MITOLOGIA GRECO-ROMANA (II)
Desde tempos imemoriais, Caos foi a divindade primária, que gerou a Noite (deusa das trevas) e Érebo, que formando um casal, gerariam Éter e Dia; estes, também formando um novo casal, seriam pai e mãe de Urano.
Urano, desposaria Titéia (também conhecida como Gaia), nascida imediatamente depois do Caos, e que seria a divindade suprema, deusa-mãe, adorada pelos povos agricultores; teria 45 filhos (dos quais 18 da esposa Gaia, sendo os restantes de várias outras mulheres), de que se destacam Titã, Cronos (Saturno) e Oceano.
Cronos, filho de Urano e de Gaia, viria a tomar o trono do pai, desposando a irmã Réia, cujo culto se destacou particularmente em Creta e em Atenas, associada à “Grande-Mãe” cretense, símbolo da terra, enlace de que nasceriam seis filhos (os deuses de “primeira ordem”): Héstia, Deméter, Hera, Hades, Poséidon e Zeus. Os romanos viriam posteriormente a identificar Réia com a divindade oriental Cibele, mãe dos deuses.
Zeus (Júpiter, para os Romanos), o deus supremo do panteão do Olimpo, rei dos deuses e dos homens, era portanto filho de Réia e de Cronos (deus do tempo – Saturno para os Romanos), tendo sido ocultado pela mãe numa gruta no monte Ida em Creta – onde seria amamentado com leite de cabra pela ninfa Amalteia –, de forma a evitar que Cronos o engolisse, como havia feito com todos os seus filhos (por receio de que se cumprisse a profecia de que um deles o destronaria); quando adulto, concretizando essa profecia, Zeus investiu contra o pai, obrigando-o a “vomitar” os seus irmãos, ainda vivos. Do seu culto faziam parte os Jogos Olímpicos da Antiguidade.
[1697]
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