JOGOS OLÍMPICOS – 2004 – ATENAS (IV)
Passando aos aspectos mais positivos, Portugal obteve na presente edição dos Jogos Olímpicos (da XXVIII Olimpíada), o melhor conjunto de resultados de sempre; apenas em 1984, Portugal conseguira alcançar 3 medalhas, então uma de ouro (Carlos Lopes, na Maratona) e duas de bronze (António Leitão, nos 5 000 metros, e Rosa Mota, na Maratona).
Para além das 3 medalhas (duas de prata, por Francis Obikwelu e Sérgio Paulinho e uma de bronze, por Rui Silva), os participantes portugueses alcançaram mais 10 classificações até ao 8º lugar, em 6 modalidades.
Em termos comparativos – e tendo em atenção uma classificação elaborada com base numa tabela de pontuação que atribui de 8 pontos ao vencedor até 1 ponto ao 8º classificado – Portugal obteve 44 pontos (resultando de dois 2º, um 3º, dois 5º, dois 6º, quatro 7º e dois 8º lugares) – ultrapassando pela primeira vez os 40 pontos -, face a apenas 30 pontos em Sidney, em 2000 (duas medalhas e seis classificações até ao 8º lugar); em 1996, em Atlanta, Portugal alcançara 35 pontos (duas medalhas e 7 classificações até à 8ª posição).
Começando pelos mais jovens, Vanessa Fernandes, Emanuel Silva e Nuno Merino.
Vanessa Fernandes (filha do grande campeão ciclista, exemplo ímpar de longevidade competitiva, Venceslau Fernandes), apenas com 18 anos, concluiu a prova do Triatlo no 8º lugar, depois de ser 5ª na prova de corrida; faltou-lhe um melhor desempenho na prova de bicicleta (em que se “limitou” a integrar o “pelotão”) para poder chegar mais longe.
Emanuel Silva, também de 18 anos, atingiu o 7º lugar na prova de K1000 (Canoagem), num excelente desempenho, premiado com a outorga do papel de porta-estandarte português na cerimónia de encerramento.
Nuno Merino, jovem ginasta tomarense, de 24 anos, foi 6º classificado na prova de Trampolim.
Fora dos 8 primeiros, mas também uma jovem de grande potencial é a atleta Naide Gomes, de origem são-tomense (Heptatlo), também com 24 anos, já este ano campeã mundial em pista coberta.
Para estes jovens, em “início de carreira”, os Jogos “a sério” serão os de Pequim, em 2008, implicando os necessários apoios à sua progressão, mas sem a pressão da “obrigação” de conquista de medalhas, que ninguém nunca, em nenhuma modalidade, pode antecipadamente garantir.
Há 1 ano no Memória Virtual – Carlos Lopes
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