Archive for 22 Abril, 2005
INDEPENDÊNCIAS SUL-AMERICANAS (IV)
A reacção absolutista de 1814 manifesta-se com o regresso ao poder de Fernando VII, que ignora a Constituição Liberal de 1812, inaugurando uma política de “pacificação” da América, o que culminaria numa resposta americana (dominada pela burguesia crioula), com a propagação dos ideais independentistas, a partir do Vice-Reino de Nova Granada e no Vice-Reino do Prata, transformando-se em “Guerras patrióticas de libertação”, iniciadas em dois sentidos:
(i) a partir do Norte, lideradas por Simão Bolívar, expulsando os espanhóis da Colômbia, Venezuela e do Equador;
(ii) a partir do Sul, sob o comando de San Martín, libertando a Argentina, o Chile e o Peru; a vitória de Ayacucho, em 1824, colocaria termo ao domínio espanhol na América.
O movimento liberal espanhol de 1820 voltaria a impor a Constituição de 1812, impedindo a vontade real de enviar fortes contingentes militares para novamente “pacificar” a América.
Alcançada a independência, surgiu a necessidade de organização, colocando-se como questão prévia prioritária resolver o problema das nacionalidades: criar uma única ou várias nações?
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TUNAS UNIVERSITÁRIAS (XV)
A fechar esta viagem de três semanas pelas Tunas Universitárias portuguesas, permitam-me concluir com uma Tuna de Tomar!…
Foi em 2000 que alguns trovadores do Grupo de Serenatas “Os Rosas Negras” tomaram a iniciativa de formar a Tuna Templária do Instituto Politécnico de Tomar, tendo por objectivo perpetuar as tradições académicas, estreitando relações com a população tomarense.
Nas suas próprias palavras, “Embriagados pela cor das tascas tomarenses, abençoados pelo Mestre Gualdim Pais e apaixonados pelas donzelas, razão da nossa existência, os Templários têm sido avistados a cantar e encantar por terras lusas, provando ainda o sabor de Espanha e França e as quentes lagoas açorianas”.
Contam também já com um CD editado, organizando ainda, desde 2002, o “Templário” – Festival Internacional de Tunas da Cidade de Tomar, um acontecimento periódico de prestígio e uma referência no panorama cultural de Tomar, certame que visa proporcionar à comunidade tomarense um espectáculo de destaque, com a presença de algumas das melhores Tunas nacionais e estrangeiras, a par de apresentar o Instituto Politécnico de Tomar como pólo dinamizador de tradições culturais e académicas.
A Tuna Templária apadrinhou também a ESTAtuna de Abrantes, tendo procedido à geminação com a Tuna de Veteranos de La Coruña.
Tem por lema, “Non nomine domine sed tuo da gloriam” (“Não por nós mas para que o teu nome tenha glória”).
O brazão da Tuna foi criado pelo Antigo Tuno André Braga: ao centro pode observar-se metade de uma cruz dos Templários fundida com um bandolim de cor dourada; do lado direito, a capa do traje académico, acompanhada pelo chapéu típico do Ribatejo de cor cinzenta; do lado esquerdo, uma cruz dos Templários a vermelho, e uma Cruz de Cristo a vermelho e branco no lado oposto; por cima as inscrições “Tuna Templária” a branco, e Instituto Politécnico de Tomar em baixo, igualmente em branco.
Do seu repertório destacam-se nomeadamente os seguintes temas: A Morte Saíu à Rua, Acordai (da autoria do grande compositor tomarense Fernando Lopes-Graça), Adeus, Tomar (música de Max, dedicada à cidade Templária), Camélias (música de revista estreada em 1928, uma das “memórias” da música ligeira portuguesa), Canção do Mar (versão do fado eternizado na voz da Amália), Coração de Papelão (música popular dos anos 60), Linda Cidade (original da Tuna, uma serenata dedicada à cidade de Tomar), Menina Que Não Disse Nada (original da Tuna), Ronda dos Templários (o “hino” da Tuna), Taska (música inspirada na “tasca da Sangria” em Cem Soldos, perto de Tomar), Varinas (fado sobre as Varinas de Lisboa) e Venezuela (música cantada em “Castelhano”).
P. S. Relação de algumas das Tunas Académicas em Portugal, com presença nas páginas da Internet:
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