ELEIÇÕES PARLAMENTO EUROPEU (V)
2 Junho, 2004 at 6:32 pm 2 comentários
Destaque para algumas das afirmações no debate de ontem na “SIC Notícias”:
Ilda Figueiredo (CDU)
Nós consideramos que é inaceitável que se estejam a usar os slogans da maioria governamental em campanhas publicitárias, como é o caso da TMN.
Hoje já importamos cerca de 80 % do peixe e aproximadamente 70 % dos bens alimentares que consumimos.
Nós queremos uma outra Europa. não queremos estas políticas que discriminam os pequenos países como é Portugal.
É preciso que haja uma alteração das políticas comunitárias. Apresentámos uma proposta para suspensão imediata do Pacto de Estabilidade e Crescimento; esta proposta foi rejeitada pelo PS, PSD e pelo CDS-PP. Estamos contra esta estratégia europeia de emprego e contra a Estratégia de Lisboa.
João de Deus Pinheiro (PSD/CDS-PP)
Em tese não sou oposto a que possa haver um imposto europeu.
Foi o senhor (Sousa Franco) que negociou e acordou os critérios do Pacto de Estabilidade e Crescimento.
(Para Miguel Portas) Deixe lá o Golfe! Porque é que está sempre a falar do golfe? Tem algum complexo de não saber jogar?
Não se pode querer simultaneamente .sol na eira e chuva no nabal..
O fundamental é a competência na negociação dos assuntos e a capacidade de criar riqueza; só criando riqueza, se pode distribui-la.
Miguel Portas (BE)
Não há grande contradição entre os partidos da coligação: uns são euro-calmos e outros são euro-conformistas…
Neste momento, registo que toda a gente se mostra favorável ao referendo; espero que, ao menos, esta promessa eleitoral seja mantida; nós iremos votar contra.
Os portugueses sabem que aquilo que defendemos antes é o que praticamos depois. Somos europeístas; procuramos responder aos impasses europeus com mais Europa; uma Europa de paz. A Europa ou consegue um desenvolvimento que não seja subalterno do modelo americano de globalização ou está condenada.
Sousa Franco (PS)
Portugal, a Europa e o Mundo. acho que é isso que interessa aos portugueses.
Esta candidatura (PSD/CDS-PP) é contra-natura: é de um partido que diz .sim. e de um partido que diz .não..
Se estamos na União Europeia, temos de fazer um balanço dos benefícios e dos custos.
Sem esta revisão constitucional, o referendo não seria possível.
O objectivo é o de ganhar emprego, através da Estratégia de Lisboa, revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento e assegurar uma Política Externa de Segurança Comum. A .25., tudo isto vai ser completamente diferente. Nós queremos que a União Europeia se desenvolva.
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1.
Nilson | 2 Junho, 2004 às 7:29 pm
Eles falam, falam… e temos que ouvir isto tudo e muito mais.
Depois…, bem depois ninguém faz o que falou.
Um abraço
2.
João Tilly | 3 Junho, 2004 às 11:03 am
É por tudo isto que o povo se deve abster nestas eleições. Há quem defenda o voto em branco em vez da abstenção. Não concordo pelo seguinte:
A única razão que sustem o voto em branco é a de que, votando assim, se dá a conhecer inequivocamente a intenção do eleitor: o protesto contra a corja que nos tem governado e se apresenta, novamente à mesa do banquete para mais uns milhões roubados e mais uma série de desgraças para a Nação.
Contra, tem tudo o resto:
1º – o voto em branco NÂO CONTA PARA NADA: Na prática é como se não existisse, porque o método de Hondt que usamos pura e simplesmente o ignora. Pode haver 5 milhões de votos brancos que nenhum conta como voto livremente expresso(!) em termos de contagem e distribuição de mandatos. Só contam os válidos. Os que não forem brancos nem nulos.
2º – portanto, de nada serve a deslocação e o tempo perdido.
3º – E, ainda por cima, baixa a abstenção. Ou seja: para todos os efeitos, quem vota branco FOI VOTAR, embora não conte para nada, aumentando a % de eleitores e baixando a abstenção – o último escárnio que nos resta neste regime apalhaçado de democracia, em que se elegem, na prática ciclicamente sempre os mesmos, cujos anteriores mandatos os deviam levar a um Tribunal de Nuremberga, em vez de às Caraíbas com tudo pago, e a novas possibilidades de reeleição.
É também por isso que o povo se deve abster em vez de se dar ao trabalho de se deslocar e perder o dia para votar… em nada.