Archive for 8 Setembro, 2004
BEETHOVEN (II)
Com 21 anos, em 1792, partiu definitivamente para Viena, tendo sido então aceite como aluno de Haydn, embora Beethoven logo procurasse complementar o seu estudo também com aulas junto de outros professores, nomeadamente Albrechtsberger (maestro de capela na Catedral de S. Estêvão), Salieri e Foerster.
Tornou-se, nesses primeiros anos em Viena, um pianista virtuoso, com sucesso nos meios aristocráticos, cultivando alguns admiradores; começou por publicar, em 1795, o seu Opus 1 e uma colecção de 3 trios para piano, violino e violoncelo.
Logo aos 25 anos, em 1796, surgiram os primeiros sintomas de uma grande tragédia, quando lhe foi diagnosticada uma congestão dos centros auditivos internos, prenúncio da sua futura surdez. Ao descobrir que a doença seria incurável, viria a afastar-se do convívio social, vivendo como compositor e professor, procurando ocultar este problema, que apenas revelaria dez anos depois.
Em 1800, com a surdez já bastante avançada, apresentou a Sinfonia n.º 1 em Dó Maior, Opus 21. Em 1802, na sequência de uma profunda depressão, chegando a pensar recorrentemente no suicídio, escrevera o “Testamento de Heiligenstadt” (localidade próxima de Viena), uma carta, inicialmente dirigida aos dois irmãos – que nunca chegaria a ser enviada – na qual reflectia, desesperado, sobre a tragédia da sua irreversível surdez e sobre a sua arte.
Seria a arte – a música, que via como uma verdadeira missão a cumprir – a impedi-lo de concretizar esse terrível pensamento, surgindo como única via de redenção, criando então a sua primeira monumental obra, a Sinfornia nº 3, “Heróica”, um ponto de mudança radical na história da música, tornando reconhecida a sua genialidade como compositor.
[1701]
MITOLOGIA GRECO-ROMANA (III)
Hera (Juno – deusa do casamento, divindade protectora da mulher), irmã de Zeus, seria também a sua esposa, sendo portanto a “rainha dos deuses”; não obstante, Zeus teria inúmeras relações com deusas e mulheres “mortais”, que lhe proporcionariam uma vasta descendência: Atena (filha de Métis); os gémeos Apolo (deus do sol, música e arte do arco e flecha) e Artemis (deusa da lua), filhos de Leto; Dionísio (filho de Semele); Perséfone (descendente de Deméter); Hermes (filho de Maia); Afrodite (filha de Dione); da esposa, teria como filhos Hebe, Ares, Ilítia e Hefesto.
Hefesto (Vulcano) era o deus dos artífices, do fogo e da forja; foi gerado por Hera, sem a participação de Zeus, nascendo pequeno, feio, disforme e coxo. Com raiva, Hera, do alto do Olimpo, lançou-o ao mar. Seria do fundo do mar que a nereida Tétis e a amiga Eurínome o iriam resgatar, cuidando dele durante anos, até chegar à idade adulta. Guardando ressentimento da mãe, fabricaria uma cadeira em ouro com uma mola oculta que aprisionaria Hera ao sentar-se nela. Hefesto apenas libertaria a mãe em troca do seu casamento com Afrodite, com o que Zeus concordaria, também como forma de punição de Afrodite; esta, detestando Hefesto, traiu-o com cinco amantes, de quem teria seis filhos. O Etna era a sua forja, onde fabricava as suas armas, com a ajuda dos Ciclopes.
Atena (Minerva), deusa das artes, da sabedoria, inteligência e conhecimento, mas também da guerra, originada na relação de Métis e Zeus; ao consultar o oráculo de Titéia, Zeus foi informado de que iria nascer uma filha, mas que o filho seguinte de Métis seria varão e que o destronaria, tal como ele fizera com Cronos. Para defender o seu poder ameaçado, Zeus engoliria Métis, o que lhe viria a provocar dores insuportáveis, com a cabeça a latejar; seria Hefesto, com o seu machado de ouro, a golpear o crânio de Zeus, do qual sairia Atena, já adulta e completamente armada. A ela seria consagrado o Parténon.
[1700]
HERAKLION
De Heraklion, a capital da ilha de Creta – em “homenagem” a Hércules – pode dizer-se que se apresenta como uma cidade moderna, com cerca de 120 000 habitantes, sendo o centro administrativo, industrial da ilha.
Destaca-se o “porto velho” (edificado pelos venezianos), assim como as torres e muralhas venezianas (rodeando a “cidade velha” ou centro); a fortaleza (à entrada do “porto velho”); a igreja de S. Tito (patrono da ilha); e a basílica de S. Marcos (também padroeiro dos venezianos).
A visitar também os Museus Arqueológico e Histórico de Etnografia… um “pulo” também à praia de Ammoudara!
Mas a “grande atracção”, apenas a cerca de 5 km da capital, é o “Palácio de Cnossos”, descoberto em 1900 pelo arqueólogo britânico A. J. Evans.
Há 1 ano no Memória Virtual – “Mensagem” – Fernando Pessoa
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