Archive for Junho, 2006
MUNDIAL 2006 – GRUPO F – 3ª JORNADA

1-4
Yoshikatsu Kawaguchi, Hidetoshi Nakata, Mitsuo Ogasawara (56m – Koji Nakata), Shunsuke Nakamura, Seiichiro Maki (60m – Naohiro Takahara; 66m – Masashi Oguro), Alessandro Santos, Junichi Inamoto, Keisuke Tsuboi, Keiji Tamada, Akira Kaji e Yuji Nakazawa
Dida (82m – Rogério Ceni), Lúcio, Juan, Kaká (71m – Zé Roberto), Ronaldo, Ronaldinho (71m – Ricardinho), Cicinho, Gilberto, Gilberto Silva, Juninho Pernambucano e Robinho
Mesmo “gordo” e lento, Ronaldo, o “fenómeno” continua a marcar golos; com os dois que alcançou hoje, entra na história, ao igualar o alemão Gerd Muller como melhor marcador de sempre dos Campeonatos do Mundo!
Ambos somam 14 golos (com o alemão a marcar 10 golos em 1970 e 4 em 1974; Ronaldo marcara 4 golos em 1998 e 8 em 2002, soma agora os primeiros 2 golos na presente edição da prova). Seguem-se-lhe:
– Fontaine (recordista numa só edição, com 13 golos em 1958);
– Pelé, com um total de 12 golos (6 em 1958, 1 em 1962, 1 e 1966 e 4 em 1970);
– Klinsmann (o actual seleccionador alemão, com 11 golos – 3 em 1990 e 1998 e 5 em 1994) e
– o húngaro Kocsis (11 golos em 1954); e, com 10 golos,
– o argentino Batistuta (4 em 1994, 5 em 1998 e 1 em 2002),
– o peruano Cubillas (5 em 1970 e 1978),
– o polaco Lato (7 em 1974, 2 em 1978 e 1 em 1982),
– o inglês Lineker (6 em 1986 e 4 em 1990) e
– o alemão Rahn (4 em 1954 e 6 em 1958).
Eusébio marcou 9 golos no Mundial de 1966; por fim, destaque ainda – entre os jogadores em actividade – para o alemão Miroslav Klose, que atingiu também já os 9 golos (somando, já na presente edição da prova, 4 golos, aos 5 que marcara em 2002).
Nesta partida, o Brasil, mesmo sem imprimir grande velocidade dominou e teve, desde início, sucessivas oportunidades, pelo menos duas delas negadas por brilhantes defesas do guarda-redes japonês.
Os nipónicos, jogando com alegria, surpreenderiam, ao inaugurar o marcador; o Brasil demorou então alguns minutos a recompor-se, mas o empate chegaria no momento exacto, mesmo em cima do termo do primeiro tempo.
Na segunda parte, a selecção brasileira rapidamente “arrumou” a questão, com 2 golos em poucos minutos. A partir do 3-1, o jogo “acabou”, com o Brasil a começar a pensar nos 1/8 Final (contra a difícil equipa do Ghana!), enquanto que os japoneses estavam já conformados com a irreversibilidade da eliminação… e da derrota no encontro.
1-0 – Keiji Tamada – 34m
1-1 – Ronaldo – 45m
1-2 – Juninho Pernambucano – 53m
1-3 – Gilberto – 59m
1-4 – Ronaldo – 81m
Melhor jogador – Ronaldo (Brasil)
Amarelos – Akira Kaji (40m); Gilberto (44m)
Árbitro – Eric Poulat (França)
Dortmund (20h00)

2-2
Stipe Pletikosa, Darijo Srna, Josip Simunic, Igor Tudor, Dario Simic, Marko Babic, Dado Prso, Niko Kovac, Stjepan Tomas (83m – Ivan Klasnic), Ivica Olic (74m – Luka Modric) e Niko Kranjcar (65m – Jerko Leko)
Zeljko Kalac, Lucas Neill, Craig Moore, Tim Cahill, Jason Culina, Brett Emerton, Mark Viduka, Harry Keweell, Vince Grella (63m – John Aloisi), Scott Chipperfield (75m – Joshua Kennedy) e Mile Sterjovski (71m – Marco Bresciano)
A segunda “surpresa” do dia é a da qualificação da equipa da Austrália, em detrimento da Croácia, que, depois da R. Checa e da Polónia, é mais uma das desilusões da prova, não tendo sequer logrado vencer uma partida.
Já a equipa australiana tinha começado por mostrar uma excelente ponta final no jogo com o Japão, a que se seguiu uma boa resposta frente ao Brasil.
No encontro de hoje, necessitando de atingir o empate, teve de “correr atrás do prejuízo” praticamente desde o início (entrando a perder, logo desde o segundo minuto).
Bem orientada por Guus Hiddink (que conduzira já a Coreia do Sul até às 1/2 Finais no Mundial de 2002), e com um bom conjunto de jogadores, a Austrália acabou por justificar a qualificação, defrontando agora a Itália.
1-0 – Darijo Srna – 2m
1-1 – Craig Moore – 38m (g.p.)
2-1 – Niko Kovac – 56m
2-2 – Harry Kewell – 79m
Melhor jogador – Harry Kewell (Austrália)
Amarelos – Dario Simic (32m), Igor Tudor (38m), Josip Simunic (62m), Stipe Pletikosa (70m) e Simunic (90m); Brett Emerton (81m)
Vermelhos – Dario Simic (85m) e Simunic (90m); Brett Emerton (87m)
Árbitro – Graham Poll (Inglaterra)
Stuttgart (20h00)
MUNDIAL 2006 – GRUPO E – 3ª JORNADA

0-2
Petr Cech, Zdenek Grygera, Radoslav Kovac (78m – Marek Keinz), Marek Jankulovski, Karel Poborsky (46m – Jiri Stajner), Tomas Rosicky, Pavel Nedved, Milan Baros (64m – David Jarolim), Jan Polak, Jaroslav Plasil e David Rozehnal
Gianluigi Buffon, Fabio Grosso, Fabio Cannavaro, Gennaro Gattuso, Francesco Totti, Alberto Gilardino (60m – Filippo Inzaghi), Alessandro Nesta (17m – Marco Materazzi), Mauro Camoranesi (74m – Simone Barone), Gianluca Zambrotta, Simone Perrotta e Andrea Pirlo
Está consumada a maior surpresa deste Mundial até ao momento: a eliminação da R. Checa, talvez a equipa que mais impressionara no EURO 2004… e uma das que mais “dera nas vistas” na 1ª jornada deste Campeonato do Mundo.
A Itália, como vencedora do grupo, defrontará o 2º classificado do Grupo F, possivelmente a Austrália ou Croácia.
0-1 – Marco Materazzi – 26m
0-2 – Filippo Inzaghi – 87m
Melhor jogador – Marco Materazzi (Itália)
Amarelos – Jan Polak (35m); Gennaro Gattuso (31m)
Vermelho – Jan Polak (45m)
Árbitro – Benito Archundia (México)
Hamburg (15h00)

2-1
Richard Kingson, John Mensah, Illiasu Shilla, Michael Essien, Derek Boateng (46m – Otto Addo), Stephen Appiah, Habib Mohamed, Matthew Amoah (59m – Eric Addo), John Pantsil, Razak Pimpong e Haminu Draman (80m – Alex Tachie-Mensah
Kasey Keller, Carlos Bocanegra, Steve Cherundolo (61m – Eddie Johnson), Eddie Lewis (74m – Bobby Convey), Clint Dempsey, Claudio Reyna (40m – Ben Olsen), Jimmy Conrad, Marcus Beasley, Brian Mc Bride, Landon Donovan e Oguchi Onyewu
E eis que surge a “rápida e ágil” selecção do Ghana a “salvar a honra” africana, conseguindo um inédito e histórico apuramento para os 1/8 Final… onde se espera que venha a proporcionar espectáculo, provavelmente contra o Brasil.
1-0 – Haminu Draman – 22m
1-1 – Clint Dempsey – 43m
2-1 – Stephen Appiah – 45m
Melhor jogador – Stephen Appiah (Ghana)
Amarelos – Michael Essien (5m), Illiasu Shilla (32m), John Mensah (81m) e Stephen Appiah (90m); Eddie Lewis (7m)
Árbitro – Markus Merk (Alemanha)
Nuremberg (15h00)
AVATARES DE UM DESEJO / A RÁDIO EM PORTUGAL
Parabéns ao Bruno por 3 anos de “Registos confessionais, pseudo-antropologicos e quasi-antropologicos”, no Avatares de um desejo, uma visita diária “obrigatória”!
Parabéns também ao Jorge Guimarães Silva, igualmente pelo 3º aniversário do “A Rádio em Portugal“.
FESTA DOS TABULEIROS (VII)
“Por isso, mais do que atribuir, de forma determinada, a origem da Festa Grande de Tomar à transposição de festas romanas, ou árabes, ou godas, para a região paradisíaca do Vale do Nabão, será mais conforme com a realidade da História na subsistência da tradição popular, assentar a origem dos tabuleiros nos tempos imemoriais dos primeiros habitantes deste lugar privilegiado que, deslumbrados pela abundância e fartura da terra na prodigalidade da Mãe Natureza, lhe ofereciam as primícias das colheitas em preito de homenagem, em mostra de gratidão, em penhor de continuidade, que as gentes das tribos primitivas transmitiram aos posteriores ocupantes celtas, lusitanos, romanos, árabes, godos e portugalenses, em práticas e ritos sucessivamente adaptados, mas cujas raízes se mantiveram, intactas, na intervenção pagã e festiva, temperada tardiamente pelo culto cristão da Idade do Paráclito.
[…]
Sabe-se que os tabuleiros, de início, não se conformavam com o seu aspecto actual.
Seriam simples cestos, de alguma forma ornamentados, que as raparigas transportariam à cabeça e neles, as ofertas votivas.
Como ainda hoje se vê por tantas partes do nosso país.
De modo singular o tabuleiro tomarense evoluiu, naturalmente, no sentido de um constante refinamento de armação e de magnificência; com o tempo foi ganhando altura, com a altura formosura e com a formosura, beleza.”
“Como começaram as Festas dos Tabuleiros”, J. A. Godinho Granada, “O Templário”, 16.06.05
MUNDIAL 2006 – 1/8 FINAL – 1/4 FINAL – 1/2 FINAIS – FINAL
1/8 FINAL 1/4 FINAL 1/2 FINAIS FINAL
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MUNDIAL 2006 – RESULTADOS E CLASSIFICAÇÕES
GRUPO A Jg V E D G Pt Alemanha-Costa Rica…4-2
1 Alemanha3 3 – – 8-2 9 Polónia-Equador…….0-2
2 Equador3 2 – 1 5-3 6 Alemanha-Polónia……1-0
3 Polónia3 1 – 2 2-4 3 Equador-Costa Rica….3-0
4 Costa Rica3 – – 3 3-9 – Equador-Alemanha……0-3
Costa Rica-Polónia….1-2
GRUPO B Jg V E D G Pt Inglaterra-Paraguai…1-0
1 Inglaterra3 2 1 – 5-2 7 Trinidad-Suécia…….0-0
2 Suécia3 1 2 – 3-2 5 Inglaterra-Trinidad…2-0
3 Paraguai3 1 – 2 2-2 3 Suécia-Paraguai…….1-0
4 Trinidad T.3 – 1 2 0-4 1 Suécia-Inglaterra…..2-2
Paraguai-Trinidad…..2-0
GRUPO C Jg V E D G Pt Argentina-C. Marfim…2-1
1 Argentina3 2 1 – 8-1 7 Sérvia Mont.-Holanda..0-1
2 Holanda3 2 1 – 3-1 7 Argentina-Sérvia Mont.6-0
3 C. Marfim3 1 – 2 5-6 3 Holanda-C. Marfim…..2-1
4 Sérvia Mont.3 – – 3 2-10 – Holanda-Argentina…..0-0
C. Marfim-Sérvia Mont.3-2
GRUPO D Jg V E D G Pt México-Irão………..3-1
1 Portugal3 3 – – 5-1 9 Angola-Portugal…….0-1
2 México3 1 1 1 4-3 4 México-Angola………0-0
3 Angola3 – 2 1 1-2 2 Portugal-Irão………2-0
4 Irão3 – 1 2 2-6 1 Portugal-México…….2-1
Irão-Angola………..1-1
GRUPO E Jg V E D G Pt Itália-Ghana……….2-0
1 Itália2 1 1 – 3-1 4 EUA-R. Checa……….0-3
2 R. Checa2 1 – 1 3-2 3 Itália-EUA…………1-1
3 Ghana2 1 – 1 2-2 3 R. Checa-Ghana……..0-2
4 EUA2 – 1 1 1-4 1 R. Checa-Itália…….—
Ghana-EUA………….—
GRUPO F Jg V E D G Pt Brasil-Croácia……..1-0
1 Brasil2 2 – – 3-0 6 Austrália-Japão…….3-1
2 Austrália2 1 – 1 3-3 3 Brasil-Austrália……2-0
3 Croácia2 – 1 1 0-1 1 Japão-Croácia………0-0
4 Japão2 – 1 1 1-3 1 Japão-Brasil……….—
Croácia-Austrália…..—
GRUPO G Jg V E D G Pt França-Suíça……….0-0
1 Suíça2 1 1 – 2-0 4 Coreia Sul-Togo…….2-1
2 Coreia Sul2 1 1 – 3-2 4 França-Coreia Sul…..1-1
3 França2 – 2 – 1-1 2 Togo-Suíça…………0-2
4 Togo2 – – 2 1-4 – Togo-França………..—
Suíça-Coreia Sul……—
GRUPO H Jg V E D G Pt Espanha-Ucrânia…….4-0
1 Espanha2 2 – – 7-1 6 Tunísia-A. Saudita….2-2
2 Ucrânia2 1 – 1 4-4 3 Espanha-Tunísia…….3-1
3 Tunísia2 – 1 1 3-5 1 A. Saudita-Ucrânia….0-4
4 A. Saudita2 – 1 1 2-6 1 A. Saudita-Espanha….—
Ucrânia-Tunísia…….—
MUNDIAL 2006 – GRUPO C – 3ª JORNADA

0-0
Edwin van der Sar, Kew Jaliens, Khalid Boulahrouz, Dirk Kuyt, Phillip Cocu, Ruud van Nistelroy (56m – Ryan Babel), Rafael van der Vaart, Andre Ooijer, Tim de Cler, Robin van Persie (67m – Denny Ladzaat) e Wesley Sneijder (86m – Hedwiges Maduro)
Roberto Annondanzieri, Roberto Ayala, Nicolas Burdisso (24m – Fabricio Coloccini), Esteban Cambiasso, Javier Mascherano, Juan Riquelme (80m – Pablo Aimar), Carlos Tevez, Gabriel Milito, Leandro Cufre, Maxi Rodriguez e Lionel Messi (70m – Julio Cruz)
Com o nulo registado nesta partida, a Argentina manteve o 1º lugar do Grupo, defrontando o México nos 1/8 Final. O adversário de Portugal será portanto a Holanda, 2ª classificada, no que constituirá uma “repetição” das 1/2 Finais do EURO 2004.
Melhor jogador – Carlos Tevez (Argentina)
Amarelos – Dirk Kuyt (28m), Andre Ooijer (42m) e Tim de Cler (48m); Esteban Cambiasso (57m) e Javier Mascherano (90m)
Árbitro – Luis Medina Cantalejo (Espanha)
Frankfurt (20h00)

3-2
Boubacar Bary, Arthur Boka, Didier Zoroka, Blaise Kouassi, Kader Keita (73m – Bonaventure Kalou), Arouna Koné, Kanga Akale (60m – Bakary Koné), Aruna Dindane, Cyrille Domoraud, Yava Touré e Emmanuel Eboué
Dragoslav Jevric, Ivan Ergic, Igor Duljaj, Goran Gavrancic, Nilkola Zigic (67m – Savo Milosevic), Dejan Stankovic, Predrag Djordjevic, Nenad Djordjevic, Milan Dudic, Mladen Krstajic (16m – Albert Nadj) e Sasa Ilic
A Sérvia e Montenegro – com uma excelente carreira na fase de apuramento para o Mundial – surge na Fase Final como uma equipa “descontrolada”; depois da goleada sofrida perante a Argentina, e quando a equipa parecia querer reagir e finalizar a prova com uma imagem diferente, acabou por ter um jogador expulso e permitir a reviravolta no marcador à Costa do Marfim (selecção em que se “apostava” num melhor desempenho – que, todavia, não lhe foi possibilitado, por via do poderio de Argentina e Holanda, duas das melhores seleções do Mundo), que assim obtém a sua única vitória na competição.
0-1- Nikola Zigic – 10m
0-2 – Sasa Ilic – 20m
1-2 – Aruna Dindane – 37m (g.p.)
2-2 – Aruna Dindane – 67m
3-2 – Bonaventure Kalou – 86m (g.p.)
Melhor jogador – Aruna Dindane (Costa do Marfim)
Amarelos – Kader Keita (33m), Cyrille Domoraud (41m) e Aruna Dindane (43m); Albert Nadj (17m), Milan Dudic (35m), Igor Duljaj (37m) e Goran Gavrancic (57m)
Vermelhos – Cyrille Domoraud (90m); Albert Nadj (45m)
Árbitro – Marco Rodriguez (México)
Munich (20h00)
MUNDIAL 2006 – GRUPO D – 3ª JORNADA

2-1
Ricardo, Miguel (61m – Paulo Ferreira), Fernando Meira, Ricardo Carvalho e Marco Caneira, Petit, Maniche, Figo (80m – Luís Boa Morte), Tiago, Simão Sabrosa e Hélder Postiga (69m – Nuno Gomes)
Oswaldo Sanchez, Carlos Salcido, Rafael Marquez, Ricardo Osorio, Pavel Pardo, Gonzalo Piñeda (69m – Jose Antonio Castro), Mario Mendez (80m – Guillermo Franco), Jose Fonseca, Omar Bravo, Francisco Rodriguez (46m – Zinha) e Luis Perez
A selecção de Portugal iniciou a partida apenas com as alterações “ditadas” pelos cartões amarelos, com as “meias-surpresas” de ser Marco Caneira a substituir Nuno Valente, enquanto Hélder Postiga ocupou o lugar habitual de Pauleta. Petit, Tiago e Simão Sabrosa voltaram a jogar, substituindo os “titulares” Costinha, Deco e Cristiano Ronaldo.
O México parecia entrar determinado, “em força”, quando, logo aos 6 minutos, praticamente na primeira jogada de ataque, Portugal chegou ao golo, por intermédio de Maniche, a cruzamento de Simão Sabrosa.

Foto – Associated Press
Os mexicanos continuaram na busca do golo… mas seria a equipa portuguesa a conseguir marcar novamente, por Simão Sabrosa, na conversão de uma grande penalidade.
E, quando a equipa mexicana parecia começar a acusar um certo “desnorte”, marcaria o seu golo.
A partir daí, Portugal perdeu a concentração e o México foi mais perigoso.
Num jogo com duas partes distintas, com Portugal a jogar “q.b.” na segunda metade, o México beneficiaria de uma grande penalidade (que Omar Bravo falhou); o mesmo Bravo desperdiçaria outra oportunidade… e, em paralelo, a equipa mexicana via-se reduzida a 10 unidades, assistindo-se então a uma fase de alguma desconcentração da selecção portuguesa.
Com o empate do Irão frente a Angola, entrou-se numa toada de expectativa, com ambas as equipas à espera do fim do jogo. Portugal garantia a vitória, num jogo em que o México talvez merecesse o empate.
Portugal viu o árbitro perdoar a expulsão a Miguel (no lance que originou a grande penalidade), mas Luís Boa Morte e Nuno Gomes (sem grandes prestações, à semelhança de Hélder Postiga) seriam penalizados com o cartão amarelo (tal como Maniche).
Sem fazer jogos brilhantes, Portugal vence o grupo, fazendo o “pleno”, com 3 vitórias, defrontando nos 1/8 Final o 2º classificado do Grupo C, a apurar hoje à noite. O México terá de defrontar o vencedor desse Grupo.
O Campeonato do Mundo “começa” agora…
1-0 – Maniche – 6m
2-0 – Simão Sabrosa – 24m (g.p.)
2-1 – Jose Fonseca – 29m
Melhor jogador – Jose Fonseca (México)
Amarelos – Miguel (26m), Maniche (69m), Luís Boa Morte (88m) e Nuno Gomes (90m); Francisco Rodriguez (22m), Luis Perez (27m), Rafael Marquez (65m) e Zinha (87m)
Vermelho – Luis Perez (61m)
Árbitro – Lubos Michel (Eslováquia)
Gelsenkirchen (15h00)

1-1
Ebrahim Mirzapour, Mehdi Mahdavikia, Sohrab Bakhtiarizadeh, Rahman Rezaei, Ferydoon Zandi, Vahid Hashemian (39m – Rasoul Khatibi), Ali Daei, Hossein Kaabi (67m – Arash Borhani), Andranik Teymourian, Mohammad Nosrati (13m – Masoud Shojaei) e Mehrzad Madanchi
João Ricardo, Jamba, Kali, Miloy, Figueiredo (73m – Rui Marques), Akwá (51m – Flávio), Mateus (23m – Love), Mendonça, Zé Kalanga, Loco e Delgado
Angola chegou a fazer a festa de marcar e de estar numa posição de vitória na partida, mas a possibilidade do apuramento pareceu sempre uma “miragem” distante, que terminou quando o Irão empatou.
Fica ainda assim um balanço positivo, na estreia, com 2 empates e o 3º lugar no Grupo.
0-1- Flávio – 60m
1-1 – Sohrab Bakhtiarizadeh – 75m
Melhor jogador – Zé Kalanga (Angola)
Amarelos – Mehrzad Madanchi (37m), Andranik Teymourian (55m) e Ferydoon Zandi (90m); Loco (22m), Mendonça (45m) e Zé Kalanga (67m)
Árbitro – Mark Shield (Austrália)
Leipzig (15h00)
PORTUGAL – MÉXICO – "ANTES DO JOGO"
O seleccionador nacional, Luís Felipe Scolari, anunciou já que os (5) jogadores portugueses punidos com cartões amarelos não iniciarão o jogo (Nuno Valente, Costinha, Deco, Cristiano Ronaldo e Pauleta), sendo de prever que venham a ser substituídos por Paulo Ferreira, Petit, Tiago, Simão Sabrosa e Nuno Gomes.
Já aqui o tinha escrito e reafirmo: em minha opinião, a selecção portuguesa só teria a ganhar se, no jogo de hoje, substituísse ainda mais jogadores (se possível, até os 11!).
Humberto Coelho fê-lo no EURO 2000, no terceiro jogo da fase grupos, jogando com a Alemanha com os “reservistas”, obtendo um resultado “esmagador” de 3-0, então com 3 golos de Sérgio Conceição.
Porque acho que Portugal deveria mudar por completo a equipa:
– porque o Mundial compreende (para quem chegar até ao fim…) 7 jogos em apenas 1 mês; que se transformam em 6 jogos nas últimas 3 semanas… e, neste momento, em 5 jogos em apenas 19 dias; é portanto fundamental fazer a “gestão de esforço” e, na medida do possível, preservar ao máximo a condição física dos elementos preponderantes da equipa;
– porque, obviamente, não faz sentido arriscar a que jogadores já com um cartão amarelo possam vir a ser suspensos para o jogo dos 1/8 Final;
– porque subsiste sempre o risco de lesões;
– porque se dará ritmo de jogo, e, sobretudo, confiança, aos jogadores menos utilizados – que, se integram o lote dos seleccionados, é porque têm valor para tal! -, assim reforçando também o espírito de grupo;
– porque esses jogadores terão a motivação extra de pretender “mostrar serviço”, afirmando-se como opções válidas para a titularidade na fase decisiva da competição;
– finalmente, porque o jogo com o México não é a partida essencial desta prova; nada nos garante que – mesmo na hipótese de perdermos o 1º lugar (o que, aliás, poderia acontecer mesmo se jogassem todos os habituais titulares…) – o adversário dos 1/8 Finais seja mais acessível; Argentina e Holanda apenas jogam às 20 horas, podendo, nomeadamente os argentinos “escolher” o adversário.
Aliás, não me parece de todo líquido que uma destas duas equipas possa ser considerado um opositor “preferencial”; nesta fase da competição, não valerá muito a pena pretender estar a fazer “escolhas”; Portugal tem de estar preparado para defrontar qualquer oponente. Por outro lado, numa perspectiva de evolução da prova, caso a selecção portuguesa vença o Grupo, teoricamente terá fortes probabilidades de – caso atinja essas fases mais avançadas – encontrar a Inglaterra nos 1/4 Final… e o Brasil nas 1/2 Finais.
Em conclusão, e em minha opinião, o jogo de hoje nada terá de decisivo e o risco de jogar com os habituais “suplentes” é mínimo.
Tem a palavra Scolari…
P. S. Os responsáveis da plataforma Weblog.com.pt anunciaram uma intervenção técnica para esta tarde, que privará os utilizadores de publicarem novos textos, devendo os blogues ficar inacessíveis durante um período que se espera seja o mais reduzido possível. O “acompanhamento” do Portugal-México ficará portanto condicionado por esta situação.
FESTA DOS TABULEIROS (VI)
“Tomar tem a originalidade de ter feito convergir a sua festa para o culto do Espírito Santo na concepção de Pentecostes, sem abdicar da herança naturalista milenar e pagã das origens.
Por isso, ante os nossos olhos felizes e comovidos e os olhos surpreendidos e extasiados de quem nos visita, assistimos hoje ao passar do longo e garrido cortejo onde as centenas de altos tabuleiros à cabeça das raparigas são um hino de cor e de alegria, entre espigas e flores, encimados por coroas que levam no topo a pomba do Espírito Santo ou a Cruz de Cristo, precedidas das coroas do Império e dos estandartes das irmandades por entre a vozearia do povo e a alacridade das músicas.
Tomar soube conservar e manter a tradição festiva herdada do paganismo celta e lusitano-romano e conciliá-la com o culto cristão do Espírito Santo.
Em moldes completamente diferentes se fixaram as festas do Espírito Santo iniciadas em Alenquer pelos reis Isabel e Dinis, estendidas pelo país fora e transportadas para as ilhas e ultramar, tal como ainda hoje se praticam em Sintra e nos Açores.”
“Como começaram as Festas dos Tabuleiros”, J. A. Godinho Granada, “O Templário”, 02.06.05



