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MUNDIAL 2006 – CONVOCATÓRIA
Luís Felipe Scolari, seleccionador de Portugal, anunciou hoje a convocatória para o Campeonato do Mundo de Futebol:
Guarda-Redes – Bruno Vale, Quim e Ricardo
Defesas – Miguel, Paulo Ferreira, Ricardo Costa, Ricardo Carvalho, Fernando Meira, Nuno Valente e Marco Caneira
Médios – Petit, Maniche, Costinha, Tiago, Deco, Hugo Viana, Cristiano Ronaldo, Figo, Luís Boa Morte e Simão Sabrosa
Avançados – Hélder Postiga, Nuno Gomes e Pauleta.
O Benfica é a equipa com mais jogadores convocados (4): Quim, Petit, Simão Sabrosa e Nuno Gomes. Segue-se o Chelsea (3): Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho e Maniche. O Sporting (Ricardo e Marco Caneira) e Valencia (Miguel e Hugo Viana) cedem 2 jogadores.
Os restantes convocados provêm de 12 clubes diferentes: FC Porto (Ricardo Costa); E. Amadora (Bruno Vale), Barcelona (Deco), D. Moscovo (Costinha), Everton (Nuno Valente), Fulham (Luís Boa Morte), Inter Milan (Figo), Lyon (Tiago), M. United (Cristiano Ronaldo), Paris St.-Germain (Pauleta), Saint-Etienne (Hélder Postiga) e Stuttgart (Fernando Meira).
Em termos totais, 15 dos 23 convocados chegam de campeonatos estrangeiros: 6 de Inglaterra; 3 de Espanha e França; e 1 de Itália, Alemanha e Rússia.
Em relação aos jogadores há dois anos seleccionados para o EURO2004, assinalam-se as ausências de Moreira, Fernando Couto, Jorge Andrade, Beto, Rui Jorge e Rui Costa, substituídos por Bruno Vale, Fernando Meira, Ricardo Costa, Marco Caneira, Hugo Viana e Luís Boa Morte.
Esta foi uma convocatória praticamente sem surpresas e relativamente consensual. As únicas dúvidas relacionavam-se com a escolha do “3º guarda-redes” (tendo Scolari, coerentemente com o adoptado em 2004, optado por um jovem, Bruno Vale, que participará também, a partir da próxima semana, no Europeu de Esperanças) e do defesa central que substituirá Jorge Andrade, tendo a opção recaído em Ricardo Costa (único jogador do FC Porto seleccionado), beneficiando da sua polivalência, morfologia e juventude.
Para além das opções por Costinha e Maniche (com pouco ritmo competitivo, mas em quem Scolari confia plenamente a nível de inserção no espírito de grupo), a única grande polémica que se gerou relaciona-se com a ausência de Ricardo Quaresma (convocado para a selecção de Esperanças).
Em relação a esta questão, a minha opinião é que haverá algum exagero; em termos absolutos, Quaresma poderia integrar a selecção… caso ela não dispusesse já de jogadores como Deco, Cristiano Ronaldo, Figo e Simão Sabrosa, contexto em que dificilmente Quaresma conseguiria conquistar o seu espaço.
Se considerarmos que o seu concorrente directo seria Luís Boa Morte, Scolari optou, de forma coerente, por quem mais provas lhe tinha dado (e que tinha já ficado na “antecâmara” do EURO2004, então substituído “à última hora” por Maniche); em relação a Hugo Viana, este beneficiou das suas características de maior polivalência.
Acresce que, nas (escassas) oportunidades em que Quaresma foi “testado” na selecção, não correspondeu às expectativas, tendo passado “ao lado” do jogo (como aconteceu, no Campeonato, em algumas partidas com os principais competidores do FC Porto); ninguém colocará em causa a sua qualidade técnica, a magia de alguns dos seus lances; nesta convocatória em concreto, foi penalizado pela necessidade de se mostrar mais consistente ou constante.
Tal como João Moutinho, Custódio, Manuel Fernandes ou Hugo Almeida, também Quaresma terá ainda oportunidade de se afirmar, para já, no Europeu de Esperanças, antes de conquistar um lugar na selecção principal.
MUNDIAL 2006 (CXXIV) – 2002
Grupo A
França – Senegal – 0-1
Uruguai – Dinamarca – 1-2
França – Uruguai – 0-0
Dinamarca – Senegal – 1-1
Senegal – Uruguai – 3-3
Dinamarca – França – 2-0
1º Dinamarca, 7; 2º Senegal, 5; 3º Uruguai, 2; 4º França, 1
Grupo B
Espanha – Eslovénia – 3-1
Paraguai – África Sul – 2-2
Espanha – Paraguai – 3-1
África Sul – Eslovénia – 1-0
Eslovénia – Paraguai – 1-3
África Sul – Espanha – 2-3
1º Espanha, 9; 2º Paraguai, 4; 3º África Sul, 4; 4º Eslovénia, 0
Grupo C
Brasil – Turquia – 2-1
China – Costa Rica – 0-2
Brasil – China – 4-0
Costa Rica – Turquia – 1-1
Turquia – China – 3-0
Costa Rica – Brasil – 2-5
1º Brasil, 9; 2º Turquia, 4; 3º Costa Rica, 4; 4º China, 0
Grupo D
Coreia do Sul – Polónia – 2-0
EUA – Portugal – 3-2
Portugal – Polónia – 4-0
Coreia do Sul – EUA – 1-1
Portugal – Coreia do Sul – 0-1
Polónia – EUA – 3-1
1º Coreia do Sul, 7; 2º EUA, 4; 3º Portugal, 3; 4º Polónia, 3
Grupo E
Alemanha – A. Saudita – 8-0
Irlanda – Camarões – 1-1
Alemanha – Irlanda – 1-1
Camarões – A. Saudita – 1-0
A. Saudita – Irlanda – 0-3
Camarões – Alemanha – 0-2
1º Alemanha, 7; 2º Irlanda, 5; 3º Camarões, 4; 4º A. Saudita, 0
Grupo F
Inglaterra – Suécia – 1-1
Argentina – Nigéria – 1-0
Argentina – Inglaterra – 0-1
Suécia – Nigéria – 2-1
Nigéria – Inglaterra – 0-0
Suécia – Argentina – 1-1
1º Suécia, 5; 2º Inglaterra, 5; 3º Argentina, 4; 4º Nigéria, 1
Grupo G
Itália – Equador – 2-0
Croácia – México – 0-1
Itália – Croácia – 1-2
México – Equador – 2-1
México – Itália – 1-1
Equador – Croácia – 1-0
1º México, 7; 2º Itália, 4; 3º Croácia, 3; 4º Equador, 3
Grupo H
Japão – Bélgica – 2-2
Rússia – Tunísia – 2-0
Japão – Rússia – 1-0
Tunísia – Bélgica – 1-1
Tunísia – Japão – 0-2
Bélgica – Rússia – 3-2
1º Japão, 7; 2º Bélgica, 5; 3º Rússia, 3; 4º Tunísia, 1
JÁCOME RATTON (I)
Jácome Ratton nasceu a 7 de Julho de 1736 em França, na cidade de Monestier de Briançon, vindo ainda jovem para Portugal, acompanhando os pais, Jacques Jácome Ratton e Françoise Bellon.
Os progenitores estabelecer-se-iam como comerciantes (importadores – exportadores), inicialmente no Porto (em sociedade com Jácome Bellon, tio de Jácome Ratton, o qual havia já estabelecido uma casa de comércio no Porto).
Pouco depois, viriam a alargar a sua actividade a Lisboa, onde se fixaram em 1747 (operando como agentes marítimos de grande número de casas francesas, inglesas e holandesas), altura em que o filho chegou a Portugal, aqui completando a sua educação, orientada no sentido do comércio.
Casou em 1758 com Ana Isabel Clamouse, filha do cônsul francês no Porto, Bernardo Clamouse.
Optaria pela nacionalidade portuguesa na sequência da participação portuguesa na Guerra dos Sete Anos (1762).
Em 1764, começou por projectar uma fábrica de chitas, logo seguida de uma fábrica de papel e de fábricas de chapéus finos (em Elvas e em Lisboa), diversificando as suas actividades, inclusivamente com a exploração de marinhas de sal na Barroca de Alva (Alcochete) e plantação de árvores exóticas (introduzindo em Portugal o eucalipto), associando-se ao período de fomento industrial pombalino.