Archive for 23 Outubro, 2003
PROPINAS (I)
.De manhã, estavam uns 10 a tomar conta do cadeado. À tarde, eram 4. Contudo, a Universidade paralisou. Os funcionários não puderam marcar o ponto mas penso que terão a falta justificada. Os professores não puderam dar aulas nem trabalhar nas papeladas que também fazem parte do ofício, mas vão receber o salário na mesma..
Este texto foi publicado ontem no Blogue dos Marretas, retrata a situação vivida na UBI . Universidade da Beira Interior, onde os ditos .Marretas. são professores, e relaciona-se com a .contestação anti-propinas..
Mais adiante, afirma-se: ..Mas como são os jovens, o futuro da nação, a elite que nos vai governar, deixa-se os meninos brincar às greves e impor a vontade de (quantos? 1%?, 0.5% do corpo discente?) algumas dúzias de patetas hiperactivos a uma comunidade inteira…
Talvez seja interessante referir que, apesar de toda esta contestação, as propinas pagas em Portugal (com limites anuais entre cerca de 460 e 850 euros) não se poderão considerar muito desfasadas da prática corrente nos países da União Europeia . mesmo tendo em conta o nosso poder de compra relativo.
Esses valores são bastante inferiores aos praticados, por exemplo, em Inglaterra, em que as propinas ultrapassam os 1 500 euros (encontrando-se em fase de análise a decisão de aumentos significativos).
Na Holanda, com propinas anuais próximas dos 1 500 euros, os estudantes beneficiam contudo de um sistema de crédito para liquidação desse montante.
Na Irlanda, embora a propina geral seja de apenas 670 euros, pode aumentar .drasticamente. até aos 4 000 ou 5 000 euros em alguns cursos.
Em Espanha e França, o valor das propinas é mais aproximado ao praticado em Portugal, oscilando, em termos médios, respectivamente entre 450 e 350 euros (em França, podem atingir até cerca de 900 euros).
O ensino superior é gratuito na Alemanha (equacionando-se a possibilidade de introdução de um sistema de propinas), Suécia, Dinamarca, Finlândia, Luxemburgo e Grécia.
Por fim, a título de curiosidade . o sistema de ensino não será directamente comparável . nos EUA, as propinas podem variar entre 7 000 euros até cerca de 30 000 euros!
Dado que este já vai longo, a minha opinião sobre esta problemática ficará para um próximo texto.
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OS MELHORES "BLOGUES" DO MUNDO (II)
– The Fray – Para quem não tem conhecimentos técnicos adequados para fazer o seu próprio “blogue”, mas que tem algo a contar, existe “The Fray”…
– Kingblind – “Música, arte e entretenimento”: música, notícias sobre a cena musical e… mais música. Inclui todo o tipo de material para amantes de música, incluindo “links” para “downloads” gratuitos.
– Winds of change – Um “blogue” que se focaliza em assuntos “globais”; nos últimos tempos, falando muito de guerra, mas sempre a suscitar a reflexão; inclui “toneladas” de leituras.
– Open Sewer – Um dos favoritos absolutos; um bom “design”, com “boa” arte e muitos “links” a despertar a leitura. Inclui selecções de álbuns de arte e de escritores.
– Cagle’s Web Log – Hilariante colecção de satíricos “cartoons” de jornais e revistas, alguns pelo anfitrião; obrigatório ver! Permite seleccionar “cartoons” por tópicos.
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NOVOS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – ESTÓNIA (IV)
Nos anos 1970-80, o poder central soviético reforçou o controlo político e administrativo sobre a sociedade. Ao mesmo tempo, os índices económicos da Estónia excediam a média da Rússia Soviética, o nível de vida era mais alto e a República Soviética da Estónia foi apresentada como “a república exemplar”. Na transição das décadas de 70/80, o Partido Comunista da Estónia começou a fazer prevalecer o papel da língua russa e a limitar a utilização do estónio em várias áreas.
Em 23 de Agosto de 1987, em Tallinn, os dissidentes uniram-se na primeira manifestação política; a oposição legal e os intelectuais exigiram a autonomia económica. A chamada “revolução de canção” em 1988 despertou definitivamente a sociedade. Foi restaurada a bandeira nacional, a população foi orientada pela Frente Popular da Estónia que reuniu as multidões, cujo objectivo era democratizar gradualmente a sociedade, e com uma táctica gradual “step by step”, recuperar a independência.
No dia 16 de Novembro de 1988, o Conselho Supremo viu-se obrigado a aprovar a declaração de soberania que afirmou a supremacia da legislação estónia. Tal marcou o começo da desintegração nos métodos parlamentares da Rússia e da União Soviética. Pouco a pouco, a Estónia conseguiu o seu reconhecimento a nível internacional.
Nos anos 1988-91 a sociedade civil foi restaurada: houve eleições livres, foram instituidos vários partidos, facções políticas e novas organizações-associações, foi restabelecida a liberdade de imprensa.
Em 3 de Março de 1991, em referendo, 78% da população, 1/3 dos quais residentes não-nacionais, aprovaram a restauração da independência da Estónia. No dia 20 de Agosto de 1991, durante o distúrbio de intervenção armada do Exército Soviético, o Conselho Supremo da Estónia aprovou a declaração da independência do Estado – a República da Estónia. Em 17 de Setembro de 1991, a Estónia foi aceite na Organização das Nações Unidas.
Em 1994, as tropas russas retiraram finalmente da Estónia. Em 1997, tiveram início as negociações tendo em vista a adesão à União Europeia.
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UNIÃO EUROPEIA – 1956
A Alta Autoridade CECA confirma o princípio da livre circulação dos produtos siderúrgicos importados de países terceiros na Comunidade.
É aprovado o .Relatório Spaak.. Os Ministros dos Negócios Estrangeiros, reunidos em Veneza, decidem iniciar negociações intergovernamentais para a conclusão de dois Tratados que instituem uma Comunidade Económica Europeia e um Comunidade Europeia da Energia Atómica.
Em Junho, são iniciadas em Bruxelas as negociações para a elaboração dos textos que instituem a CEE e o Euratom.
P. S. Faltam 2 dias…
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1956 – FUNDAÇÃO GULBENKIAN
“A Gulbenkian inicia oficialmente as suas actividades, depois de ter sido instituída, por disposição testamentária, três anos antes”.
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1956 – REVOLUÇÃO HÚNGARA
“Estudantes e trabalhadores manifestam-se em Budapeste pelos direitos humanos e a retirada das tropas soviéticas. O exército da URSS sufoca a revolta, morrendo 25 mil húngaros e sete mil soviéticos”.
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