EURO 2004 – 1/2 FINAIS
30 Junho, 2004 at 1:49 pm 2 comentários
Apurados que estão os semi-finalistas do EURO 2004 – Portugal, Grécia, Holanda e R. Checa; as quatro melhores equipas da Europa neste momento – tenho lido / ouvido nos últimos dias, por diversas ocasiões, que este se transformou num “EURO dos pequeninos”…
Não me parece que seja – de todo – justo, estar, por esta via, a “minimizar” o desempenho das selecções que se mantêm em prova, apenas porque outras (teoricamente mais fortes) foram entretanto sendo eliminadas (Espanha, Itália, Alemanha, Inglaterra e França).
Numa interpretação extensiva, tal teoria equivaleria ao reconhecimento – em paralelo com o que, tradicionalmente, se tem verificado em Portugal, com os campeões a sairem, invariavelmente, do trio Benfica-Sporting-Porto, com apenas 2 honrosas excepções (Belenenses e Boavista), em cerca de 70 anos! – de que o “domínio” do futebol europeu se deveria “perpetuar” num conjunto de 4 ou 5 países.
Ora, todos sabemos que, no que ao desporto respeita, não é muito saudável, em termos do próprio interesse competitivo, que haja grande previsibilidade quanto ao vencedor (veja-se, actualmente, o caso de Schumacher na Fórmula 1…).
Mas, prosseguindo o raciocínio: como é possível “apelidar de EURO dos pequeninos” uma prova que tem nas 1/2 finais, 2 dos semi-finalistas do Europeu anterior (Portugal e Holanda) e uma equipa com o poderio actual (para não falar já da sua tradição histórica, de Campeão da Europa, vice-Campeão do Mundo e da Europa) da R. Checa.
Só por “memória”: a R. Checa apresenta 9 (!) jogadores que foram Campeões Europeus de Esperanças em 2002, espírito de juventude que mescla na perfeição com os “veteranos” Nedved, Smicer, Koller e Poborsky (o “campeão” das assistências da presente prova, já com 4 “passes para golo”), os quais disputaram já os Europeus de 1996 e 2000.
É verdade que há um outsider, a Grécia, com o seu jogo, pouco “bonito”, mas muito eficaz e que, sobretudo, beneficiou de uma equipa francesa completamente apática que, finalmente, demonstrou não ter capacidade (física ou motivacional) para, neste momento, ir mais longe (pese embora a sua inquestionável valia potencial).
Concluindo, quem é forte, ou “grande”, prova-se, primeiro que tudo, dentro do campo!…
E, assim sendo – no dia em que se completam 13 anos sobre o até então jogo mais importante da vida de Figo e Rui Costa, em que tiveram o seu dia de maior felicidade, sagrando-se Campeões do Mundo de Juniores – a selecção portuguesa tem hoje o jogo mais importante da sua história, por uma razão simples: porque é o próximo e porque é o que nos pode proporcionar o inédito acesso à Final da mais importante competição futebolística da Europa.
Este é portanto o maior desafio que alguma vez se colocou aos jogadores portugueses; que nos permitam fazer, mais logo à noite, a maior festa de sempre, vibrando e emocionando-nos com esta grande alegria. Coragem!
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1.
Rui Pedro Nascimento | 30 Junho, 2004 às 3:15 pm
Não me parece que se já tenha chamado a este Europeu o “EURO dos pequeninos” para minimizar o desempenho das selecções ainda em prova, mas sim para aludir ao tamanho (geográfico) dos respectivos países no contexto europeu
2.
Jaime D. Flórido | 1 Julho, 2004 às 12:16 am
Não há dúvida que este Euro 2004 já parece um Euro dos ”pequeninos”…
Só que Portugal tem-se comportado de uma forma gigantesca a dobrar o promontório das Tormentas!
Bem Haja! E já estamos na Final do Euro e depois se verá!…
Bem se pode dizer que as musas do oceano nos ajudaram finalmente!E que o velho do Restelo já não empregará as palavras usuais dele!
Esperará pelo que nos irá acontecer no fim do Euro!