O VÍCIO DOS “BLOGUES” (III)
3 Outubro, 2003 at 8:37 pm 1 comentário
Finalmente, temos a outra faceta (o “reverso da medalha”): o “vício” de ler os outros “blogues”, nomeadamente no sentido da necessidade de conhecimento dos outros e da procura de partilha da pertença a um grupo. Para que o “bloguista” possa sentir-se integrado nesta espécie de “comunidade”, tem absoluta necessidade de saber quais os temas que se “discutem” em cada dia, de forma a que lhe seja possível fazer o intercâmbio de ideias e participar de forma activa nesse debate.
Acaba por se formar (implicitamente) um género de “tertúlia”, a que não queremos faltar; não obstante o anonimato de muitos “blogues”, vamos criando, aqui e ali, “amizades virtuais” com os autores com que mais nos identificamos e que, quase sem darmos por isso, acabamos por sentir a necessidade de visitar a cada dia que passa.
Cada vez mais (e à medida que a lista de “favoritos” se vai “adensando”), o “ovo de Colombo” traduzir-se-ia na “invenção” de uma forma de conciliar o “vício” com o (escasso) tempo disponível (isto para além de todas as outras actividades prioritárias, desde logo as profissionais, mas também o tempo para a família, para os amigos, para ler, para ir ao cinema ou ao futebol, finalmente, até para ver televisão…).
P. S. A propósito do “vício”, leia-se esta “entrada” do Desejo Casar!!!
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1.
claudia bia | 22 Novembro, 2003 às 10:13 pm
Leonel, prometi e vim ler tudo… há alguns meses, mandei uma espécie de questionário para alguns blogueiros que conhecia, já, no começo da minha blog-vida… a experiência de alguns deles, que acabou sendo a minha, é que a gente começa escrevendo para si, sobre si, sem muito compromisso. E logo quer ser lido e passa a escrever para os outros. Dentro de linhas e temas pessoais, mas querendo resposta. Daí os comentários serem tão importantes. Um dia com o sistema de comentários fora do ar enlouquece os usuários!
Até aí, é normal, humano, e eu me pego querendo que as revistas (as de papel, mesmo) fossem interativas, para que eu pudesse comentar assim que leio alguma matéria ou carta de leitor. A gente passa a ter uma nova maneira de lidar com a palavra escrita, o que é bom, pode ser o começo do final da ditadura da imprensa. Talvez…
O que mais me impressiona, por outro lado, é o reflexo captado das pessoas. Nunca vou compreender quem acha que a “vida virtual” não é vida. Amizades, ciúmes, conflitos… tudo representado nos círculos que se formam, para o bem e para o mal. Além da auto-obrigação de publicar e de ler blogs, a gente passa a acompanhar afinidades e antipatias, nas entrelinhas ou explicitadas, mesmo. Somos humanos sempre, online ou offline! E já escrevi demais aqui, desculpa! Um beijo!
claudia bia | Homepage | 10.06.03 – 11:14 pm | #