REFERENDO: SIM, MAS…
“O Governo anuncia hoje que apresentará em Setembro, no Parlamento, uma proposta de resolução para a realização de um referendo à Constituição europeia no próximo ano” (in Público).
Mais uma vez: de acordo!
Sim… Mas…
… Aproveitando a oportunidade para esclarecer os portugueses das implicações deste novo Tratado Constitucional sobre o funcionamento futuro da União Europeia, a forma como isso afectará a governação em Portugal e, mais concretamente, a “nossa vida”.
Sei que será um desafio difícil (não o de “vencer o referendo”, mas o de conseguir fazer com que ele “valha a pena”); havendo uma ampla maioria político-partidária que – julgo – defenderá o sim ao Tratado (haverá que ter também atenção ao conteúdo da questão ou questões a referendar!…), aumentam as responsabilidades de desenvolver uma campanha pela positiva.
De um “europeísta convicto”, fica uma nota final de “euro-cepticismo”: Se for para repetir a recente campanha eleitoral para o Parlamento Europeu, não valeria a pena fazer esse referendo – parece-me claro que, nessas circunstâncias, a abstenção seria ainda maior (por um simples motivo: as pessoas não estariam em condições de avaliar o que estava em causa, não podendo, “em consciência”, formar uma opinião e optar por uma resposta, o que, naturalmente, as desmobilizaria).
Será este o principal desafio a vencer; o de ser capaz de mostrar uma forma diferente de fazer política e campanha. Estamos empenhados nisso?
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