Archive for Novembro, 2004

SEM SURPRESAS

Não seria necessário um complexo exercício de futurologia para adivinhar o que iria acontecer.

A 29 de Junho, aqui tinha escrito:

Ou será que alguém tem dúvidas que um Governo chefiado por um Primeiro-Ministro “indigitado” no seio de um partido, na actual conjuntura política e económica portuguesa será um Governo a (curto) prazo? Que seria adiar… o inadiável?”

E, a 9 de Julho:

Continuo a pensar que o novo Governo dificilmente terá sólidas condições para governar em estabilidade (o princípio essencial no qual se baseou a decisão). O novo Governo estará condicionado – viverá “espartilhado” – por um conjunto de factores cuja gestão será de grande complexidade: desde a necessidade de “agradar” aos portugueses, numa perspectiva de curto prazo; passando pelo estreito “controlo” que sobre ele impenderá da parte do Presidente, sempre com a “ameaça” da dissolução qual “espada de Dâmocles”; terminando numa conjuntura em que a crise não está ainda debelada…”

Pedro Santana Lopes não surpreendeu, nem positiva nem negativamente: limitou-se a uma actuação perfeitamente errática que o tem caracterizado ao longo dos tempos, sem qualquer linha de rumo ou orientação estratégica, entrando em contradição com os seus ministros, provocando o afastamento das principais figuras do seu próprio partido.

Ainda ontem, aqui escrevi que o actual “desgoverno” por que Portugal passa, parecia ter, ao que tudo indicava, os dias contados…

Foi apenas o culminar de uma situação que não era já, de todo, sustentável.

[1884]

30 Novembro, 2004 at 9:45 pm

MOZART – OBRA (III)

Óperas

Mozart foi o maior compositor de ópera da sua época. Desde a sua juventude começara a trabalhar nas óperas “menores”, de que se destacam Mitridate, Lucio Silla, O Rei Pastor, Idomeneu e La Clemenza di Tito.

No seu apogeu, comporia o conjunto das óperas “imortais”, incluindo as suas obras culminantes: O Rapto do Serralho, As Bodas de Fígaro, Don Giovanni, Così fan Tutte e A Flauta Mágica, sendo a última considerada uma das mais importantes óperas de todos os tempos.

Concertos

Mozart compôs 27 concertos para piano em toda sua vida, praticamente criando um novo género.

O primeiro concerto para piano de especial destaque foi o número 9, K. 271, composto em 1777, conhecido como Jeunehomme.

Já em Viena, Mozart compunha o Concerto n. 17, K. 453, a que se seguiram mais 14 concertos, escritos entre 1784 e 1786, de que se destacam os números 20, 21, 23 e, o mais famoso de todos, o 24.

Para outros instrumentos, destacam-se os três primeiros concertos para violino (em particular o terceiro, K. 216), o quarto concerto para trompa, K. 495, o Concerto para Flauta e Harpa, K. 299, o Concerto para Flauta no. 1, K. 313, o Concerto para Fagote, K. 191, e o Concerto para Clarinete, K. 622.

[1883]

30 Novembro, 2004 at 6:05 pm

"BLOGOSFERA" EM 2004

Escreveu Pacheco Pereira no “Público” (em 17 de Julho de 2003, a propósito do “Arquivo da Internet”, referindo que «A blogosfera devia ter um “depósito obrigatório” imediato»):

«Os blogues, enquanto formas individualizadas de expressão, originais e únicas, são uma voz imprescindível para se compreender o país em 2003. Eles expressam um mundo etário, social, comunicacional, cultural, político que, sendo uma continuação do mundo exterior, tem elementos “sui generis”».

Depois de, em 2003, se ter processado a definitiva afirmação dos “blogues”, 2004 seria o ano da consolidação.

A partir de amanhã – e à semelhança do que aqui editei há um ano – iniciarei a apresentação de uma série de textos, a editar diariamente até ao fim do mês de Dezembro, recordando alguns dos passos de maior relevo da “blogosfera” em 2004.

Há 1 ano no Memória Virtual – 2003 – Ano dos “Blogues” (0)

[1882]

30 Novembro, 2004 at 12:00 pm

MOZART – OBRA (II)

Serenatas

A música de entretenimento foi um género recorrente na obra de Mozart, devido principalmente ao período que passou na corte de Salzburgo, em que produziu diversas peças para animação de festas e comemorações várias.

A mais conhecida peça deste género é a Serenata em Sol Maior, K. 525, mais conhecida como Eine Kleine Nachtmusik. São também famosas a Serenata K. 239, Serenata Noturna, e a Serenata K. 250, Haffner.

Música de câmara

As suas maiores obras-primas neste género são seis quartetos, compostos em 1785, de que se destaca o último, K. 465, em Dó Maior, chamado Quarteto Dissonante.

Mozart praticamente inventaria uma formação instrumental: o quarteto com piano, especialmente o K. 478. Por outro lado, compôs também quintetos famosos: o Quinteto de Cordas K. 515 e o Quinteto para Clarinete K. 581.

Música sacra

Mozart, que viveu num Estado papal, Salzburgo, tendo como patrão um Príncipe-Arcebispo, escreveu diversas peças destinadas à liturgia católica, sendo a maior obra deste género, o Requiem, a sua última obra.

Escreveu também duas importantes missas: a Grande Missa em Dó Menor (inacabada) e a Missa da Coroação Ave Verum.

[1881]

29 Novembro, 2004 at 6:04 pm

NÍVEL DE VIDA

Num estudo da revista britânica “The Economist” sobre qual o melhor país para se viver – tendo por critérios o PIB per capita, a saúde / esperança de vida, liberdade política, vida familiar, segurança no trabalho, clima e geografia, estabilidade política, igualdade dos sexos e vida em sociedade – Portugal surge posicionado em 19º lugar, com uma classificação de 7,3 (numa escala até 10), à frente de países como a Bélgica, França, Alemanha e Reino Unido.

Nesta tabela, o primeiro lugar é atribuído à Irlanda (8,3), seguindo-se, até ao 10º lugar, a Suíça, Noruega, Luxemburgo, Suécia, Austrália, Islândia, Itália, Dinamarca e Espanha.

Os EUA surgem apenas em 13º, seguidos do Canadá, surgindo o Japão em 17º lugar. Bélgica, França e Alemanha posicionam-se entre o 24º e 26º lugar, cabendo ao Reino Unido a 29ª posição.

P. S. Obviamente, esta classificação nada tem a ver com o actual “desgoverno” por que Portugal passa, que, ao que tudo indica, parece ter os dias contados…

Há 1 ano no Memória Virtual – Irlanda do Norte – Católicos vs. Protestantes

[1880]

29 Novembro, 2004 at 8:35 am 1 comentário

REVISTA DA SEMANA

Visão (25 Novembro)

“Parlamento ucraniano reconhece fraude – Depois de uma semana de protestos, a oposição ucraniana tem motivos para se congratular: o Parlamento declarou inválidas as eleições presidenciais do último fim-de-semana. Os dois candidatos já anunciaram que aceitam repetir o acto eleitoral.

43 milhões para Guimarães – Um operário têxtil de Serzedelo e um pasteleiro de Conde S. Martinho, em Guimarães vão repartir o maior prémio de lotaria alguma vez atribuído na Europa, no valor de 43 milhões de euros. Foi a primeira vez que o primeiro prémio do Euromilhões ficou em Portugal.

Julgamento segue no Tribunal de Monsanto – A partir da próxima quinta-feira, dia 2 de Dezembro, e durante dois meses, o julgamento do processo Casa Pia vai decorrer no Tribunal de Monsanto. A primeira sessão ficou marcada por questões processuais, sobretudo no que diz respeito às decisões do juiz Rui Teixeira que poderão ser consideradas nulas.

PS de luto – No adeus ao presidente honorário e patriarca dos socialistas Fernando Valle, o secretário-geral, José Sócrates, cancelou toda a actividade do partido para este fim-de-semana. Entre elogios que lhe atribuem, estão «um exemplo de civismo», «um dos símbolos da República», «uma referência da democracia e da liberdade».”

Há 1 ano no Memória Virtual – Outra ordem aparentemente ocidental (V)

[1879]

28 Novembro, 2004 at 10:07 am

REQUIEM PELAS VÍTIMAS DO FASCISMO EM PORTUGAL

Uma das mais relevantes obras de Fernando Lopes Graça, terá hoje a sua segunda audição nacional, pelas 21h30, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, com a participação de: Coro de Câmara da Universidade de Lisboa; Coral de Letras da Universidade do Porto; Orquestra Nacional do Porto, Marc Tardue, maestro; Ana Paula Russo, soprano; Liliana Bizineche, meio-soprano; Rui Taveira, tenor; Armando Possante, barítono; João Miranda, baixo.

Trata-se de uma oportunidade única, evocando, simultaneamente, o 10º aniversário do desaparecimento do maestro e compositor e o 25º aniversário da composição do Requiem.

Há 1 ano no Memória Virtual – Outono na blogosfera

[1878]

27 Novembro, 2004 at 9:32 am

MOZART – OBRA (I)

A obra de Mozart traduz o apogeu do estilo clássico, que com ele atinge a mais elevada expressão.

De entre essa vastíssima obra (41 sinfonias, 27 concertos para piano, 5 concertos para violino, 4 concertos para trompas, 1 concerto para flauta, 1 concerto para oboé, 1 concerto para clarinete, 1 concerto para fagote, uma sinfonia para violino, viola e orquestra, 1 concerto para flauta e harpa, 17 divertimentos, 13 serenatas, mais de 100 minuetes, 19 missas, 4 cantatas, 24 óperas, 12 árias de concerto e 50 canções para voz e piano), as suas preferidas foram as óperas, em particular Don Giovanni e Flauta Mágica.

Sinfonias

Mozart escreveu 41 sinfonias, destacando-se, na fase inicial, a Sinfonia n. 25. Outra peça de maior relevo seria a Sinfonia n. 35, Haffner, a primeira composta em Viena, antecedendo as suas mais famosas obras-primas: Sinfonia n. 36, Linz, Sinfonia n. 39, K.543, Sinfonia n. 40, K.550 e a Sinfonia n. 41, Júpiter, considerada a maior de todas.

Música instrumental

O instrumento favorito de Mozart era o piano. Além da Sonata em Lá Menor, K. 331, do famoso Rondó alla Turca, destacam-se as sonatas K. 310 e K. 457; para violino e piano, salientam-se as sonatas K. 454 e 526.

[1877]

26 Novembro, 2004 at 6:11 pm

"PESSOAL E TRANSMISSÍVEL XX-XXI"

O Diário de Notícias – com o apoio da TSF e das Edições ASA – distribuirá, na próxima segunda-feira, o livro “Pessoal e Transmissível XX-XXI”, com uma selecção de entrevistas de Carlos Vaz Marques, entre outros, a: Maria João Pires; Joana Carneiro; António Lobo Antunes; Jacinto Lucas Pires; António Damásio; João Magueijo; Carlos Sousa; Mariana Frutuoso de Melo; Eduardo Prado Coelho; Pedro Mexia; Aníbal Cavaco Silva; Nuno Severiano Teixeira.

(via Jornalismo e Comunicação)

[1876]

26 Novembro, 2004 at 3:30 pm

“A FILHA DO CAPITÃO" (VI)

A “tempestade” final precipitar-se-ia contudo a 9 de Abril de 1918 – data prevista para a rendição dos militares portugueses por tropas inglesas –, em que os alemães lançam um ataque decisivo sobre a frente de batalha a cargo da força portuguesa, no vale do Lys.

Esgotados, desmotivados, sem liderança e, finalmente, sem armamento, desesperando pelo auxílio dos aliados britânicos que acabaria por não chegar em tempo oportuno, os portugueses vêem-se numa situação de absoluta incapacidade para reagir ao ataque alemão; um a um, os militares vão sendo feridos, mortos ou feitos prisioneiros de guerra, o que acontece a Afonso, que assim se vê para sempre separado da sua amada.

Apenas após o armistício de 11 de Novembro de 1918, Afonso, ainda em cativeiro, perceberia que os alemães tinham perdido a guerra, acabando, já em Janeiro de 1919, por vir a ser libertado e a retornar a Portugal.

Regressaria à sua terra, Rio Maior, acabando – depois de perdida a ilusão de poder reencontrar a sua impossível paixão – por casar com a antiga namorada de adolescência.

Teria de esperar ainda 10 anos para fazer uma descoberta que, num regresso a França, com o comovente reencontro com o seu passado, lhe proporcionaria “reviver” a sua antiga paixão, agora projectada numa nova vida.

Uma bela história de amor, através da qual nos é possibilitado conhecer um pouco melhor o mundo, ficar a saber algo mais, sobre a vida num Seminário, num Quartel militar, sobre a Guerra, sobre a História…

Obviamente imperdível!

Há 1 ano no Memória Virtual – Resoluções de Ano Novo

[1875]

26 Novembro, 2004 at 8:14 am

Older Posts


Autor – Contacto

Destaques


Literatura de Viagens e os Descobrimentos Tomar - História e Actualidade
União de Tomar - Recolha de dados históricosSporting de Tomar - Recolha de dados históricos

Calendário

Novembro 2004
S T Q Q S S D
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
2930  

Arquivos

Pulsar dos Diários Virtuais

O Pulsar dos Diários Virtuais em Portugal

O que é a memória?

Memória - TagCloud

Jogos Olímpicos

Categorias

Notas importantes

1. Este “blogue" tem por objectivo prioritário a divulgação do que de melhor vai acontecendo em Portugal e no mundo, compreendendo nomeadamente a apresentação de algumas imagens, textos, compilações / resumos com origem ou preparados com base em diversas fontes, em particular páginas na Internet e motores de busca, publicações literárias ou de órgãos de comunicação social, que nem sempre será viável citar ou referenciar.

Convicto da compreensão da inexistência de intenção de prejudicar terceiros, não obstante, agradeço antecipadamente a qualquer entidade que se sinta lesada pela apresentação de algum conteúdo o favor de me contactar via e-mail (ver no topo desta coluna), na sequência do que procederei à sua imediata remoção.

2. Os comentários expressos neste "blogue" vinculam exclusivamente os seus autores, não reflectindo necessariamente a opinião nem a concordância face aos mesmos do autor deste "blogue", pelo que publicamente aqui declino qualquer responsabilidade sobre o respectivo conteúdo.

Reservo-me também o direito de eliminar comentários que possa considerar difamatórios, ofensivos, caluniosos ou prejudiciais a terceiros; textos de carácter promocional poderão ser também excluídos.