Archive for Setembro, 2004
BEETHOVEN – OS CONCERTOS
Beethoven compôs cinco concertos para piano, um para violino e um tríplice, para violino, violoncelo e piano.
Os dois primeiros concertos para piano são bastante característicos da sua juventude, devendo grande parte da sua linguagem musical a Mozart.
O terceiro, composto em 1800, é uma obra de transição, com carácter mais sinfónico, sendo sério e pesado.
O Concerto no. 4, composto em 1806, daria um salto ainda maior; o seu movimento central, Andante con moto, alterna o lirismo romântico do piano com intervenções vigorosas da orquestra.
O último concerto para piano, conhecido como Imperador, viria a tornar-se o mais célebre; é uma obra majestosa, de carácter tão sinfónico como o terceiro concerto, mas menos trágico.
O concerto mais popular que escreveu foi o de Violino, uma das obras mais perfeitas escritas para esse instrumento.
Já antes o havia incluído no Concerto Tríplice, para piano, violino e violoncelo, herdeiro da sinfonia de concerto de Haydn e Mozart e percursor do Concerto Duplo de Brahms.
[1717]
SANTORINI (II)

O momento em que o visitante se aproxima da ilha – num navio que, é já de si, esplendoroso, um verdadeiro hotel de luxo, tranquilamente sulcando as águas do mar, percorrendo as 128 milhas que a separam do porto do Pireu em Atenas -, deixando atrás de si o ilhéu de Aspronisi e atravessando a Caldera, traduz-se numa experiência única!
A imensa ravina vermelha e negra impõe-se majestosamente perante os nossos olhos, numa imagem de uma rara e imponente beleza “selvagem”.
No topo da ravina, apercebemo-nos de uma faixa branca, a cidade de Phira, a capital da ilha, “suspensa entre o céu e o mar”, com o seu famoso teleférico, que transporta o visitante até ao “porto velho” (cujo percurso pode ser também feito a pé, por uma escadaria com 600 degraus… ou no dorso de um burro!), e as suas pequenas e estreitas ruelas, conduzindo ao típico mercado.
Depois de acostar, a impressionante subida da ravina, numa estrada serpenteante que parece não ter fim, com a “recompensa” da beleza da cidade de Oia (a 10 km de Phira), a mais bela da ilha, onde o pôr-do-sol – mergulhando sobre o mar – é outra experiência “imperdível”.

De visita obrigatória são também as inúmeras igrejas que povoam a ilha, com as suas cúpulas azuis, outra “imagem de marca” de Santorini.
Uma particularidade da ilha, com as suas construções implantadas na ravina, é que os edifícios “não têm altura, mas sim profundidade”.
Também a cerca de 10 km de Phira, a cidade de Kamari, com a sua bela praia, de areia negra, integrada num complexo turístico em contínuo desenvolvimento.
O ponto mais alto da ilha localiza-se em Pyrgos, a 8 km a sul de Phira, com a sua imponente fortaleza. No topo da montanha, o Convento do Profeta Ilias, construção do início do século XVIII.
Há 1 ano no Memória Virtual – Fernando Pessoa e os seus heterónimos / “Tabacaria”
[1716]
BEETHOVEN – AS SONATAS
As sonatas para piano – no total de 32 – constituíram uma espécie de “laboratório”, que lhe permitia fazia experiências, aproveitadas noutras formas.
Beethoven introduziu grandes inovações na estrutura da Sonata; incorporou novas formas (fuga e variação), mudou o número de movimentos e a sua ordem (colocando muitas vezes o movimento lento em primeiro lugar), aumentando a sua vertente emocional.
Entre as onze sonatas do primeiro período, a mais conhecida é a Opus 13, Patética, com a sua introdução dramática e o seu clima sombrio (com a maior parte dos seus temas em tom menor), culminando no seu emocionante e romântico adágio.
As sonatas mais conhecidas encontram-se no seu “segundo período”: a Opus 27, Ao Luar (famosa pelo adágio introdutivo), a Opus 53, Waldstein e a Opus 57, Appassionata.
Embora mais originais, as sonatas do último período são as menos populares. A Opus 106, Hammerklavier, de carácter monumental, é quase uma sinfonia para piano solo – imponente pela sua duração, plena de dificuldade técnica. Outras grandes obras-primas são as duas últimas, Opus 110 e 111, de carácter quase romântico.
[1715]
SANTORINI (I)

Santorini é uma pequena mas bela ilha grega, mundialmente conhecida, localizada no Sul das ilhas Cíclades, no Mar Egeu – sendo a sua designação oficial de Théra.
Com 75 km2, e cerca de 10 000 habitantes, tem uma extensão de 18 km, com uma largura entre 2 e 6 km.
Trata-se efectivamente de um pequeno arquipélago, constituído pela ilha maior, denominada Théra, em forma de “ferradura” (devido à submersão da parte central), pela vizinha Thirasia e por um pequeno ilhéu (Aspronissi), enquadrando duas outras pequenas ilhas (Palea Kameni e Nea Kameni), situadas no centro da grande bacia aquática, conhecida pelo nome de “Caldera” (uma das duas únicas no mundo), onde se localiza o famoso vulcão.
Trata-se de uma ilha cujo solo consiste em espessa lava vulcânica, que se ergueu do mar – na grande erupção de cerca de 1 500 A.C., cujas ondas de impacto atingiram até a ilha de Creta -, criando esta terra vermelha e negra, plena de precipícios, numa “falésia” deslumbrante, a pique sobre o mar.
A sua paisagem, as cores da terra e do mar, a sua abundante luminosidade e a limpidez do horizonte, de que se pode aproveitar nos inúmeros hotéis, restaurantes e bares instalados na encosta proporcionam um ambiente único, “paraíso” nomeadamente para casais em “lua-de-mel”, numa vista de “tirar o fôlego”.
Há 1 ano no Memória Virtual – “Mensagem” – Fernando Pessoa
[1714]
TOMAR – "NOVA CASA"
Após 6 meses instalado na plataforma de “blogues” do “Sapo”, chegou o momento de o Tomar se transferir para uma “nova casa”…
A partir de hoje, o Tomar passa a fazer parte da “comunidade weblog.com.pt”, actualmente a melhor plataforma portuguesa de “blogues”.
Convido-o a visitar o Tomar na sua “nova casa”, agora em http://tomar.weblog.com.pt.
[1713]
BEETHOVEN – OBRA (II)
A primeira fase corresponderia às obras escritas entre 1792 e 1800, ou seja, as primeiras peças publicadas, já em Viena, incluindo, por exemplo, os trios do Opus 1, a Sonata Patética, os dois primeiros Concertos para piano e a Primeira Sinfonia, obras ainda tradicionais, embora já com algum cunho pessoal.
A segunda, correspondente ao período de 1800 a 1814, de plena maturidade, marcado pela surdez e pelas decepções amorosas, é caracterizada por obras como a Sinfonia Heróica, a Sonata ao Luar e os dois últimos Concertos para piano.
A última fase, de 1814 a 1827, já completamente surdo, seria o período das obras monumentais, a par das grandes inovações: a Nona Sinfonia, a Missa Solene e os últimos Quartetos de cordas.
A obra de Beethoven alargou-se a todos os géneros musicais da sua época: compôs uma ópera, Fidelio; música para teatro (destaque para a abertura Egmont); ballet (As Criaturas de Prometeu), oratório (Cristo no Monte das Oliveiras), missas (destacando-se a Missa Solene), variações (notórias as variações de Diabelli). Mas viria a ser universalmente conhecido pelos quatro grandes ciclos dedicados às formas clássicas: as Sonatas, os Concertos, os Quartetos de cordas e as Sinfonias.
[1712]
REVISTA DA SEMANA
Visão (9 Setembro)
“Foi há três anos – 11 de Setembro de 2001. Três anos após o assustador atentado terrorista contra o coração dos Estados Unidos, é tempo de recordar e repensar tudo o que tem sido feito. Será que é possível vencer o terror? E de que forma?
CIA analisa video da Al Qaeda – Nas vésperas do terceiro aniversário do 11 de Setembro, a televisão Al-Jazira divulgou um novo vídeo onde o número dois da organização de bin Laden afirma que «os Estados Unidos estão à beira da derrota, tanto no Iraque como no Afeganistão»
Barco do aborto de regresso à Holanda – A «Women on Waves» voltou a pedir autorização para atracar, mas como o pedido foi rejeitado, a embarcação seguiu viagem. A Associação Maternidade e Vida diz que iniciativa foi um fracasso total; as ONG’s da plataforma que trouxe o «Borndiep» a Portugal agradecem o contributo para o debate sobre a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez.
Manoel de Oliveira, Leão de Ouro – O realizador português Manoel Oliveira recebe o prémio máximo do Festival Internacional de Cinema de Veneza, em itália, que na 61ª edição consagra a sua longa carreira e o contributo para o cinema
10 milhões pelo líder da guerrilha – Os serviços secretos russos estão a oferecer uma choruda recompensa por informações que permitam neutralizar os líderes rebeldes chechenos. Há já dois nomes acusados de estarem envolvidos no caso do sequestro da escola na Ossétia do Norte.”
Há 1 ano no Memória Virtual – “Mensagem” – Fernando Pessoa
[1711]
9/11
Há 3 anos, o mundo mudou… vão ser precisos muitos mais anos para que volte a ser como era antes; para que a sombra do terror, do medo, da desconfiança, deixe de toldar os nossos horizontes.
Há 1 ano no Memória Virtual – 11.09.01
[1710]
BEETHOVEN – OBRA (I)
Beethoven é reconhecido como o grande elemento de transição entre o Classicismo e o Romantismo. Toda a sua obra é fruto da sua personalidade sonhadora e melancólica, um tanto épica, e verdadeiramente romântica.
Não abandonou contudo as formas clássicas herdadas de Mozart e do seu “mestre” Haydn. Não obstante, foi capaz de alargar as fronteiras da arte, inovando através de um processo gradual, que acabaria por culminar em obras como os últimos Quartetos de cordas, radicalmente distantes dos de Mozart.
O estilo de Beethoven tem características marcantes: grandes contrastes de dinâmica (pianíssimo vs. fortíssimo) e de registo (grave vs. agudo), acordes densos, alterações de compasso, temas curtos e incisivos, vitalidade rítmica.
Os especialistas costumam dividir a sua obra em três fases, seguindo a linha definida pelo musicólogo Wilhelm von Lenz.
P. S. Naturalmente, estas notas (como todas as restantes relativas às várias personalidades que por aqui vão “passando”) foram preparadas a partir de pesquisa de um vasto conjunto de bibliografia escrita e páginas na Internet. Não tenho portanto qualquer problema em referenciar os créditos respectivos no caso em que a informação decorra especificamente de uma determinada fonte em concreto; no presente caso, apesar de não me recordar de ter recolhido informações nesta página – este texto foi inicialmente escrito em Dezembro de 2003, e este P. S. é escrito no final de Outubro de 2004 -, é com prazer que faço referência à página da “Allegro“, uma interessante página sobre música.
[1709]



