NOVOS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – HUNGRIA (III)
Em 1849, a heróica luta pela independência foi selada com o pacto entre o Imperador Francisco José I e o czar russo, na sequência do qual o exército russo de 200 000 efectivos atravessou os Cárpatos, marchando contra os húngaros, que não puderam oferecer resistência às forças unificadas dos exércitos austríaco e russo.
A Hungria foi integrada no Império Habsburgo unificado. No entanto, nos anos de 1860, as guerras fracassadas dos Habsburgo isolaram internacionalmente a Áustria, que se encontrava numa posição de fragilidade, que viria a proporcionar, em 1867, a conversão do Império numa monarquia dualista de Áustria e Hungria (Império Austro-Húngaro), tendo as duas partes total soberania sobre os seus assuntos internos. Francisco José agia como Imperador em Viena e como Rei em Budapeste, com dois governos separados.
No seguinte meio século, assistiu-se a um florescimento económico e cultural, associado a uma estabilidade política nunca antes vivida.
A I Guerra Mundial colocou termo a esta fase de prosperidade. Em 1918, na sequência do desmoronar da aliança alemã-austríaca-húngara, a integridade histórica do território húngaro foi posta em causa, com a Roménia a reclamar a Transilvânia, a estado eslavo do sul (Jugoslávia) a reclamar a região sul e o estado checoslovaco a reclamar a região norte.
É então proclamada a República. Em 1919, Bela Kun instaura um regime comunista que dura quatro meses. Em 1920 é restaurada a monarquia, tendo sido assinado o tratado de paz de Versalhes, resultando no reconhecimento do desmembrar da Hungria histórica.
A Hungria perdeu 2/3 dos seus antigos territórios e mais de metade da população. No início dos anos 30, a crise económica mundial levou a novos extremismos políticos e nacionalistas; no caso da Hungria, revoltada com o Tratado de Versalhes, formou-se uma estreita relação com a Alemanha e a Itália.
[610]
Entry filed under: Novos países União Europeia.



