Archive for 20 Abril, 2005
INDEPENDÊNCIAS SUL-AMERICANAS (II)
Os factos que provocaram a emancipação política da América Latina constituem parte de um processo histórico que decorre entre 1808 e 1824, iniciado nas Índias como resposta ao movimento Juntista – desenvolvido em Espanha para defender os direitos de Fernando VII, prisioneiro de Napoleão -, tendo na sua fase inicial um carácter autonomista e federalista, o qual acabaria por derivar até à rebelião independentista, vindo a consumar-se com as Guerras da Independência (com um carácter de guerras civis), quase em simultâneo em toda a América.
A emancipação política teria origem em dois tipos de causas:
(i) internas (deficiente administração, o regime comercial de monopólio e proteccionismo económico, a segregação de mestiços e crioulos, o absolutismo e a tirania das autoridades) e
(ii) externas (a influência dos políticos europeus sobre os crioulos, a influência da Revolução Francesa e dos seus ideais de liberdade e igualdade, a difusão das ideias iluministas francesas e do liberalismo inglês, o exemplo da Independência dos Estados Unidos, o papel desempenhado pelas sociedades secretas e a participação activa dos jesuítas expulsos) – situações potenciadas pela invasão de Espanha por Napoleão e a reacção provocada na América pelo absolutismo de Fernando VII após o seu regresso ao trono em 1814.
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TUNAS UNIVERSITÁRIAS (XIII)
A Estudantina Académica de Coimbra surgiu originalmente em 1888, na sequência da visita a Coimbra da Tuna de Santiago de Compostela, que impulsionou um grupo de estudantes a constituir-se como grupo académico.
Quase 100 anos depois, em 1984, novo grupo de 15 estudantes universitários, decidiu recuperar o espírito dessa “velha” Estudantina. Nascia assim – incluída na “Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra” – a EUC – Estudantina Universitária de Coimbra (primeiro grupo do género a ressurgir em Portugal), que subiria pela primeira vez ao palco em Póvoa de Lanhoso, para, em 1985, ter grande sucesso no Sarau da Queima das Fitas.
A partir daí, a EUC correu Portugal e o mundo, actuando em Espanha (em que se destaca a participação das comemorações oficiais do Dia de Portugal na EXPO 92, em Sevilha), França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Suíça, Itália (a propósito da visita oficial do Presidente da República, Mário Soares), Finlândia, Luxemburgo, São Tomé e Príncipe, Porto Rico, Peru e Cabo Verde.
Em 1990, seria agraciada com a medalha de Mérito do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Editou já três discos: “Estudantina Passa” (1989), “Canto da Noite” (1992) e “Portugal Total” (1998), compreendendo alguns temas originais da própria Estudantina, sendo os restantes orquestrados pelo grupo.
Vem assumindo o papel de divulgação do património musical e cultural de Coimbra, integrando no seu repertório peças de autores coimbrãos de estilos tão variados como o fado ou peças corais eruditas.
A Estudantina Universitária de Coimbra organiza anualmente o FESTUNA – Festival Internacional de Tunas de Coimbra, tendo também editado discos resultantes de gravações deste Festival.
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