Archive for 15 Novembro, 2004

"OS LUSÍADAS" (VIII)

No Canto VIII, Paulo da Gama faz uma exposição sobre os símbolos das bandeiras, falando sobre as grandes figuras da história de Portugal (Ulisses, Viriato, Sertório, D. Henrique, Afonso Henriques, Egas Moniz, entre outros). Baco procura instigar um sacerdote muçulmano contra os portugueses. Vasco da Gama é retido, tendo de ser resgatado por troca com mercadorias, lamentando o poeta a importância atribuída ao vil metal, origem de corrupção e traição.

“Na primeira figura se detinha
O Catual que vira estar pintada,
Que por divisa um ramo na mão tinha,
A barba branca, longa e penteada.
Quem era e por que causa lhe convinha
A divisa que tem na mão tomada?
Paulo responde, cuja voz discreta
O Mauritano sábio lhe interpreta:

– «Estas figuras todas que aparecem,
Bravos em vista e feros nos aspeitos,
Mais bravos e mais feros se conhecem,
Pela fama, nas obras e nos feitos.
Antigos são, mas inda resplandecem
Co nome, entre os engenhos mais perfeitos.
Este que vês, é Luso, donde a Fama
O nosso Reino «Lusitânia» chama.

«Foi filho e companheiro do Tebano
Que tão diversas partes conquistou;
Parece vindo ter ao ninho Hispano
Seguindo as armas, que contino usou.
Do Douro, Guadiana o campo ufano,
Já dito Elísio, tanto o contentou
Que ali quis dar aos já cansados ossos
Eterna sepultura, e nome aos nossos.

«O ramo que lhe vês, pera divisa,
O verde tirso foi, de Baco usado;
O qual à nossa idade amostra e avisa
Que foi seu companheiro e filho amado.
Vês outro, que do Tejo a terra pisa,
Despois de ter tão longo mar arado,
Onde muros perpétuos edifica,
E templo a Palas, que em memória fica?”

[1848]

15 Novembro, 2004 at 6:24 pm

E PORTUGAL?

A partir da Galiza, aqui fica o comentário do Martin Pawley sobre a evolução da situação de prevenção de catástrofes como a do Prestige:

“Dous anos despois seguimos, mais ou menos, igual que daquela: sen medios técnicos e materiais e sen sequera dispor dun protocolo de actuación ben definido que indique as medidas a desenvolver para afrontar catástrofes coma esta.

Nunca Mais.”

E em Portugal, o que foi feito nestes dois anos?

P. S. O Luís Tito dá-nos aqui uma resposta.

Há 1 ano no Memória Virtual – T de Lempicka – “Fatias de Cá”

[1847]

15 Novembro, 2004 at 8:12 am


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