JÁCOME RATTON (II)
16 Maio, 2006 at 8:47 am Deixe um comentário
Torna-se entretanto, em 1788, deputado do Tribunal Supremo da Real Junta de Comércio, Agricultura, Fábrica e Navegação, cargo que lhe permite incentivar as manufacturas, subsidiadas pela referida Real Junta de Comércio.
Duas fábricas dirigidas por estrangeiros haviam-se estabelecido em Tomar em 1771 (uma de caixas de papelão, outra de meias de estambre); ameaçando falência a fábrica de meias, Jácome Ratton procurou recuperá-la.
Em 1789, associando-se ao francês Timotheo Lecussan Verdier, funda a Fábrica de fiação de algodões de Tomar – a primeira em Portugal a utilizar a “moderna” tecnologia da Revolução Industrial (Ratton foi o primeiro defensor da utilização da máquina a vapor) –, beneficiando das potencialidades da região do Nabão no que respeita a recursos hídricos e proximidade da capital.
“O desenvolvimento da riqueza colonial mais recente – o algodão, provocou, por parte do Estado, um interesse pela indústria que o consumia – a têxtil. A montagem de oficinas e manufacturas de algodão era feita, em cidades ou povoações para onde era fácil transportar a mercadoria importada do Brasil, assim como porque dispunham da fonte de energia principal usada na Indústria: a água. De entre essas povoações, citam-se as principais onde foram instaladas manufacturas e oficinas de fiação e tecelagem de algodão: Lisboa, Oeiras, Sacavém, Tomar…” – in “A situação Económica no tempo de Pombal” de J. Borges de Macedo
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