Archive for 22 Junho, 2004
EURO 2004 – RESULTADOS E CLASSIFICAÇÕES
GRUPO A Jg V E D G Pt Portugal-Grécia....1-2 1 Portugal3 2 - 1 4-2 6 Espanha-Rússia.....1-0 2 Grécia
3 1 1 1 4-4 4 Grécia-Espanha.....1-1 3 Espanha
3 1 1 1 2-2 4 Rússia-Portugal....0-2 4 Rússia
3 1 - 2 2-4 3 Espanha-Portugal...0-1 Rússia-Grécia......2-1
GRUPO B Jg V E D G Pt Suíça-Croácia......0-0 1 França3 2 1 - 7-4 7 França-Inglaterra..2-1 2 Inglaterra
3 2 - 1 8-4 6 Inglaterra-Suíça...3-0 3 Croácia
3 - 2 1 4-6 2 Croácia-França.....2-2 4 Suíça
3 - 1 2 1-6 1 Croácia-Inglaterra.2-4 Suíça-França.......1-3
GRUPO C Jg V E D G Pt Dinamarca-Itália...0-0 1 Suécia3 1 2 - 8-3 5 Suécia-Bulgária....5-0 2 Dinamarca
3 1 2 - 4-2 5 Bulgária-Dinamarca.0-2 3 Itália
3 1 2 - 3-2 5 Itália-Suécia......1-1 4 Bulgária
3 - - 3 1-9 - Itália-Bulgária....2-1 Dinamarca-Suécia...2-2
GRUPO D Jg V E D G Pt Alemanha-Holanda...1-1 1 R. Checa2 2 - - 5-3 6 R. Checa-Letónia...2-1 2 Alemanha
2 - 2 - 1-1 2 Letónia-Alemanha...0-0 3 Holanda
2 - 1 1 3-4 1 Holanda-R. Checa...2-3 4 Letónia
2 - 1 1 1-2 1 Holanda-Letónia.... Alemanha-R. Checa..
[1461]
EURO 2004 – GRUPO C – 3ª JORNADA

2-1
Uma Bulgária “sem nada a perder” (já tinha perdido “tudo” nos dois primeiros jogos…), entrou disposta a dificultar a tarefa da Itália, tendo Petrov, logo aos 12 minutos, “testado” Buffon; contudo, logo no minuto seguinte, seria Del Piero a falhar o golo “escandalosamente”.
A Itália apresentava natural maior pendor ofensivo, com a Bulgária a adoptar uma táctica de contra-ataque.
De forma ainda mais “desinibida”, a partir dos 20 minutos, com uma segunda oportunidade para os búlgaros, aos 29 minutos. Dois minutos mais tarde, seria Cassano a responder, com nova grande perdida para a Itália.
O jogo decorreria “morno”, até final da primeira parte, sem grandes ocasiões de perigo, até que, em cima da hora, surgia o penalty que daria o golo à Bulgária; adensava-se a surpresa em Guimarães.
Com tudo “contra si” (até o resultado no Estádio do Bessa…), os italianos entrariam na segunda parte dispostos a tudo tentar e, no preciso momento em que se iniciava a segunda parte do Dinamarca-Suécia (já com 2 minutos de jogo em Guimarães), a Itália chegava ao empate (apenas “à segunda”, o golo seria validado, depois de a bola ter já inicialmente embatido com estrondo na trave e caído sobre a linha de baliza).
A Itália continuava “a todo o gás” e Pirlo podia ter dado vantagem à sua equipa aos 53 minutos. Aos 61 minutos, terá ficado por assinalar um penalty a favor da Itália.
Não obstante, a Bulgária continuava a oferecer grande resistência. Aos 76 minutos, novo erro grave do árbitro, não assinalando uma grande penalidade para a Itália.
Aos 79 minutos, Zambrotta desperdiça mais uma oportunidade, numa partida que se transformara num jogo muito “sofrido”, com a Itália a começar a entrar em desespero, por não conseguir resolver as coisas a seu favor no encontro (mesmo quando a Dinamarca ganhava à Suécia, colocando virtualmente os italianos a um golo do apuramento).
Aos 84 minutos, Buffon fazia uma espectacular defesa, na sequência de um livre a favorecer a Bulgária… era apenas o adiar da eliminação que seria consumada daí a minutos com o empate da Suécia no Bessa. No minuto seguinte, seria Zdradkov a evitar o golo italiano, a cabeceamento de Nesta.
Entretanto, no Porto, a Suécia empatava, pouco depois o jogo terminava e a Itália estava eliminada. Os jogadores italianos não o saberiam ainda… Cassano faria ainda o golo de uma “amarga vitória”.
A finalizar, os italianos não se podem queixar de terceiros, mas apenas de si próprios, em particular de não terem sabido guardar a vitória frente à Suécia.
Gianluigi Buffon, Christian Panucci, Alessandro Nesta, Marco Materazzi (82m – Marco Di Vaio), Gianluca Zambrotta, Stefano Fiore, Simone Perrotta (68m – Massimo Oddo), Andrea Pirlo, Bernardo Corradi (52m – Christian Vieri), Antonio Cassano, Alessandro Del Piero
Zdravko Zdravkov, Daniel Borimirov, Zlatomir Zagorcic, Predrag Pazhin (63m – Kiril Kotev), Marian Hristov (79m – Velizar Dimitrov), Martin Petrov, Ilian Stoyanov, Milen Petkov, Zdravko Lazarov, Zoran Jankovic (45m – Valeri Bojinov), Dimitar Berbatov
0-1 – Martin Petrov – 45m (P)
1-1 – Perrotta – 48m
2-1- Cassano – 94m
“Melhor em campo” – Antonio Cassano
Amarelos – Marco Materazzi (45m); Martin Petrov (45m), Valeri Bojinov (49m), Ilian Stoyanov (65m) e Zdravko Lazarov (80m)
Árbitro – Valentin Ivanov (Rússia)
Estádio D. Afonso Henriques – Guimarães (19h45)

2-2
“O resultado inevitável”!…
Nota prévia (para que não subsista qualquer dúvida): acredito convictamente que não estarei a ser naif, pensando que o resultado do jogo foi perfeitamente natural – e não, como certamente reclamarão os italianos, decorrente de “acordos extra-desportivos”. Apenas quem não viu o jogo poderá insinuar tal ideia.
Como explicarei a seguir…
No pressuposto do favoritismo da Itália perante a Bulgária, quer a Dinamarca, quer a Suécia resolveram “tratar da sua vida” (cada um por si!), sem se preocupar com o que se passava em Guimarães.
Por outras palavras: convictos de que a Itália venceria a Bulgária (como viria a acontecer, in extremis), a Dinamarca e a Suécia sabiam que apenas podiam contar consigo próprias.
Ora, o que se verificava é que a Dinamarca entrava em “desvantagem” face à Suécia na classificação, pelo que, logicamente, nenhuma outra atitude podia tomar senão a de atacar, na procura do golo.
E foi precisamente o que fez, com duas oportunidades logo no primeiro quarto de hora. Consequência lógica da sua predisposição atacante, a Dinamarca chegaria mesmo ao golo, aos 28 minutos.
Esse golo passava a colocar a Suécia “à mercê” de um golo da Itália (que, repito, todos esperavam que viria a acontecer, mais cedo ou mais tarde). Qual a atitude natural perante este cenário? Obviamente, a Suécia, sentindo o perigo, reagiu, e, até final da primeira parte, conseguiria 8 cantos, vendo Sorensen negar-lhe o golo por duas vezes num só minuto (35).
A Suécia – aqui talvez de forma “matreira” – retardaria um pouco o início da segunda parte (o jogo só se reataria quando já decorriam 2 minutos em Guimarães).
E, no primeiro minuto (um minuto “alucinante”, também com a Itália a empatar), na conversão de um penalty, a Suécia chegava também ao empate, recolocando, nesse momento, a Itália a dois golos do apuramento (tal como estava desde que sofrera o golo da Bulgária).
Era já óbvia a conclusão que ambas as equipas iriam continuar a “jogar o jogo pelo jogo”, pelo menos até ao “2-2″… (o tal resultado que, automaticamente, qualificava as duas equipas, por lhes dar vantagem no desempate com a Itália).
Com o(s) golo(s) do empate (em ambos os campos), era a Dinamarca que passava a estar “à mercê” de um golo da Itália, pelo que lhe competia novamente ir à procura do golo.
Contudo, nesta fase, e ao contrário da primeira parte, seria a Suécia a ter melhor desempenho, beneficiando da sua situação de maior tranquilidade. Seria, assim, um pouco “contra-a-corrente” (mas sem “favores”!) que a Dinamarca chegaria ao 2-1, voltando a colocar a Suécia sob pressão (um golo da Itália significaria a eliminação dos suecos).
E, chegou a parecer “merecida” essa eliminação, porque a Suécia não mostrava então discernimento para chegar ao golo, com uma atitude algo passiva, de que aproveitou a Dinamarca para continuar a pressionar, em busca do 3-1 (que resolveria definitivamente o seu “problema”), o que poderia ter acontecido aos 69 minutos. Mais confiante (na prática, uma equipa mais poderosa), a Dinamarca foi sempre mais perigosa, adivinhando-se o golo.
Só que, aos 89 minutos (e estava a Itália ainda empatada! – já com 91 minutos de jogo em Guimarães), a Suécia chegava, de forma feliz, ao golo do empate.
A Dinamarca procedeu ao pontapé de recomeço, ensaiou uma jogada de ataque, mas, quando a Suécia conquistou a bola, o jogo “acabou”: no minuto final, os suecos limitaram-se a trocar a bola entre si, perto da sua área, sem que os dinamarqueses se interessassem por ela; obviamente, não era já altura de correr riscos.
O árbitro apitava para o final; ambas as equipas faziam a festa; a Itália (ainda empatada) estava eliminada; o golo de Guimarães já não “contaria” para nada em termos de apuramento…
Thomas Sorensen, Thomas Helveg, Martin Laursen, René Henriksen, Niclas Jensen (45m – Kasper Bogelund), Martin Jorgensen (57m – Dennis Rommedahl), Daniel Jensen (66m – Christian Poulsen), Jesper Gronkjaer, Jon Dahl Tomasson, Thomas Gravesen, Ebbe Sand
Andreas Isaksson, Mikael Nilsson, Olof Mellberg, Andreas Jakobsson, Fredrik Ljungberg, Erik Edman, Anders Andersson (81 m – Marcus Allbäck), Mattias Jonson, Kim Kallström (72m – Christian Wilhelmsson) Zlatan Ibrahimovic, Henrik Larsson
1-0 – Tomasson – 28m
1-1 – Larsson – 46m (P)
2-1 – Tomasson – 66m
2-2 – Jonson – 89m
“Melhor em campo” – Tomasson (Dinamarca)
Amarelos – Erik Edman (36m) e Kim Kallström (62m)
Árbitro – Markus Merk (Suíça)
Estádio do Bessa Séc. XXI – Porto (19h45)
[1460]
"FESTA DO SOLSTÍCIO – CAUSA NOSSA"
Hoje à noite (22h), no Lux, comemoração de 6 meses do Causa Nossa, com atribuição de prémios “blogosféricos”:
“(1) Prémio à carreira bloguística: nomeados – António Granado (Ponto Média), J. Pacheco Pereira (Abrupto), Paulo Querido (O Vento lá Fora)
(2) Prémio à esquerda: nomeados – Barnabé, Blogue de Esquerda, País Relativo
(3) Prémio à direita: nomeados – Aviz, Blasfémias, Mar Salgado
(4) Prémio ao melhor blogger: nomeados – Daniel Oliveira (Barnabé), Pedro Mexia (ex-Dicionário do Diabo), “Roncinante” (O Jumento).”
[1459]
BIBLIOTECA DO CONHECIMENTO ONLINE
Constitui sempre um motivo de satisfação poder divulgar iniciativas deste género.
A Biblioteca do Conhecimento Online “reune as principais editoras de revistas científicas internacionais de modo a oferecer um conjunto vasto de artigos científicos disponíveis on-line”.
…Isto, apesar de o acesso aos conteúdos disponibilizados na “b-on Biblioteca do Conhecimento Online” ser reservado aos utilizadores (todos aqueles que integrem os quadros da instituição aderente ou nela desenvolvam actividade, incluindo, nomeadamente, investigadores, docentes, estudantes, bolseiros e pessoal técnico).
[1458]
"TRATADO CONSTITUCIONAL EUROPEU" (II)
A União Europeia deixará de ter “presidências semestrais rotativas”, ganhando duas novas figuras: a de “Presidente do Conselho Europeu” e a de “Ministro Europeu dos Negócios Estrangeiros”.
Para dar um “rosto” à União Europeia e garantir uma continuidade / consistência na aplicação das suas políticas, passará a ser eleito um Presidente do Conselho Europeu, por mandatos de dois anos e meio, renovável para um segundo mandato (não podendo acumular com cargos no seu país de origem), que terá a seu cargo a condução das cimeiras europeias, a “dinamização” dos trabalhos, assim como uma função de facilitar os “consensos e a coesão”, para além da representação externa da União.
A aprovação desta nova figura de “Presidente do Conselho Europeu” apenas se tornou possível depois de se garantir uma “limitação” de poderes que não coloque em causa a importância do papel do Presidente da Comissão (órgãos com equivalência, a nível nacional, ao de “Presidente da República” e de “Primeiro-Ministro”, respectivamente).
P. S. A propósito, a ler, o artigo de Vital Moreira, hoje no Público: “A Refundação da União Europeia“.
P. S. 2 – Novo agradecimento, ao Voz de Mim.
[1457]
“AVATARES DE UM DESEJO”
Completa hoje o seu 1º “aniversário” um dos melhores “blogues” portugueses de reflexão, o Avatares de um desejo, sempre “fiel” à sua sedução de primeiro dia por Laetitia Casta e por José Mourinho (compreende-se porquê, quando se vê uma escolha feita a este nível, o dos “melhores” de entre os que estão no topo).
Parabéns ao Bruno Sena Martins e votos de que continue por muito tempo a presentear-nos com os seus textos, tantas vezes “brilhantes” (podia citar com facilidade, uma boa “dúzia” deles, mas o melhor é ir mesmo “à fonte”).
P. S. Parabéns também ao Jorge Guimarães Silva pelo interessante blogue “A Rádio em Portugal“.
[1456]