Archive for 6 Setembro, 2004
VAN GOGH – "RETRATO DO DR. GACHET"
“Encontrei em Gachet um verdadeiro amigo“, escreveu van Gogh numa carta à irmã, “quase como um irmão“.
Não se trata de um retrato por semelhança “fotográfica”, mas sim de uma imagem impetuosa, recorrendo à cor como meio de expressão e como forma de engrandecer o carácter, procurando penetrar psicologicamente para revelar a alma do retratado.
Dizia o próprio van Gogh: “Estou a trabalhar no seu retrato; usa um boné branco, é muito loiro, muito claro, mesmo a pele das suas mãos é muito rosada; veste um casaco azul; o fundo é azul-cobalto; está apoiado numa mesa vermelha“.
Esta pintura reflecte uma atitude mais tranquila e reflexiva, um desejo de ordem e calma; van Gogh refreia a sua imaginação, desaparecendo os arabescos, redemoinhos e as linhas exaltadas das telas de St.-Rémy. O retrato reflecte o carácter melancólico moderno e intelectual do Dr. Gachet.
A obra, vendida em leilão por 82,5 milhões de dólares, deteve o título de preço mais alto jamais pago por uma pintura!
E aqui termina esta maravilhosa viagem pela vida e obra de Vincent Willem van Gogh. A partir de amanhã, “a música” será outra!…
Resta referir os créditos de todas as imagens apresentadas nestas duas semanas: a The Vincent van Gogh Gallery.
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MITOLOGIA GRECO-ROMANA (I)
As lendas que narram as aventuras dos “deuses” e heróis são designadas como mitos, o conjunto dos quais forma a mitologia.
A mitologia teve a sua origem na Grécia, na época da formação das suas Cidades-Estado, desenvolvendo-se por volta de 700 A.C., num sistema politeísta antropomórfico, com diversos deuses, que se assemelhavam exteriormente aos seres humanos e com sentimentos humanos, os quais se haviam instalado no Monte Olimpo.
Numa das mais geniais concepções produzidas pela humanidade, com a sua fantasia, os gregos povoaram o céu, a terra, os mares e até o mundo subterrâneo, de divindades (principais e secundárias), numa hierarquia que compreendia ainda “semideuses” e “heróis”, influenciando toda a região do Mediterrâneo durante mais de um milénio, culminando com o apogeu e a glória da construção do Parténon de Atenas.
Na sequência da invasão da Grécia pelos Romanos, estes assimilariam as divindades gregas, rebaptizando-as contudo com nomes latinos.
O culto aos deuses greco-romanos apenas teria termo com o Imperador romano Teodósio, no ano de 391, com a proibição dos cultos pagãos (incluindo os Jogos Olímpicos da antiguidade…) e a instituição do Cristianismo como religião oficial do Império Romano.
Os 13 deuses principais, conhecidos como “deuses do Olimpo” eram: Zeus (Júpiter), Hera (Juno), Hefesto (Vulcano), Atena (Minerva), Apolo / Febo, Artemis (Diana), Ares (Marte), Afrodite (Vénus), Héstia (Vesta), Hermes (Mercúrio), Deméter (Ceres), Poséidon (Neptuno) e Dionísio (Baco).
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NOVO MAIL
A partir de hoje, o novo mail de contacto do “Memória Virtual” passa a ser o mvirtual@gmail.com
CRETA (I)
Um singular ponto de contacto entre os três “velhos” Continentes (Europa, África e Ásia), Creta é a maior ilha da Grécia (e a quinta maior de todo o Mediterrâneo, após a Sardenha, Sicília, Córsega e Chipre), com os seus cerca de 250 km de comprimento.
Localiza-se no sul do Mar Egeu, a 100 km do ponto mais próximo do continente grego (e a cerca de 275 km de Atenas), a 175 km da Ásia Menor (Turquia) e a cerca de 500 km do Norte de África (Líbia / Egipto).
Ao longo da história, a ilha pertenceu já, administrativamente, a países integrantes dos três continentes (Grécia / Turquia / Egipto).
Generosamente dotada pela natureza, com grandiosas montanhas, a par de profundos desfiladeiros (principalmente na região de Samaria), grutas, costas escarpadas, luxuriante vegetação, mas também belas praias, constituindo-se numa ilha de contrastes, numa amálgama de civilizações, todos os anos chegam a Creta cerca de três milhões de visitantes.
Há 1 ano no Memória Virtual – As Religiões no mundo
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