Archive for Novembro, 2003
UNIÃO EUROPEIA – 1978
Em 8 de Maio, a Comissão adopta um parecer favorável sobre a candidatura de adesão de Portugal; a 6 de Junho, o Conselho aprova a candidatura de Portugal para se tornar país membro da Comunidade e a abertura das respectivas negociações.
A 29 de Novembro, a Comissão adopta um parecer favorável sobre a candidatura de adesão da Espanha, tendo as negociações início em 5 de Fevereiro de 1979.
No Conselho Europeu de Bruxelas, em Dezembro, é criado o Sistema Monetário Europeu, assente numa unidade monetária europeia (ECU).
Os representantes dos governos dos Estados membros renovam o mandato de Roy Jenkins enquanto Presidente da Comissão para o período de 6 de Janeiro de 1979 a 5 de Janeiro de 1981.
P. S. Mais um agradecimento, ao Gang.
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1978 – PORTUGAL NA ONU
“Pela primeira vez, Portugal é eleito membro (não permanente) do Conselho de Segurança da ONU”.
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1978 – ACORDOS DE CAMP DAVID
“Assinados em Washington, entre o Egipto e Israel, na presença do presidente americano Jimmy Carter. Abrem caminho à assinatura, em 1979, de um tratado de paz israelo-egípcio”.
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OUTRA ORDEM APARENTEMENTE OCIDENTAL (V)
.E foram precisamente o Japão e as potências marítimas europeias, com excepção de Portugal, os países que sofreram as maiores devastações territoriais.
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Terminada a II Guerra Mundial, .os povos. a que se refere a Carta das Nações Unidas depositavam a sua esperança na vontade de construir um mundo mais pacífico, sem impérios e sem guerras. Cedo essa esperança se desvaneceu e a ordem dos impérios deu lugar à ordem bipolar dominada pela corrida aos armamentos e pelo factor nuclear. Por fim, também esta ruiu, com a queda do Muro de Berlim, com o desaparecimento do Bloco de Leste e com a desagregação da União Soviética.
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O mundo é hoje estrategicamente unipolar face ao poder inigualável dos EUA; é multipolar, numa perspectiva económica, com quatro pólos fundamentais, se aceitarmos acrescentar a China ao grupo dos EUA, UE e Japão; é mais democrático e mais seguro, pois se algo se prevê hoje que possa ser excluído da globalização é a guerra. Mas o mundo é muito instável, talvez mais do que anteriormente, devido ao excesso de poder dos pequenos estados, das minorias e dos mais variados grupos que defendem de forma egoísta, radical e violenta, alguns interesses que erradamente consideram inegociáveis. Enfim, o mundo está a construir uma nova ordem aparentemente ocidental, que não está ainda baptizada nem estabilizada, mas que se deseja venha a satisfazer os mais nobres anseios da humanidade..
“Outra ordem aparentemente ocidental” (António Emílio Ferraz Sacchetti) . Notícias do Milénio
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UNIÃO EUROPEIA – 1977
Entra em vigor a decisão dos nove países membros de ampliar para 200 milhas os limites das suas zonas de pesca no Mar do Norte e no Atlântico.
Ainda em Janeiro, tomada de posse da nova Comissão, designada em Dezembro de 1976, com Roy Jenkins como Presidente.
Em 28 de Março, Portugal apresenta a sua candidatura oficial para se tornar país membro das Comunidades Europeias.
A 6ª Directiva IVA sobre a base uniforme de avaliação para o Imposto sobre o Valor Acrescentado é formalmente adoptada pelo Conselho.
A 28 de Julho, a Espanha apresenta a sua candidatura oficial para se tornar país membro das Comunidades Europeias.
Em Outubro, Reunião inaugural, no Luxemburgo, do Tribunal de Contas das Comunidades Europeias, que substitui a Comissão de Fiscalização da CEE e da Euratom e o Revisor de Contas da CECA.
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1977 – SADATE EM ISRAEL
“O presidente Sadate, do Egipto, visita Israel, onde discursa no Parlamento, dando início a uma fase de desanuviamento entre ambos os países. Quatro anos depois será assassinado”.
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1976 – GOVERNO
“O primeiro governo constitucional, após o 25 de Abril, é presidido por Mário Soares, secretário-geral do PS”.
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"OUTONO NA BLOGOSFERA"
No espaço de dois dias, dois “blogues” de relevo (Cataláxia e Espigas ao Vento) anunciaram o seu fim
Diz o Cataláxia:
“Estava há muito decidido terminar este blogue, assim ele registasse 20.000 visitas, o que hoje sucedeu.
Esta decisão, do conhecimento de alguns poucos amigos, foi difícil, dolorosa, mas necessária. Porque, como com qualquer paixão e vício, terminar um blogue faz pena. Aqui, ao longo dos últimos quatro meses, fomos debitando, a ritmo quase diário, opiniões, confissões, efabulações, chateando uns, implicando com outros, embora sempre tentando evitar ataques pessoais a quem quer que fosse. Mas, um homem livre deve combater o vício e dominar as paixões. E é, precisamente, o que estamos a tentar fazer”.
E, hoje, o Espigas ao Vento:
“O “Espigas ao Vento” surgiu a 4 de Fevereiro de 2003. O seu período de vida não chegou aos dez meses, mas serviu para tomar o pulso a um mundo excitante. O dos blogs.
…
Entretanto, o tempo começou cada vez mais a escassear, a vontade de dialogar com outros blogs desvaneceu-se, e o espigas transformou-se num apêndice das críticas que escrevo para o c7nema, com mais um ou outro post para disfarçar um aspecto que agora se tornou claro para mim: não sinto mais aquela vontade de blogar, aquela excitação dos primeiros tempos, as discussões de idéias. Logo, não faz sentido continuar um blog em piloto automático, copy-paste dos meus textos para outros sítios”.
Breve reflexão sobre o tema:
“Isto” é de facto muito exigente em termos psicológicos.
É um vício “tramado”: começamos – como sempre – na brincadeira, depois “tomamos-lhe o gosto” (começam a vir os links, as palavras simpáticas de incentivo, cada vez mais visitantes, …, uma autêntica bola de neve) e, sem darmos por isso, perdemos o “controlo”: o “blogue” deixa de “nos pertencer”, porque, inevitavelmente, experimentamos um condicionamento por sabermos que somos lidos e – não é possível negá-lo, sejamos sinceros… – acabamos, em maior ou menor escala, por ser conduzidos a escrever sobre “temas de interesse” (não necessária ou prioritariamente para nós, mas também para os outros) e, naturalmente, gera-se um cansaço…
Tudo isto já sem falar das exigências de disponibilidade de tempo para escrever e para ler “blogues”; é que é preciso não esquecer que “isto” não passa de um “hobby”, à margem / em “sobreposição” da / à nossa “vida real” de todos os dias (que estava – já antes dos “blogues” – “atarefadíssima” e “completamente preenchida”).
Uma solução “menos radical” será a de reduzir a intensidade: escrever apenas e exclusivamente “se e quando me apetecer”, sem constrangimentos de calendário ou “agenda” temática. Será uma opção exequível?
P. S. Entretanto, acabo de descobrir que o Martin Pawley pretende acabar também com o Dias Estranhos! (Neste caso, devido a comentários menos “próprios” sobre ideias defendidas pelo autor relativamente à sua terra-mãe). Mas, o que é que está a acontecer? “Não posso ficar sem a minha janela para a Galiza!…”
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OUTRA ORDEM APARENTEMENTE OCIDENTAL (IV)
.Na segunda metade do século XIX, enquanto se desenvolviam os impérios coloniais, a Europa viveu um período de guerras, de realinhamentos de fronteiras e redefinições de fidelidades, da unificação da Itália e da Alemanha e da formação dos impérios centrais.
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Mas foi também um período de guerras no resto do mundo, que continuou pelo século XX. Começou com a Guerra dos Bóeres (1889-1902), com a Russo-Japonesa (1904-1905), mas também com o assassínio do Rei Alexandre I da Sérvia (1903) e com a constante perturbação nos Balcãs: independência da Bulgária (1908), crise da Bósnia (1908-1909), Guerra Ítalo-Turca (1911-1912), Primeira e Segunda Guerra dos Balcãs (1912 e 1913) e o assassínio do príncipe herdeiro austro-húngaro Francisco Fernando e de sua esposa em Sarajevo, a 28 de Junho de 1914, origem da Grande Guerra.
Como consequência desta última, desapareceram os impérios centrais: o Império Austro-Húngaro e o Império Otomano, porque se desagregaram; o Império Alemão, porque passou a república, em Novembro de 1918, e já tinha perdido todas as colónias no ano anterior. Simultaneamente, por ter rebentado a Revolução Russa e ter sido proclamada a república, também este império desapareceu, em 16 de Março de 1917.
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Assim, sobreviveram à Grande Guerra apenas os impérios marítimos europeus e o Império Nipónico..
“Outra ordem aparentemente ocidental” (António Emílio Ferraz Sacchetti) . Notícias do Milénio
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UNIÃO EUROPEIA – 1976
Em Abril, entra em vigor a Convenção CEE – ACP, assinada em Lomé em 28 de Fevereiro de 1975.
Em Julho, no Conselho Europeu de Bruxelas, concretiza-se o acordo quanto ao número e à distribuição de mandatos no Parlamento, que passará a ser eleito por sufrágio universal directo.
O Conselho nomeia Roy Jenkins Presidente da Comissão.
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