Archive for 11 Junho, 2006
MUNDIAL 2006 – RESULTADOS E CLASSIFICAÇÕES
GRUPO A Jg V E D G Pt Alemanha-Costa Rica…4-2
1 Alemanha 1 1 – – 4-2 3 Polónia-Equador…….0-2
2 Equador 1 1 – – 2-0 3 Alemanha-Polónia……—
3 Costa Rica 1 – – 1 2-4 – Equador-Costa Rica….—
4 Polónia 1 – – 1 0-2 – Equador-Alemanha……—
Costa Rica-Polónia….—
GRUPO B Jg V E D G Pt Inglaterra-Paraguai…1-0
1 Inglaterra 1 1 – – 1-0 3 Trinidad-Suécia…….0-0
2 Trinidad T. 1 – 1 – 0-0 1 Inglaterra-Trinidad…—
2 Suécia 1 – 1 – 0-0 1 Suécia-Paraguai…….—
4 Paraguai 1 – – 1 0-1 – Suécia-Inglaterra…..—
Paraguai-Trinidad…..—
GRUPO C Jg V E D G Pt Argentina-C. Marfim…2-1
1 Argentina 1 1 – – 2-1 3 Sérvia Mont.-Holanda..0-1
2 Holanda 1 1 – – 1-0 3 Argentina-Sérvia Mont.—
3 C. Marfim 1 – – 1 1-2 – Holanda-C. Marfim…..—
4 Sérvia Mont. 1 – – 1 0-1 – Holanda-Argentina…..—
C. Marfim-Sérvia Mont.—
GRUPO D Jg V E D G Pt México-Irão………..3-1
1 México 1 1 – – 3-1 3 Angola-Portugal…….0-1
2 Portugal 1 1 – – 1-0 3 México-Angola………—
3 Angola 1 – – 1 0-1 – Portugal-Irão………—
4 Irão 1 – – 1 1-3 – Portugal-México…….—
Irão-Angola………..—
GRUPO E Jg V E D G Pt Itália-Ghana……….—
1 Itália – – – – — – EUA-R. Checa……….—
1 Ghana – – – – — – Itália-EUA…………—
1 EUA – – – – — – R. Checa-Ghana……..—
1 R. Checa – – – – — – R. Checa-Itália…….—
Ghana-EUA………….—
GRUPO F Jg V E D G Pt Brasil-Croácia……..—
1 Brasil – – – – — – Austrália-Japão…….—
1 Croácia – – – – — – Brasil-Austrália……—
1 Austrália – – – – — – Japão-Croácia………—
1 Japão – – – – — – Japão-Brasil……….—
Croácia-Austrália…..—
GRUPO G Jg V E D G Pt França-Suíça……….—
1 França – – – – — – Coreia Sul-Togo…….—
1 Suíça – – – – — – França-Coreia Sul…..—
1 Coreia Sul – – – – — – Togo-Suíça…………—
1 Togo – – – – — – Togo-França………..—
Suíça-Coreia Sul……—
GRUPO H Jg V E D G Pt Espanha-Ucrânia…….—
1 Ucrânia – – – – — – Tunísia-A. Saudita….—
1 Espanha – – – – — – Espanha-Tunísia…….—
1 Tunísia – – – – — – A. Saudita-Ucrânia….—
1 A. Saudita – – – – — – A. Saudita-Espanha….—
Ucrânia-Tunísia…….—
MUNDIAL 2006 – GRUPOS C / D – 1ª JORNADA
0-1
Dragoslav Jevric, Ivica Dragutinovic, Igor Duljaj, Goran Gavrancic, Mateja Kezman (67m – Danijel Ljuboja), Savo Milosevic (46m – Nikola Zigic), Dejan Stankovic, Predrag Djordjevic, Nenad Djordjevic (43m – Ognjen Koroman), Albert Nadj e Mladen Krstajic
Edwin van der Sar, Jori Mathijsen (86m – Khalid Boulahrouz), Giovanni van Bonckhorst, Phillip Cocu, Ruud van Nistelrooy (69m – Dirk Kuyt), Arjen Robben, Andre Ooijer, John Heitinga, Robin van Persie, Marco van Bommel (60m – Denny Landzaat) e Wesley Sneijder
0-1 – Arjen Robben – 18m
Melhor jogador – Arjen Robben (Holanda)
Amarelos – Dejan Stankovic (34m), Ognjen Koroman (64m), Ivica Dragutinovic (81m) e Goran Gavrancic (90m); Giovanni van Bonckhorst (56m) e John Heitinga (85m)
Árbitro – Markus Merk (Alemanha)
Leipzig (14h00)
3-1
Oswaldo Sanchez, Ricardo Osorio, Rafael Marquez, Carlos Salcido, Gerardo Torrado (46m – Luis Perez), Pavel Pardo, Jared Borgetti (52m – Jose Fonseca), Omar Bravo, Gonzalo Piñeda, Mario Mendez e Guillermo Franco (46m – Zinha)
Ebrahim Mirzapour, Mehdi Mahdavikia, Yahya Golmohamaddi, Rahman Rezaei, Javad Nekounam, Ali Karimi (63m – Mehrzad Madanchi), Vahid Hashemian, Ali Daei, Hossein Kaabi, Nosrati (81m – Arash Borhani) e Andranik Teymourian
1-0 – Omar Bravo – 28m
1-1 – Yahya Golmohamaddi – 36m
2-1 – Omar Bravo – 76m
3-1 – Zinha – 79m
Melhor jogador – Omar Bravo (México)
Amarelos – Gerardo Torrado (18m); Javad Nekounam (55m)
Árbitro – Roberto Rosetti (Itália)
Nuremberg (17h00)
0-1
Compelida a iniciar a partida com 3 alterações face ao previsto “onze titular” (Petit, Tiago e Simão Sabrosa substituíram, respectivamente, Costinha, Maniche e Deco, cuja condição física não lhes permitiria garantir 90 minutos de competição ao nível requerido), a equipa portuguesa entrou em campo com uma boa atitude e, ainda antes dos 15 segundos, já Pauleta surgia isolado a desviar a bola do alcance do guarda-redes, saindo ligeiramente ao lado do poste.
Pouco depois, aos 4 minutos, numa excelente arrancada de Figo, rompendo por entre a (algo frágil) defesa angolana, desmarcou Pauleta, que, com muita calma, colocou a bola no fundo da baliza, inaugurando o marcador.
(Foto – Associated Press)
Nos minutos imediatos, o jogo parecia poder revelar-se fácil; contudo, a partir do quarto de hora, a selecção nacional passou a jogar lento e com passes em profundidade, facilitando a tarefa defensiva da equipa angolana, que começou a libertar-se, chegando mesmo a criar duas ou três situações ameaçadoras.
No final da primeira parte, Portugal denotava querer acordar da letargia em que deixara caír a partida, mas prevalecia a ideia da necessidade de mais determinação e, sobretudo, de imprimir mais velocidade e ritmo ao jogo, de forma a evitar que a partida de pudesse eventualmente vir a complicar-se.
No segundo tempo, a história do jogo não sofreria grandes alterações, com a equipa portuguesa, esforçada, mas a revelar alguma tensão e nervosismo; o tempo ia correndo, as coisas não saíam bem.
Em boa verdade, Angola nunca evidenciou capacidade para poder inverter o rumo dos acontecimentos e, nos últimos minutos, Portugal acabou a resguardar o resultado que lhe deu os primeiros três pontos nesta prova.
Para além do golo, destaque principal para um forte remate de cabeça de Cristiano Ronaldo (ainda na primeira parte), com a bola a embater com estrondo na barra e, quase no final da partida, para o sinal de inconformismo transmitido por Maniche, com um poderoso remate de “meia-distância”, a obrigar o guarda-redes angolano, João Ricardo, “à defesa da noite”.
Objectivo cumprido, num jogo que poderia eventualmente apresentar-se problemático (pela sua conjuntura, opondo dois países de língua portuguesa, com ambições diferenciadas), não obstante uma exibição sofrível. A distinção de “melhor jogador em campo” seria atribuída a Figo, o “maestro” que pautou as tentativas de ataque organizado da equipa de Portugal.
Uma palavra final para o exemplar comportamento, quer do público, quer dos jogadores, fazendo deste jogo uma verdadeira festa.
João Ricardo, Delgado, Jamba, Kali, Loco, André, Mateus, Mendonça, Figueiredo (80m – Miloy), Zé Kalanga (70m – Edson) e Akwá (60m – Mantorras)
Ricardo, Miguel, Fernando Meira, Ricardo Carvalho, Nuno Valente, Petit (72m – Maniche), Tiago (83m – Hugo Viana), Figo, Cristiano Ronaldo (60m – Costinha), Simão Sabrosa e Pauleta
0-1 – Pauleta – 4m
Melhor jogador – Luís Figo (Portugal)
Amarelos – Jamba (28)m), Loco (45m) e André (52m); Cristiano Ronaldo (26m) e Nuno Valente (79m)
Árbitro – Jorge Larrionda (Uruguai)
Koln (20h00)
PORTUGAL – ANGOLA – "ANTES DO JOGO"
Algumas notas prévias:
– A primeira para saudar o jogo inaugural da selecção de Angola na fase final de um Campeonato do Mundo de Futebol, e, logo, tendo por parceiro nesta “grande estreia” a selecção de Portugal; neste momento, é-me inevitável pensar na alegria com que Jorge Perestrelo celebraria esta partida.
– Em relação a este encontro em concreto, em minha opinião, a selecção portuguesa é absolutamente favorita… desde que encare o jogo com seriedade e profissionalismo; naturalmente, os jogadores de Angola (alguns dos quais actuando em Portugal, em equipas da I Liga e da Liga de Honra) beneficiarão de uma motivação extrema, pela conjugação dos dois factores (partida de estreia e o facto de o adversário se chamar Portugal); os jogadores portugueses terão portanto de procurar atingir a mesma motivação e correr pelo menos tanto como se prevê que os angolanos venham a fazer.
– Em termos mais gerais, sobre a participação de Portugal neste Mundial: não são grandes as expectativas que tenho… para começar, o Grupo, sendo teoricamente acessível, tem selecções com algumas especificidades que poderão complicar bastante a nossa missão. Para além dos factores motivacionais de Angola, também os jogadores do Irão (beneficiando porventura, adicionalmente, de mais favoráveis condições físicas) se apresentarão em campo (por circunstâncias de ordem “política”) com uma enorme dose de “patriotismo”, dispostos a lutar até ao último minuto de cada partida. Por fim, em relação ao México, não podemos esquecer a posição que ocupa no ranking da FIFA, que faz com que seja um dos “cabeças-de-série” deste Mundial.
Acreditando, ainda assim, que, com maiores ou menores dificuldades, acabaremos por garantir o apuramento para a fase seguinte, jogando nos 1/8 Final (eventualmente) com a Argentina ou a Holanda, Portugal teria de se superar para poder prosseguir em prova.
E é esse espírito de superação que, à partida para esta prova, não antevejo caracterizar uma selecção cuja preparação não terá sido a ideal, com um treinador que continuo a pensar não ter a requerida capacidade de “leitura de jogo”, para, a partir do banco, arriscar e procurar inverter eventuais situações de desvantagem (sem esquecer o magnífico jogo Portugal – Inglaterra, no EURO 2004, então num contexto particular, com milhões de portugueses a “empurrar” a sua selecção para o êxito).
Em resumo, não ficarei surpreendido quer Portugal chegue longe (numa prova em que o carácter de aleatoriedade pode ser determinante, por exemplo, por via de apuramentos decididos no desempate por grandes penalidades…), caso as individualidades consigam atingir o nível de desempenho que está ao seu alcance, quer se quede logo pela fase de grupos.
Uma conclusão me parece inequívoca: será imprescindível manter os “pés assentes na terra” e não nos deixarmos embalar pelas sucessivas vagas de falsas promessas de favoritismo, numa prova em que (à excepção de 1966) praticamente não temos “história” e em que, “no papel”, haverá selecções bem mais apetrechadas (Argentina, Inglaterra, Holanda, R. Checa, Itália, França, Espanha… para além do “incontornável” Brasil).