FESTA DOS TABULEIROS (VI)
21 Junho, 2006 at 8:48 am Deixe um comentário
“Tomar tem a originalidade de ter feito convergir a sua festa para o culto do Espírito Santo na concepção de Pentecostes, sem abdicar da herança naturalista milenar e pagã das origens.
Por isso, ante os nossos olhos felizes e comovidos e os olhos surpreendidos e extasiados de quem nos visita, assistimos hoje ao passar do longo e garrido cortejo onde as centenas de altos tabuleiros à cabeça das raparigas são um hino de cor e de alegria, entre espigas e flores, encimados por coroas que levam no topo a pomba do Espírito Santo ou a Cruz de Cristo, precedidas das coroas do Império e dos estandartes das irmandades por entre a vozearia do povo e a alacridade das músicas.
Tomar soube conservar e manter a tradição festiva herdada do paganismo celta e lusitano-romano e conciliá-la com o culto cristão do Espírito Santo.
Em moldes completamente diferentes se fixaram as festas do Espírito Santo iniciadas em Alenquer pelos reis Isabel e Dinis, estendidas pelo país fora e transportadas para as ilhas e ultramar, tal como ainda hoje se praticam em Sintra e nos Açores.”
“Como começaram as Festas dos Tabuleiros”, J. A. Godinho Granada, “O Templário”, 02.06.05
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