EURO 2004 – GRUPO A – 3ª JORNADA

20 Junho, 2004 at 10:25 pm

EspanhaPortugal0-1

Os primeiros 15 minutos pertencem a Portugal, que entrou com dinamismo, a .mandar no jogo.. A Espanha numa atitude de expectativa, praticamente não sai do seu meio-campo.

No período imediato, a Espanha começa a mostrar o seu contra-ataque, mas é Portugal que assegura .as despesas do jogo.. Excelente exibição portuguesa nos primeiros 20 minutos, com uma atitude de conquista.

Entre os 25 e os 35 minutos, o jogo começa a ser mais repartido, embora mantendo-se o predomínio português.

A primeira parte termina com as duas melhores oportunidades de golo: primeiro para a Espanha; na jogada seguinte, para Portugal. Ao intervalo, mantém-se o nulo, com Portugal a dominar claramente em termos de posse de bola (56 % / 44 %).

No início da segunda parte, Portugal entra em campo, trocando Pauleta por Nuno Gomes, “refrescando” a sua “frente de ataque”.

A Espanha parece ter (re)entrado melhor no jogo, controlando-o em termos tácticos. Ao contrário, Portugal parece ter .perdido algum do gás. com que jogara na primeira meia hora.

E, não obstante, na primeira intervenção de Nuno Gomes no jogo, surge o golo de Portugal – um excelente golo, de força, colocação e técnica, num remate cruzado, a fazer recordar o EURO 2000, em particular o golo que marcou contra a França – , que vem alterar toda a lógica da partida: a Espanha passava a estar .eliminada..

A partir dos 60 minutos, o ritmo do jogo aumenta de forma .alucinante., por parte dos espanhóis, que começam a .empurrar. Portugal para o seu meio-campo; mas a equipa portuguesa consegue começar a sair novamente para a frente e tem duas grandes oportunidades de golo num minuto (68).

Os espanhóis começam a ficar nervosos e a cometer sucessivas faltas, surgindo os cartões amarelos. O ritmo volta a acelerar-se (ainda mais!). A Espanha substitui um defesa central por um avançado.

Portugal, de forma “inversamente proporcional”, substitui um avançado por um defesa central; faltam 6 minutos e é necessário preservar a preciosa vantagem…

Nos últimos minutos, a Espanha procura o ataque de forma “desesperada”; a equipa portuguesa consegue manter a serenidade, entrega a bola a Deco, que se encarrega de ganhar faltas sobre faltas, fazendo enervar os espanhóis, fazendo “escoar” o tempo… e, aproveitando situações de contra-ataque, Portugal tem ainda duas ou três grandes oportunidades de “acabar” com o jogo.

O resultado não se alteraria contudo; começava a grande festa nacional. Portugal ganhava um jogo que, no último quarto de hora, seria verdadeiramente empolgante; ganhava o seu grupo e, sobretudo, ganhava uma equipa, ao mesmo tempo que adquiria a confiança que lhe faltava desde o primeiro dia.

“Heróis” foram todos os que jogaram… mas que grande jogo fizeram Jorge Andrade e Deco; que enorme jogo fez Ricardo Carvalho (cada vez mais “imperial” – hoje, por hoje, talvez o melhor defesa da Europa); quantos quilómetros correu Maniche, absolutamente inesgotável? E depois, a “magia” de Nuno Gomes!…

Temos que dar mérito a Scolari, por ter feito uma coisa muito simples, mas que o obrigou a adoptar uma atitude de humildade: “mudar toda a organização e estrutura que tinha pensado e trabalhado durante o último ano”… ter a capacidade de “deixar de ser teimoso” e colocar em campo os jogadores que efectivamente se encontram em melhores condições.

E, hoje, tudo correu bem, começando pela aposta em Nuno Gomes, passando pela oportunidade de lançamento no jogo de Petit, e culminando com a “reinserção” na equipa (numa situação “excepcional”, de 3 centrais) de Fernando Couto. E, nem pelo facto de “não ter havido espaço” para Rui Costa, a equipa terá deixado de se unir como nunca terá estado desde há dois anos.

E, bem à nossa maneira, com toda a facilidade, se passa do “8 ao 80”. O potencial da equipa portuguesa é inegável; sabemos também das nossas limitações. Com concentração, rigor e trabalho, Portugal pode continuar a sua caminhada neste Europeu.

Espanha Casillas, Puyol, Helguera, Juanito (80m . Morientes), Raul Bravo, Joaquín (72m . Luque), Xabi Alonso, Albelda (65m . Baraja), Vicente, Raul, Fernando Torres

Portugal Ricardo, Miguel, Ricardo Carvalho, Jorge Andrade, Nuno Valente, Costinha, Maniche, Figo (78m . Petit), Deco, Cristiano Ronaldo (84m . Fernando Couto), Pauleta (45m . Nuno Gomes)

0-1 – Nuno Gomes – 56m

“Melhor em campo” – Deco (Portugal)

Amarelos – Pauleta (6m) e Nuno Gomes (65m); Albelda (7m), Juanito (67m) e Puyol (73m)

Árbitro – Anders Frisk (Suécia)

Estádio José Alvalade (Alvalade XXI) – Lisboa (19h45)


RússiaGrécia2-1

Tendo acompanhado intensamente o jogo de Portugal, obviamente não vimos o Rússia-Grécia.

Apenas nos foram chegando alguns ecos: a Rússia marcou no segundo minuto; aumentaria para 2-0 aos 17 minutos; a Grécia reduziria ainda na primeira parte.

E, na segunda parte, o jogo terá sido .morno., dado que o resultado .satisfazia. ambas as equipas, embora os gregos procurassem o golo do empate, contudo sem arriscar em demasia; apesar do que a Rússia teria ainda, já perto do final, possibilidade de marcar novamente, o que qualificaria a Espanha.

Cumprindo a sua obrigação mínima (não perder por diferença de golos superior à da Espanha), a Grécia alcançava uma inédita qualificação para os 1/4 final de uma grande competição internacional, atingindo assim, e desde já, a sua melhor classificação de sempre. E houve festa também no Algarve!

A Rússia conseguia assim despedir-se da prova, com a sensação de ter “salvo a honra” da sua equipa, com uma vitória.

Rússia Viacheslav Malafeev, Roman Sharonov (56m – Dmitry Sennikov), Aleksei Bugayev, Aleksandr Anyukov, Vadim Evseev, Andrei Kariaka (45m – Igor Semshov), Rolan Gusev, Dimitri Alenichev, Vladislav Radimov, Igor Semshov (45m – Dmitri Sychev), Dmitri Kirichenko

Grécia Antonis Nikopolidis, Giourkas Seitaridis, Traianos Dellas, Michalis Kapsis, Stylianos Venetidis (90m – Panagiotis Fyssas), Theodoros Zagorakis, Costas Katsouranis, Zisis Vryzas, Dimitrios Papadopoulos (70m – Demis Nikolaidis), Angelos Basinas (42m – Vassilis Tsartas), Angelos Charisteas

1-0 . Kirichenko – 2m
2-0 . Bulykin – 17m
2-1 . Vryzas – 43m

“Melhor em campo” – Kirichenko (Rússia)

Amarelos – Sharonov (15m), Anyukov (29m), Kariaka (39m), Alenichev (62m), Radimov (67m) e Malafeev; Vryzas (44m) e Dellas (85m)

Árbitro – Gilles Veissière (França)

Estádio do Algarve – Faro-Loulé (19h45)

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