Archive for 2 Setembro, 2004
VAN GOGH – "O SEMEADOR"
As cores, a atmosfera e a paisagem da Provença congregaram pintores das mais variadas tendências ou estilos, unidos pela ideia de que na pintura a pesquisa em torno da cor era algo fundamental.
Para pintar desta forma, van Gogh tinha de libertar-se dos motivos originais e mergulhar na sua própria imaginação. Estava a criar imagens vindas de dentro de si.
[1680]
JOGOS OLÍMPICOS – 2004 – ATENAS (IX)
Francis Obikwelu, nascido em Novembro de 1978 na Nigéria (portanto, ainda apenas com 25 anos), com 1,91 metros de altura, este “gigante” atleta começou a afirmar-se muito cedo, tendo-se sagrado campeão mundial de juniores em 1996 em 100m e 200m.
Após se ter estabelecido em Portugal em 1994 (com 16 anos – não regressando ao seu país de origem, na sequência de um campeonato do Mundo de Juniores então realizado em Lisboa), Francis Obikwelu participaria nos Jogos Olímpicos de Atlanta (1996) e Sidney (2000), ainda em representação da Nigéria.
Em 2001, ao fim de 7 anos de estadia em Portugal – tendo, na fase inicial dessa estadia, chegado a trabalhar na construção civil, antes de ser “descoberto” o seu talento para o atletismo, cuja carreira como senior viria a desenvolver integralmente no nosso país -, adquiriu a cidadania portuguesa.
Ao longo da sua carreira, conquistou já diversos lugares no pódio:
– Vice-Campeão Mundial na estafeta 4x100m (Nigéria), em 1997 (Atenas)
– 3º classificado no Campeonato do Mundo de 1999, em 200m (Sevilha)
– 3º classificado no Campeonato do Mundo de 1999, na estafeta 4×100 m, pela selecção da Nigéria (Sevilha)
– 3º classificado no Campeonato do Mundo de Pista coberta de 1997, em 200m (Paris)
– Vice-Campeão da Europa, em 100m (Munique)
– Vice-Campeão da Europa, em 200m (Munique)
– Vencedor da Taça do Mundo, em 200m, em 2002
Com a magnífica prestação na prova dos 100m, nos Jogos Olímpicos de Atenas, com uma excepcional “ponta final”, Francis Obikwelu estabeleceu um fabuloso Record da Europa, com o excelente registo de 9.86s, uma das melhores marcas mundiais de todos os tempos (igualando a melhor marca alguma vez alcançada pelo “campeoníssimo” Carl Lewis, quando se sagrou Campeão e Recordista Mundial da distância em 1991), superando dois dos três norte-americanos em competição (o Campeão Olímpico de 2000 e o Campeão Olímpico de 200m em 2004), para se tornar Vice-Campeão Olímpico… por 1 centésimo de segundo (equivalente a 10 cm!!!):
1. Justin GATLIN (EUA) – 9.85
2. Francis OBIKWELU (Portugal) – 9.86
3. Maurice GREENE (EUA) – 9.87
4. Shawn CRAWFORD (EUA) – 9.89
5. Asafa POWELL (Jamaica) – 9.94
6. Kim COLLINS (St. Kitts & Nevis) – 10.00
7. Obadele THOMPSON – Barbados – 10.10
8. Aziz ZAKARI (Ghana) – Desistiu
Francis Obikwelu, assolado durante a época por lesões que impediram o seu normal treino para a prova em que tradicionalmente sempre se revelou mais forte (200m), acabaria por “quedar-se” na Final Olímpica desta prova pelo 5º lugar. Evidenciando a sua grande humildade, pediria desculpa aos portugueses por não ter conseguido “oferecer-nos” mais uma medalha…
[1679]
JOGOS OLÍMPICOS – 2004 – ATENAS (VIII)
A prova provada de que “filho de peixe sabe nadar”: Sérgio Paulinho, nascido em 1980, é filho de um grande ciclista (Jacinto Paulinho), o qual se caracterizava pela sua combatividade e empenhamento, conseguindo quase sistematicamente, ano após ano, arrancar longas fugas (na maior parte das vezes solitárias), que o conduziram a sucessivas vitórias em etapas na Volta a Portugal.
Aos 24 anos, Sérgio ultrapassou já os feitos do pai: um dos melhores valores do ciclismo português, foi já medalhado internacionalmente a nível das camadas jovens; na Volta a Portugal, foi o vencedor do contra-relógio individual da etapa decisiva, posicionando-se nos primeiros 10 classificados na tabela geral final.
Demonstrando a fibra que herdou do pai, e à semelhança do que este regularmente fazia, o corajoso Sérgio Paulinho arrancou do pelotão, chegando a liderar durante largos quilómetros a dura prova de estrada de ciclismo dos Jogos Olímpicos, apenas com a companhia do italiano Paolo Bettini, que não podia superar no sprint final, dadas as diferentes características competitivas de ambos.
A classificação final da prova olímpica, que tão inesperada quanto justamente o consagrou como Vice-Campeão Olímpico (curiosamente, à frente de outro filho de um grande campeão ciclista, Eddy Merckx), foi a seguinte:
1. Paolo BETTINI (Itália) – 5:41:44
2. Sérgio PAULINHO (Portugal) – 5:41:45
3. Axel MERCKX (Bélgica) – 5:41:52
4. Erik ZABEL (Alemanha) – 5:41:56
5. Andrej HAUPTMAN (Eslovénia) – 5:41:56
6. Kim KIRCHEN (Luxemburgo) – 5:41:56
7. Roger HAMMOND (Grã-Bretanha) – 5:41:56
8. Frank HOJ (Dinamarca) – 5:41:56
[1678]
JOGOS OLÍMPICOS – 2004 – ATENAS (VII)
Tendo começado a praticar atletismo aos 16 anos, no Estrela Ouriquense, transferiu-se para o Sporting em 1997; actualmente, aos 27 anos, Rui Silva é já um atleta consagrado, um dos melhores do mundo na sua disciplina (1500 metros), com vários títulos e medalhas conquistados:
– Campeão do Mundo de Pista coberta, em 2001 (Lisboa)
– Campeão da Europa de Pista coberta, em 1998 (Valencia)
– Campeão da Europa de Pista coberta, em 2002 (Viena)
– Campeão da Europa de sub-23, em 1999 (Gotemburgo)
– 2º classificado na Taça do Mundo, em 1998 (Joanesburgo)
– Vice-Campeão da Europa, em 1998 (Budapeste)
– Vice-Campeão da Europa, em 2002 (Munique)
– Vice-Campeão da Europa de Pista coberta (3000 m), em 2000 (Gent)
Foi também recordista nacional das seguintes distâncias: 800m (2002), 1000m (1999), 1500m (2002), Milha (1999)e 2000m (1999). Em Pista coberta, alcançou também records nacionais em 800m (1999), 1000m (2001), 1500m (1999), Milha (2001), 2000m (2001) e 3000m (2000).
Depois de Carlos Lopes, é o atleta português mais premiado a nível internacional, alcandorando-se ao lugar de melhor meio-fundista português, depois de Lopes e Mamede.
Na prova disputada nos Jogos Olímpicos de Atenas, numa corrida notável (em que seria mesmo o atleta mais rápido no troço final de 200 metros), Rui Silva foi, mais uma vez, o melhor atleta da Europa, apenas cedendo perante dois africanos: o “imbatível” El Guerrouj e outro atleta de grande classe mundial, Bernard Lagat:
1. Hicham EL GUERROUJ (Marrocos) – 3:34.18
2. Bernard LAGAT (Quénia) – 3:34.30
3. Rui SILVA (Portugal) – 3:34.68
4. Timothy KIPTANUI (Quénia) – 3:35.61
5. Ivan HESHKO (Ucrânia) – 3:35.82
6. Michael EAST (Grã-Bretanha) – 3:36.33
7. Reyes ESTEVEZ (Espanha) – 3:36.63
8. Gert-Jan LIEFERS (Holanda) – 3:37.17
Há 1 ano no Memória Virtual – Os caminhos da descendência de Abraão
[1677]