Archive for 2 Março, 2005

RESULTADOS ELEITORAIS EMIGRAÇÃO

São já conhecidos os resultados finais das eleições legislativas nos círculos da emigração: o PS teve um total de 16 280 votos, contra 14 149 votos do PPD/PSD. Contudo, a repartição dos votos entre os círculos da Europa e de Fora da Europa proporcionou ao PPD/PSD a eleição de 3 deputados, contra apenas 1 do PS.

No círculo da Europa, o PS, com 12 728 votos, elege um deputado (Maria Carrilho), ficando a 5 (!) votos de eleger o segundo candidato; o PPD/PSD, com 6 366 votos, tem também um candidato eleito (Carlos Alberto Silva Gonçalves).

Em 73 879 eleitores inscritos, votaram apenas 23 450, com 1 718 votos nulos e 104 brancos. As forças concorrentes registaram as seguintes votações: PS – 12 728; PPD/PSD – 6 366; PCP-PEV – 973; CDS-PP – 794; B.E. – 535; PCTP/MRPP – 148; PND – 124; PNR – 60.

No círculo de Fora da Europa, o PPD/PSD, com 7 783 votos, assegura os 2 mandatos (José de Almeida Cesário e Carlos Páscoa Gonçalves); o PS, com 3 552 votos, fica, também aqui, a escassos 340 votos de eleger mais um deputado.

Em 72 475 eleitores inscritos, votaram apenas 13 488, com 1 232 votos nulos e 35 brancos. As forças concorrentes registaram as seguintes votações: PPD/PSD – 7 783; PS – 3 552; CDS-PP – 470; PCP-PEV – 137; PNR – 97; B.E. – 92; PCTP/MRPP – 28; PND – 23.

Desta forma, a composição definitiva da Assembleia da República agora eleita será a seguinte: PS, 121 deputados; PPD/PSD, 75 deputados; CDU, 14 deputados; CDS-PP, 12 deputados; BE, 8 deputados:

                  PS     PSD     CDU     CDS     BE     TOTAL 
 Aveiro            8       6       -       1       -      15
 Beja              2       -       1       -       -       3
 Braga             9       7       1       1       -      18
 Bragança          2       2       -       -       -       4
 C. Branco         4       1       -       -       -       5
 Coimbra           6       4       -       -       -      10
 Évora             2       -       1       -       -       3
 Faro              6       2       -       -       -       8
 Guarda            2       2       -       -       -       4
 Leiria            4       5       -       1       -      10
 Lisboa           23      12       5       4       4      48
 Portalegre        2       -       -       -       -       2
 Porto            20      12       2       2       2      38
 Santarém          6       3       1       -       -      10
 Setúbal           8       3       3       1       2      17
 V. Castelo        3       2       -       1       -       6
 Vila Real         3       2       -       -       -       5
 Viseu             4       4       -       1       -       9
 Açores            3       2       -       -       -       5
 Madeira           3       3       -       -       -       6
 Europa            1       1       -       -       -       2
 F. Europa         -       2       -       -       -       2

Total 121 75 14 12 8 230

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2 Março, 2005 at 10:55 pm

PEDRO ÁLVARES CABRAL – A VIDA E A VIAGEM (III)

PACabralDe qualquer forma, Pedro Álvares Cabral apenas permaneceria em terra (na actual Baía Cabrália, na costa da Bahia) durante cerca de 10 dias, em que estabeleceu contactos com os índios, tendo sido também celebradas algumas missas.

Contudo, antes de retomar caminho para Oriente, via Cabo da Boa Esperança, a 2 de Maio, mandou erguer um padrão de pedra, tendo entretanto despachado um navio para Portugal (a nau de Gaspar Lemos) com a importante notícia do descobrimento (“achamento”) do Brasil, uma carta escrita por Pêro Vaz de Caminha.

Durante o percurso até à Índia, a armada perde mais cinco navios devido a uma tormenta de vinte dias ao largo do cabo da Boa Esperança, com furiosos vendavais e um mar agitado: quatro deles naufragaram, tendo perecido todos os tripulantes, incluindo Bartolomeu Dias, o primeiro a ter realizado o feito de “dobrar” esse cabo (em 1487); enquanto que uma nau se afastou, apenas se vindo a juntar novamente a Pedro Álvares Cabral em Cabo Verde, já aquando do regresso.

Depois de se deter algumas vezes na costa leste de África (em Sofala, Moçambique e Melinde), apenas seis naus avistariam Calecut, a 13 de Setembro de 1500.

Pedro Álvares Cabral procurava estabelecer uma feitoria em terra; contudo, muitos dos seus ocupantes portugueses acabariam por ser massacrados. O capitão português retaliou, queimando as embarcações muçulmanas que se encontravam no porto e bombardeando a cidade, sem conseguir contudo submeter o Samorim.

[2114]

2 Março, 2005 at 6:23 pm 2 comentários

LÍNGUAS MINORITÁRIAS NA EUROPA (III)

A língua Mirandesa é falada por comunidades nativas do Planalto Mirandês (no concelho de Miranda do Douro, e em algumas localidades dos concelhos de Vimioso, Mogadouro e Bragança), integrantes do povo português, partilhando a sua história e falando também a língua portuguesa.

A sua origem é incerta, possivelmente relacionada com o grupo asturiano-leonês; tendo começado a emergir como língua autónoma em meados do século XII. Desde o século XV, Miranda do Douro tornar-se-ia no mais importante centro cultural, social e religioso de Trás-os-Montes.

Dos cerca de 15 000 habitantes da região, estima-se que cerca de 10 000 conheçam a língua, notando-se contudo uma quebra de falantes nas últimas décadas, para o que contribuiu também o facto de se tratar preferencialmente de uma tradição oral, não sendo abundante a literatura mirandesa, para além da pouca adesão de jovens falantes.

Ao Mirandês foi entretanto reconhecido – em Janeiro de 1999 – o estatuto de língua oficial, passando a fazer parte dos programas escolares.

Continuam contudo a ser muito escassos os meios de comunicação social que utilizam a língua, à excepção de artigos pontuais na imprensa local.

Espera-se que o seu processo de declínio (acelerado desde os anos 60 do século XX) possa ser interrompido com a sua oficialização, indo além das tradicionais manifestações de cultura popular.

Hai lhénguas que to Is dies se muorren i hai lhénguas que to Is dies renácen. (Há línguas que todos os dias se vão e há línguas que renascem dia a dia)

Hai lhénguas cun sous scritores i hai lhénguas de cuntadores. (Há línguas com seus escritores e há línguas de contadores)

Hai lhénguas que son de muitos, i hai lhénguas que poucos úsan. (Há línguas que são de muitos, e há línguas que poucos utilizam)

Mas todas eilhas, se son lhénguas de giente, son cumplexas na mesma. (Mas todas elas, se são língua de gente, são igualmente complexas)

Links a consultar:
http://mirandes.no.sapo.pt
http://mirandes.no.sapo.pt/indextext.html
http://mirandes.no.sapo.pt/LMdescoberta.html
http://mirandes.no.sapo.pt/PMLm.html
http://europa.eu.int/comm/education/policies/lang/languages/langmin/euromosaic/pt1_en.html

[2113]

2 Março, 2005 at 8:30 am


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