoph Spycher, Patrick Mueller, Johan Vonlanthen
Fabien Barthez, Willy Sagnol (45m – William Gallas) (91m – Jean-Alain Boumsong), Lilian Thuram, Mikaël Silvestre, Bixente Lizarazu, Patrick Vieira, Claude Makelele, Robert Pires, Zinedine Zidane, Thierry Henry, David Trezeguet (74m – Louis Saha)
“Melhor em campo” – Zidane
0-1 – Zidane – 20m
1-1 – Vonlanthen – 26m
1-2 – Henry – 76m
1-3 – Henry – 84m
Amarelos – Hakan Yakin (43m), Benjamin Huggel (60m) e Raphael Wicky (66m); Thierry Henry (47m)
Árbitro – Lubo. Michel (Eslováquia)
Estádio Cidade de Coimbra – Coimbra (19h45)
[1454]
"TRATADO CONSTITUCIONAL EUROPEU" (I)
O Tratado constitucional aprovado pelo Conselho Europeu na passada Sexta-feira, apenas entrará plenamente em vigor a partir de 2009, regendo o funcionamento das instituições europeias e unificando as anteriores “bases constitucionais” da União (o Tratado de Roma, de 1957; o Acto Único, de 1986; o Tratado de Maastricht, de 1992; o Tratado de Amesterdão, de 1997; e o Tratado de Nice, de 2000) – devendo passar, no imediato, por uma fase de ratificação por cada um dos países-membros da União.
O novo Tratado passa a definir as competências que são exclusivas da União e aquelas partilhadas com os países membros, alargando também o âmbito das deliberações que poderão ser adoptadas por maioria qualificada (deixando de ser requerida a anterior regra de unanimidade, limitando-se portanto o “direito de veto”).
A nível das instituições, o Conselho Europeu (agrupando os Chefes de Estado ou de Governo) torna-se uma instituição de pleno direito, passando as suas decisões a ter valor jurídico; passarão a ser designados um Presidente do Conselho Europeu e um Ministro Europeu dos Negócios Estrangeiros.
[1453]