EURO 2004 – GRUPO D – 3ª JORNADA

3-0
Início de encontro bastante dinâmico, com oportunidades para ambas as equipas, logo nos 5 primeiros minutos.
Mas, logo de seguida, seria a Holanda a levar, de forma mais sistemática, o perigo até à baliza letã, como num livre de Seedorf aos 24 minutos (um “aviso”).
E, no minuto seguinte, seria a Davids a “arrancar” um penalty (mal assinalado…), que van Nistelrooy não perdoou, inaugurando o marcador.
A Holanda continuaria a “fazer o seu jogo”, perante uma Letónia algo fragilizada e, naturalmente, poucos minutos depois, chegava aos 2-0, corolário do seu domínio, com algumas outras oportunidades entretanto desperdiçadas.
O pendor ofensivo holandês prosseguiria ainda até final da primeira parte.
Ao contrário, no segundo tempo, o jogo “adormeceu”. A Letónia procuraria ainda, durante cerca de 5 minutos, despertar da letargia, mas seria “sol de pouca dura”.
A “modorra” em que o jogo caíra apenas seria quebrada aos 83 minutos, quando a Holanda elevou o resultado para 3-0. Os holandeses teriam ainda mais uma ou outra oportunidade, mas a verdade é que o jogo já “estava feito” há muito tempo.
Era altura de festejar o apuramento (após um breve período de “ouvidos à escuta” das notícias que chegavam de Alvalade, esperando pelo termo do Alemanha – R. Checa).
Em Braga, os festejos da noite de S. João coloriam-se de laranja…
Edwin van der Sar, Jaap Stam, Michael Reiziger, Giovanni van Bronckhorst, Frank De Boer, Clarence Seedorf, Edgar Davids (77m – Wesley Sneijder), Philip Cocu, Andy van der Meyde (64m – Marc Overmars), Arjen Robben, Ruud van Nistelrooy (70m – Roy Makaay)
Aleksandrs Kolinko, Igors Stepanovs, Mihails Zemlinskis, Olegs Blagonadezdins, Aleksandrs Isakovs, Valentins Lobanovs, Vitalijs Astafjevs, Imants Bleidelis (83m – Andrejs Stolcers), Andrejs Rubins, Andrejs Prohorenkovs (74m – Juris Laizans), Maris Verpakovskis (63m – Marians Pahars)
1-0 – Ruud van Nistelrooy – 26m (P)
2-0 – Ruud van Nistelrooy – 34m
3-0 – Roy Makaay – 83m
“Melhor em campo” – Ruud van Nistelrooy (Holanda)
Amarelo – Valentins Lobanovs (53m)
Árbitro – Kim Milton Nielsen (Dinamarca)
Estádio Municipal de Braga – Braga (19h45)

1-2
A R. Checa, já apurada (e vencedora do Grupo), apresentou a sua “segunda equipa”, com 9 alterações face ao jogo anterior (deixando no banco, entre outros, Cech, Grygera, Poborsky, Rosicky, Nedved, Baros e Koller).
Ainda assim, seriam os primeiros a criar perigo, com oportunidade para marcar logo nos primeiros 5 minutos.
A Alemanha apenas começaria a reagir por volta do quarto de hora, “ameaçando” o golo aos 19 minutos, o que concretizaria no minuto seguinte, por intermédio do seu melhor jogador, Ballack.
Mas, nem assim, a R. Checa “desistiria do jogo”, vindo a alcançar o empate aos 29 minutos, na marcação de um livre: um “grande golo”, sem possibilidades para Khan; a Alemanha passava a estar “virtualmente eliminada”, dado que a Holanda marcara 3 minutos antes.
Até final do primeiro tempo, o jogo continuaria repartido, mesmo com um ligeiro predomínio checo, não obstante os últimos minutos de pressão alemã.
Na segunda parte, a R. Checa estaria “ausente do jogo” durante cerca de meia hora; no primeiro quarto de hora, um jogo muito incaracterístico, de parte a parte; até chegou a dar a ideia de que o jogo “já não contava para nada”…
Não obstante, a partir dos 60 minutos, a Alemanha começou finalmente a instalar-se no meio-campo checo, com Ballack a ter um primeiro remate perigoso, aos 63 minutos. No minuto seguinte, os alemães reclamariam um penalty (inexistente) sobre Kuranyi.
E, aos 65 minutos, a Alemanha teria a grande oportunidade de marcar (eventualmente de ganhar o jogo…), quando a bola embateu com estrondo na base do poste, saíndo a recarga na direcção do guarda-redes Blasek, que desviaria a bola a soco.
Ballack tentava “remar contra a maré”, “carregando” a equipa, transportando-a para a frente, perante uma estranha apatia da R. Checa.
A Alemanha insistia e teria, aos 68 e 70 minutos, novas jogadas de algum perigo, a que se somariam, no minuto 72, mais duas flagrantes ocasiões. Adivinhava-se o golo da Alemanha, que parecia “correr o risco” de ganhar o jogo… aproveitando a falta de dinâmica dos checos.
Seriam as entradas de Poborsky e Baros (apenas a partir do último quarto de hora) que viriam “despertar” e “espevitar” a equipa. Ainda assim, os alemães reclamariam novo penalty, aos 75 minutos, por alegada mão do defesa checo (mais uma vez inexistente).
E, após 15 minutos de intenso domínio alemão, num rápido contra-ataque, os checos chegavam ao 2-1.
Um pouco incrivelmente – já de “cabeça perdida” – os alemães iriam reclamar, pela terceira vez (!) um penalty a seu favor, aos 80 minutos.
Já não restava qualquer discernimento à Alemanha; o jogo “terminava” aí para os alemães.
O actual vice-Campeão Mundial – mas, actualmente, em fase de renovação, uma equipa com “pouca classe” – tornava-se no quarto país já Campeão Europeu a ser eliminado da competição (depois da Rússia, Espanha e Itália).
Uma prova muito pobre, em que não conseguiria nenhuma vitória (ainda assim, melhor que a prestação do EURO 2000, em que apenas haviam alcançado um empate); ou seja, nos últimos dois Europeus, 6 jogos, sem conseguir qualquer vitória e, naturalmente, duas eliminações logo na primeira fase!
A R. Checa – apesar de jogar sem a “equipa principal” – e não obstante um período de meia hora em que se “eclipsou” do jogo, e começando, mais uma vez, a perder o encontro, acabaria por ganhá-lo com alguma naturalidade.
Três jogos, três vitórias; três encontros em que, entrando a perder, teve a capacidade para “dar a volta ao resultado”; perfila-se um candidato! A partir de agora, em jogos a eliminar, aumenta a contingência e a incerteza, mas prevêem-se grandes jogos, para já, nos 1/4 final, com a Dinamarca e, possivelmente, nas 1/2 finais, com a França…
Oliver Kahn, Arne Friedrich, Christian Woerns, Jens Nowotny, Philipp Lahm, Bernd Schneider, Bastian Schweinsteiger (85m – Jens Jeremies), Dietmar Hamann (79m – Miroslav Klose), Michael Ballack, Torsten Frings (45m – Lukas Podolski), Kevin Kuranyi
Jaromir Blazek, Marek Heinz, Rene Bolf, Tomas Galasek (45m – Tomas Hübschman), David Rozehnal, Martin Jiranek, Pavel Mares, Jaroslav Plasil (70m – Karel Poborsky), Roman Tyce, Stepan Vachousek, Vratislav Lokvenc (59m – Milan Baros)
1-0 – Ballack – 20m
1-1 – Heinz – 29m
1-2 – Baros – 76m
“Melhor em campo” – Marek Heinz (R. Checa)
Amarelos – Jens Nowotny (38m), Philipp Lahm (74m) e Christian Wörns (83m); Roman Tyce (48m)
Árbitro – Terje Hauge (Noruega)
Estádio José Alvalade (Alvalade XXI) – Lisboa (19h45)
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