Archive for 7 Abril, 2005
BRASIL (IX)
Por decreto de 24 de Abril de 1821, o governo do Rio de Janeiro ficava subordinado directamente a Lisboa, restringindo-se ainda a autoridade do Príncipe Regente apenas ao Rio de Janeiro. Pretendia-se ainda reafirmar os privilégios comerciais portugueses, em detrimento dos comerciantes estrangeiros, nomeadamente dos ingleses. Em Setembro, seriam novamente transferidos para Lisboa alguns dos órgãos administrativos que haviam sido instalados no Brasil aquando do exílio da família real, determinando-se ainda (em Dezembro, por ordem expressa de Lisboa) o regresso de D. Pedro a Portugal.
A insatisfação cresceria no Brasil, renascendo as aspirações separatistas, ao mesmo tempo que se desencadeavam manifestações de protesto contra o regresso do Príncipe a Lisboa. As forças políticas brasileiras uniam-se para obstar ao regresso de D. Pedro, recolhendo, em abaixo-assinado, 8 000 assinaturas, solicitando-lhe que ficasse no Brasil. Apesar de instado a regressar a Portugal, a 9 de Janeiro de 1822, D. Pedro afirmaria o “Fico”, recusando-se a cumprir as ordens das Cortes: “Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto, diga ao povo que fico” – tal sinal de “desobediência” marcaria decisivamente o início do processo de separação.
Subsistiam contudo algumas vozes que se questionavam sobre a pertinência da independência, recordando a formação da primeira república negra (no Haiti) e receando a eventual desagregação do Brasil, à semelhança do que ocorrera na “América espanhola”. Por outro lado, surgiam defensores da formação de uma “Assembleia Constituinte”, como órgão representativo do povo brasileiro, o que viria a concretizar-se em Junho, originando decretos de revogação a partir das Cortes de Lisboa.
Continuava a haver sentimentos contraditórios: a par da vontade de auto-determinação, subsistia a vontade de união dos dois Reinos. A ideia da separação definitiva cresceria à medida que as Cortes de Lisboa procuravam reduzir a autoridade do Príncipe.
Não obstante, em Maio de 1822, D. Pedro havia já determinado que nenhum decreto das Cortes seria cumprido no Brasil sem a sua prévia aprovação, após o que (em Agosto) declararia inimigas eventuais tropas portuguesas que viessem a desembarcar no Brasil.
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LUAR NA LUBRE
– “Tu Gitana”
Regressa hoje o 15º Intercéltico do Porto, com o seguinte programa:
07.04.05 – Porto – Quadrilha e Susana Seivane
07.04.05 – Lisboa – Danú
08.04.05 – Porto – Galandum Galundaina e North Cregg
08.04.05 – Lisboa – Luar na Lubre
08.04.05 – Arcos de Valdevez – Quadrilha
08.04.05 – Montemor-o-Novo – Danú
09.04.05 – Porto – Xarabanda e Danú
09.04.05 – Arcos de Valdevez – North Cregg
09.04.05 – Montemor-o-Novo – Luar na Lubre
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TUNAS UNIVERSITÁRIAS (IV)
A Magna Tuna Cartola é, oficialmente, um Núcleo Cultural da Associação Académica da Universidade de Aveiro.
Foi fundada em 1993, tendo por objectivo fazer da universalidade da música a sua forma de relação social entre povos e culturas.
Desde então, proporciona aos estudantes da Universidade de Aveiro um relacionamento lúdico com a música, permitindo-lhes aprender a tocar um instrumento, escrever, compor e interpretar músicas.
Baseia a sua actividade numa sátira da vida por via da música, com o grande sucesso da “Cartola’s Band”.
Os “Cartolas” gravaram já dois álbuns, tendo conquistado dezenas de prémios, nas mais diversas categorias, tendo actuado também no estrangeiro, em Espanha, França, Suíça, Holanda e Alemanha.
O seu repertório compreende nomeadamente os seguintes temas: Perdidamente, Macho Português, Serenata, Triste História e Meia Noite às Quatro.
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