Archive for 24 Novembro, 2004
MOZART (III)
Mozart seria então, em 5 de Janeiro de 1771, nomeado mestre de capela honorário da Academia Filarmónica de Verona. A 4 de Fevereiro, Mozart deixava Milão; depois de passar por Veneza, Parma e Verona, regressaria a Salzburgo, sendo-lhe encomendada uma ópera para a celebração do casamento do Arquiduque Ferdinand da Áustria.
Em 13 de Agosto de 1771, pai e filho partiram para a segunda viagem italiana, desta vez relativamente curta, de cerca quatro meses; chegado a Milão em 21 de Agosto, Mozart começou a trabalhar na ópera Ascanio in Alba K.111, a qual viria a alcançar grande sucesso.
Em 5 de Dezembro, deixaram Milão, regressando novamente a Salzburgo, onde se demoraram mais 10 meses. Em 4 de Novembro de 1772, retornavam a Milão, dedicando-se à composição de Lucio Silla, estreada a 26 de Dezembro.
Nas suas estadias em Itália, para além de óperas, Mozart dedicou-se também à escrita de sinfonias e dos primeiros quartetos de cordas. Mozart começava a superar a condição de menino-prodígio, assumindo-se como um compositor maduro, capaz de escrever sob todas as formas e estilos musicais existentes.
Em Março de 1773, depois de nova passagem por Salzburgo, regressava a Viena, talvez procurando alcançar um cargo na corte, que não tinha alcançado em Itália.
Em 1777, partiria em nova digressão pela Europa, conhecendo a jovem cantora Aloysia Weber, por quem se apaixonou, não sendo correspondido.
Em 1779, teve de regressar a Salzburgo, actuando novamente na Corte. Voltaria a Viena em 1781, casando, em 1782 com Constanze Weber, irmã de Aloysia.
[1871]
JOANA CARNEIRO
A jovem maestrina portuguesa Joana Carneiro, actualmente directora da Orquestra Filarmónica de Los Angeles, regerá a orquestra na próxima cerimónia dos Grammies (conhecidos como os “óscares da música”), a realizar em Fevereiro de 2005.
[1870]
“A FILHA DO CAPITÃO" (IV)
Começa por nos ser contada a história da vida de Afonso e de Agnès, em capítulos intercalados, com um ritmo vivo, em que a leitura parece correr a uma velocidade acelerada, tal a ânsia de, rapidamente, “chegar mais à frente” na narrativa.
Da infância “menos do que humilde” de Afonso, à descoberta da capital, Lisboa, numa visita a uma prima afastada, que lhe proporcionaria travar pela primeira vez conhecimento com o “football”, o que viria posterior, mesmo que involuntariamente, a ter uma importância decisiva no seu futuro, ao contribuir para o afastamento da vida de seminarista e a subsequente reorientação para a carreira militar, por via da frequência da Escola do Exército, que lhe seria “imposta” como forma de progressão social que lhe permitisse ser um marido “condigno” da namorada de adolescência.
Ao nascimento de Agnès, numa família burguesa do Norte de França, de origem flamenga, “de posses”, ligada ao comércio de vinhos e à exploração agrícola de uvas para champagne, que lhe proporcionaria a fantástica experiência de visitar a Exposição Universal de Paris, em 1900, conhecendo a famosa Torre Eiffel, edificada 11 anos antes. E, algum tempo depois, a possibilidade de iniciar os seus estudos universitários de medicina em Paris. Passando pelo difícil despertar para a realidade da guerra, em 1914, consequência de um longínquo assassinato de um arquiduque austríaco, em Sarajevo, por um sérvio. Com consequências trágicas para o seu jovem e recente esposo, entretanto alistado no exército.
Há 1 ano no Memória Virtual – Catalunha (I)
[1869]