BOLÍVIA
29 Abril, 2005 at 6:18 pm 1 comentário
A Bolívia tem uma superfície de 1 098 581 km2 e uma população de cerca de 8 450 000 habitantes, tendo fronteiras com o Brasil, a Norte e a Este, com o Paraguai, a Sudeste, com a Argentina, a Sul, e com o Chile, a Sudoeste.
A capital administrativa localiza-se em La Paz, sendo a capital constitucional em Sucre. As línguas oficiais são o espanhol, o quéchua e o aimara.
Do século V a. C. ao século XIII d. C. floresceu no actual território boliviano a civilização de Tiahuanaco. Nos começos do século XIII a Bolívia foi incorporada no Império Inca.
Em 1536, o Alto Peru foi conquistado pelos espanhóis, tendo deste modo caído o último reduto dos Incas. Em 1552 teve início a primeira diocese criada em território boliviano. As minas de prata de Potosi, descobertas em 1545, contribuíram para o desenvolvimento da colónia, que até 1776 dependeu do vice-reino de Lima, sendo então integrada no vice-reino do Rio de la Plata.
Após algumas tentativas insurreccionais, como a dos Tupac Katari (1770) e Tupac Amaru (1780), as expedições militares de A. J. Sucre e S. Bolívar, vitoriosos dos espanhóis em Ayacucho (1824), levaram à independência do Alto Peru, em 1825, que tomou o nome de Bolívia (em homenagem ao seu libertador).
Não tem sido pacífica nem gloriosa a história deste país. De 1825 a 1860 teve 11 constituições políticas e 70 presidentes; nos seus primeiros 160 anos de existência conheceu cerca de 200 revoluções.
De 1825 a 1935 a Bolívia perdeu 54 % do seu território; após uma guerra com o Chile (1879-1884), teve de ceder-lhe todo o litoral do Pacífico (120 000 km2) – Antofagasta e Atacama; em 1903, viu-se obrigada a entregar ao Brasil o território do Acre e parte do Mato Grosso; depois de uma guerra com o Paraguai (1932-1935), viu-se privada do território do Chaço (rico em petróleo).
A Bolívia tem sido periodicamente abalada por reivindicações dos mineiros índios contra as grandes empresas e palco de lutas conduzidas por guerrilheiros revolucionários, das quais o caso Régis Debray e a captura e morte de «Che» Guevara são os episódios mais conhecidos.
A nível cultural, destaque para a música; a Bolívia possui duas correntes bem diferentes: por um lado, o trepidante ritmo da música espanhola semelhante à de outros países da América Latina e, por outro, a música dos planaltos, de origem índia, lenta e triste, cujo principal instrumento é a flauta de cana, dos pescadores do lago Titicaca.
“A Enciclopédia”, edição Editorial Verbo, SA / Público, 2004
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duard - Carlos Aquino | 2 Maio, 2005 às 6:24 pm
Olha,
foi bom ler aqui este resumo da Bolívia.
Hoje em dia, o Brasil está passando a mão na cabecinha da Bolívia para que tudo se de bem, no negócio com o “gás” entre os dois países.
Você poderia me responder, se souber :
Por que, os índios brasileiros, tinham noção da existência dos Máias e dos Íncas ?
A nomeclatura que se dá aos índios brasileiros, e aos que os espanhois descobriram, ficaram totalmente diferentes. Parece que a América do Sul era dividida em termos de tribos/impérios.