Archive for 28 Março, 2005
BRASIL (I)
A República Federativa do Brasil, com capital em Brasília, é um país independente desde 7 de Setembro de 1822, tendo a República sido proclamada a 15 de Novembro de 1889.
Tem uma superfície total de 8 647 403 km2, dispondo de 7 367 km de costa marítima (Oceano Atlântico) e 15 719 km de fronteiras, com: Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Perú, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina (ou seja, todos os países da América do Sul, à excepção do Chile e Equador).
É uma República Federativa Presidencialista, constituída por 26 Estados e um Distrito Federal, com mais de 5 000 municípios, com cerca de 150 milhões de habitantes.
O poder legislativo é exercido por duas Câmaras: o Senado e a Câmara de Deputados, eleitos por voto directo, respectivamente com mandatos com 8 anos e 4 anos de duração.
Os Estados do Brasil são:
– na Região Norte: Acre (capital em Rio Branco), Amapá (Macapá), Amazonas (Manaus), Pará (Belém), Rondônia (Porto Velho) e Roraima (Boa Vista);
– na Região Nordeste: Alagoas (Maceió), Bahía (Salvador), Ceará (Fortaleza), Maranhão (São Luis), Paraíba (João Pessoa), Pernambuco (Recife), Piauí (Teresina), Rio Grande do Norte (Natal) e Sergipe (Aracaju);
– na Região Sudeste: Santo (Vitória), Minas Gerais (Belo Horizonte), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) e São Paulo (São Paulo);
– na Região Sul: Paraná (Curitiba), Rio Grande do Sul (Porto Alegre) e Santa Catarina (Florianópolis);
– na Região Centro-Oeste: Distrito Federal (Brasília), Goiás (Goiania), Mato Grosso (Cuiabá), Mato Grosso do Sul (Campo Grande) e Tocantins (Palmas).
[2168]
BILINGUISMO – O CASO DO CANADÁ (I)
Com um imenso território de mais de 9 milhões de km2, e com uma população de cerca de 30 milhões de habitantes, o Canadá nasceu como uma nação de contrastes – entre dois grupos étnicos, o dos francófonos e anglófonos – que o tempo não permitiu dissipar.
Oficialmente bilingue, a maior parte do país (e da população – cerca de 3/4) utiliza o inglês como língua principal; o francês, também língua oficial do país, é utilizado sobretudo na província do Québec (em que uma parte importante da população manifesta aspirações independentistas), assim como em New Brunswick (1/3 de francófonos).
Para melhor compreender a política linguística, é importante recordar a conjuntura e a sua génese, situando-a num contexto histórico.
A colonização europeia do território do actual Canadá iniciou-se com a primeira viagem de Jacques Cartier, que desembarcou no Québec em 1534; a ocupação (francesa) do território iniciar-se-ia com a fundação de Pont-Royal e Québec, por Champlain, respectivamente em 1604 e 1608. O Québec surgiria assim como a província fundadora do que viria a ser o Canadá.
De forma similar ao que sucedia no sul, com as colónias britânicas que viriam a dar origem aos EUA, o Québec era então uma colónia de França, sendo conhecida por “Nova França”; apenas no final do século XVIII, os próprios colonos franceses se começaram a identificar como canadianos.
Paralelamente, as restantes províncias do território, escassamente povoadas, eram colónias britânicas.
Entretanto, em 1763, pelo Tratado de Paris, a França cedera a “Nova França” à Inglaterra; na sequência da agressão inglesa, e da “cobardia” da monarquia francesa (que retirou o seu exército e a nobreza, abandonando “à sua sorte” os camponeses do Québec), a nação canadiana passava então a estar integralmente submetida à Inglaterra.
Este estado de coisas sofreria uma alteração, a partir de 1774, com a Guerra da Independência, que conduziria, em 1776, à declaração de Independência dos EUA.
Em 1774, pelo Acto de Québec, a Grã-Bretanha reconheceria a nação canadiana (chamada “canadiana francesa”), dando-lhe o direito de preservar a sua língua (francês) e religião.
[2167]