NOVOS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – HUNGRIA (II)
Os débeis monarcas que se seguiram ao Rei Matias viriam a perder as conquistas que havia feito. Em 1526, dá-se a batalha de Mohács, em que o exército turco, de 80 000 soldados, mostrando grande superioridade, derrotou as tropas locais. O país perdeu parte importante do seu território para os turco-otomanos.
Até 1686, foi desmembrada em 3 partes: a zona central (território conquistado) foi invadida pelos turcos; a Hungria real, para cujo trono foi eleito Fernando de Habsburgo; e, na zona oriental, o Principado da Transilvânia. A Hungria converteu-se na zona de enfrentamento de duas culturas, a cristã europeia e a muçulmana turca. As fronteiras da zona central variavam constantemente.
O Principado da Transilvânia viu-se obrigado a procurar um difícil equilíbrio entre os Impérios dos Habsburgo e Otomano, tendo sempre por objectivo unir as forças da parte ocidental e oriental para expulsar os turcos e reunificar o país.
No início dos anos de 1600, o Império Otomano mostrava-se incapaz de aumentar os seus territórios europeus, tendo fracassado o ataque turco contra Viena em 1683.
Por iniciativa do Papa Inocêncio XI, o Império dos Habsburgo, a Polónia e Veneza criaram a Santa Aliança que, em 1686, libertaria Buda do domínio turco; até final do século, os turcos seriam expulsos de todo o território húngaro.
No entanto, a Hungria seria então anexada ao Império Austríaco dos Habsburgo. O despotismo imperial provocou grande resistência, culminando numa luta pela independência, de 1703 a 1711. Embora sem conseguir obter a sua independência, as leis de 1714-15 asseguraram a autonomia constitucional da Hungria.
Entre 1832 e 1848, nas Assembleias Nacionais da Reforma, a oposição defendia uma Hungria livre da tutela de Viena. A Hungria e a Transilvânia, até então tratadas como unidades separadas, nomearam um governo comum, com sede em Budapeste; apenas a figura do monarca estabelecia a relação entre o país e o Império dos Habsburgo.
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