Archive for 19 Junho, 2004
EURO 2004 – RESULTADOS E CLASSIFICAÇÕES
GRUPO A Jg V E D G Pt Portugal-Grécia....1-2 1 Grécia2 1 1 - 3-2 4 Espanha-Rússia.....1-0 2 Espanha
2 1 1 - 2-1 4 Grécia-Espanha.....1-1 3 Portugal
2 1 - 1 3-2 3 Rússia-Portugal....0-2 4 Rússia
2 - - 2 0-3 - Espanha-Portugal... Rússia-Grécia......
GRUPO B Jg V E D G Pt Suíça-Croácia......0-0 1 França2 1 1 - 4-3 4 França-Inglaterra..2-1 2 Inglaterra
2 1 - 1 4-2 3 Inglaterra-Suíça...3-0 3 Croácia
2 - 2 - 2-2 2 Croácia-França.....2-2 4 Suíça
2 - 1 1 0-3 1 Croácia-Inglaterra. Suíça-França.......
GRUPO C Jg V E D G Pt Dinamarca-Itália...0-0 1 Suécia2 1 1 - 6-1 4 Suécia-Bulgária....5-0 2 Dinamarca
2 1 1 - 2-0 4 Bulgária-Dinamarca.0-2 3 Itália
2 - 2 - 1-1 2 Itália-Suécia......1-1 4 Bulgária
2 - - 2 0-7 - Itália-Bulgária.... Dinamarca-Suécia...
GRUPO D Jg V E D G Pt Alemanha-Holanda...1-1 1 R. Checa2 2 - - 5-3 6 R. Checa-Letónia...2-1 2 Alemanha
2 - 2 - 1-1 2 Letónia-Alemanha...0-0 3 Holanda
2 - 1 1 3-4 1 Holanda-R. Checa...2-3 4 Letónia
2 - 1 1 1-2 1 Holanda-Letónia.... Alemanha-R. Checa..
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EURO 2004 – GRUPO D – 2ª JORNADA

0-0
Talvez de forma algo surpreendente, a Letónia entrou na partida disposta a .jogar o jogo., não se remetendo a uma defesa sistemática.
A Alemanha procurou impor desde cedo a sua força, evidenciando uma maior toada ofensiva, mas revelando sempre bastantes dificuldades em provocar situações de perigo para a baliza da Letónia.
A partir da meia hora, essa pressão alemã intensificou-se, parecendo os letões começar a denotar menor .frescura física., reduzindo as suas jogadas ofensivas.
Porém, aos 39 minutos, Verpakovskis, o .herói. da qualificação letã para o Europeu, isolou-se, aproximou-se da área, mas, depois de uma longa corrida, o remate (já algo em desequilíbrio) seria sustido por Kahn, na que constituía então a maior oportunidade para a .surpresa..
O pendor ofensivo alemão manteve-se no início da segunda parte, com os laterais a arriscarem mais e as jogadas de perigo começaram a suceder-se: aos 52, 55, 58, 64 e 66 minutos, a Alemanha ia-se sucessivamente aproximando do golo, na última das vezes com Bobic a chegar uma fracção de segundo atrasado ao que seria o desvio imparável da bola para dentro das redes da Letónia, já em plena pequena área.
No entretanto, duas tentativas de contra-ataque da Letónia, embora sem grande perigo; a Letónia apenas viria a ter nova oportunidade na sequência de um remate de cabeça, já em cima dos 90 minutos.
Mas a Letónia ia, pelo menos, conseguindo manter o nulo, à medida que se ia percebendo que as substituições realizadas pela equipa alemã não estavam a resultar, uma vez que as acções atacantes passavam a ter um carácter mais previsível, com notória falta de imaginação, facilitando a tarefa defensiva dos letões. Apenas aos 91 minutos, num remate de cabeça de Klose, a Alemanha voltaria a “ameaçar” chegar ao golo.
No final, um resultado .histórico. para a Letónia, apesar do .esmagador. domínio em termos de .posse de bola. (2/3 para os alemães), mas sem qualquer efeito prático… deixando também a Alemanha .a fazer contas de cabeça. (terá provavelmente de vencer o último jogo, frente à R. Checa).
Aleksandrs Kolinko, Aleksandrs Isakovs, Mihails Zemlinskis, Igor Stepanovs, Olegs Blagonadezdins, Imants Bleidelis, Valentins Lobanovs (69m – Juris Laizans), Vitalijs Astafjevs, Andrejs Rubins, Andrejs Prohorenkovs (67m – Marians Pahars), Maris Verpakovskis (92m – Dzintars Zirnis)
Oliver Kahn, Arne Friedrich, Christian Worns, Frank Baumann, Philipp Lahm, Bernd Schneider (45m – Bastian Schweinsteiger), Dietmar Hamann, Michael Ballack, Torsten Frings, Fredi Bobic (67m – Miroslav Klose), Kevin Kuranyi (77m – Thomas Brdaric)
“Melhor em campo” – Michael Ballack (Alemanha)
Amarelos – Isakovs (1m), Astafjevs (78m); Friedrich (21m) e Hamann (42m) e Frings (53m)
Árbitro – Michael Riley (Inglaterra)
Estádio do Bessa Séc. XXI – Porto (17h00)

2-3
Entrada mais dinâmica da R. Checa, com duas jogadas de ataque nos primeiros dois minutos… mas, aos 3 minutos, na primeira descida holandesa, na sequência de um livre, surgiu isolado a cabecear na área o central Bouma, inaugurando o marcador.
Embalada com o golo, a Holanda passou a controlar um jogo que começou bastante .vivo. de parte a parte.
E, aos 18 minutos, dois erros de arbitragem consecutivos: primeiro, um penalty a favor da Holanda por sancionar (um .encosto. na área, a desviar o avançado holandês da bola) e, logo de seguida, um fora-de-jogo não assinalado, de que beneficiaria Ruud van Nistelrooy para, na sequência da jogada, e com toda a facilidade, empurrar a bola para a baliza, fazendo aumentar o placard.
A R. Checa não desarmou e, apenas 5 minutos depois, num rápido contra-ataque, após várias simulações de Baros já dentro da área, Koller conseguiria introduzir a bola na baliza holandesa e reduzir para 1-2.
Aos 29 minutos, o árbitro espanhol voltou a .perdoar. uma grande penalidade contra a R. Checa, com Nistelrooy a ser compulsivamente agarrado dentro da área.
E o jogo continuaria bastante repartido entre os dois meios-campos, rondando o perigo ambas as balizas, até final da primeira parte, numa partida bastante intensa; o primeiro tempo terminaria com a Holanda a rematar ao poste e o árbitro a errar, novamente em prejuízo dos holandeses, interrompendo uma jogada de perigo, assinalando um fora-de-jogo inexistente.
Na segunda parte, não obstante uma ligeira redução de ritmo, o jogo manteve o seu interesse, com ambas as equipas a jogar o .jogo pelo jogo..
Aos 63 minutos, van der Sar negaria o golo do empate à R. Checa, com uma boa defesa… mas por pouco tempo, porque aos 70 minutos, Baros .enchia o pé. e com um remate estrondoso, colocava a bola no fundo da baliza da Holanda… que, na jogada seguinte, poderia ter alcançado nova vantagem!
O curso dos acontecimentos seria afectado aos 75 minutos com a expulsão de Heitinga; no minuto seguinte, numa só jogada, a R. Checa teria duas ocasiões soberanas para desempatar o jogo a seu favor, o que . mais uma vez . seria negado por van der Sar.
Os últimos minutos seriam naturalmente caracterizados por algum predomínio checo, com a Holanda a procurar preservar, pelo menos, o empate.
Aos 85 minutos, Nedved, do .meio da rua., faria um remate portentoso, que embateria estrondosamente na trave da baliza; mas 3 minutos depois, quase em cima do termo do tempo regulamentar, Smicer conseguiria o golo que faria da R. Checa a única selecção a conseguir duas vitórias nos dois primeiros jogos, tornando-a também no único país já apurado para os ¼ final, garantindo a vitória no grupo.
Haveria ainda tempo para a Holanda desperdiçar o golo do empate, que, em minha opinião, colocaria mais justiça num excelente jogo de futebol – até agora, o melhor da prova -, magnificamente disputado por ambas as equipas, sendo de realçar não obstante que a R. Checa teve o mérito, mesmo a perder por 2-0, de nunca .desistir. do jogo.
Edwin van der Sar, Johnny Heitinga, Jaap Stam, Wilfred Bouma, Giovanni van Bronckhorst, Clarence Seedorf (85m – Rafael van der Vaart), Philip Cocu, Edgar Davids, Andy van der Meyde (79m – Michael Reiziger), Arjen Robben (58m – Paul Bosvelt), Ruud van Nistelrooy
Petr Cech, Zdenek Grygera (24m – Vladimir Smicer), Tomas Ujfalusi, Martin Jiranek, Marek Jankulovski, Tomas Galasek (62m – Marek Heinz), Karel Poborsky, Tomas Rosicky, Pavel Nedved, Milan Baros, Jan Koller (74 – David Rozehnal)
0-1 – Bouma – 3m
0-2 – Ruud van Nistelrooy – 18m
1-2 – Koller – 23m
2-2 – Baros – 70m
2-3 – Smicer – 88m
“Melhor em campo” – Pavel Nedved (R. Checa)
Amarelos – Seedorf (9m) e Heitinga (25m); Galasek (54m)
Vermelho – Heitinga (75m . acumulação de amarelos)
Árbitro – Manuel Mejuto González (Espanha)
Estádio Municipal de Aveiro (19h45)
[1445]
CONSTITUIÇÃO EUROPEIA
Os integrantes do Conselho Europeu conseguiram finalmente chegar a acordo, visando a adopção formal da Constituição Europeia.
.Inspirando-se nas heranças culturais, religiosas e humanista da Europa, a partir das quais se desenvolveram os valores universais que constituem os direitos invioláveis e inalienáveis da pessoa humana, assim como a democracia, a igualdade, a liberdade e o Estado de direito…., o novo Tratado da União Europeia vem substituir todos as anteriores “bases constitucionais” da União (o Tratado de Roma, de 1957; o Acto Único, de 1986; o Tratado de Maastricht, de 1992; o Tratado de Amsterdão, de 1997; e o Tratado de Nice, de 2000).
O novo Tratado passa a definir as competências que são exclusivas da União e aquelas partilhadas com os países membros, alargando também o âmbito das deliberações que poderão ser adoptadas por maioria qualificada (deixando de ser requerida a anterior regra de unanimidade, limitando-se portanto o .direito de veto.).
A nível das instituições, o Conselho Europeu (agrupando os Chefes de Estado ou de Governo) torna-se uma instituição de pleno direito, passando as suas decisões a ter valor jurídico; passarão a ser designados um Presidente do Conselho Europeu e um Ministro Europeu dos Negócios Estrangeiros.
A Comissão Europeia passará a ter um único comissário por país, devendo posteriormente ver o seu número reduzido, numa base de rotatividade.
É um nova “etapa no longo processo de construção da União Europeia”, a qual, infelizmente, não foi minimamente debatida em Portugal, desconhecendo-se o conteúdo deste Tratado assim como, em termos gerais, as suas implicações futuras.
Inicia-se agora uma nova fase do processo, uma vez que – antes da sua entrada em vigor – o novo Tratado terá ainda de ser previamente ratificado por todos os Estados-membros, no que constituirá uma “última oportunidade” para a divulgação do seu conteúdo.
[1444]