INDEPENDÊNCIAS SUL-AMERICANAS (III)
As invasões francesas aceleraram a decadência da Coroa Espanhola. A crise monárquica de 1808, provocada pela abdicação de Fernando VII e Carlos IV a favor do irmão de Napoleão (José Bonaparte), cuja reacção foi o movimento “Juntista”, quer em Espanha, quer na América – tornando-se a América espanhola, por lei de 1809, parte integrante da Coroa –, levaria a que, de uma atitude inicial de fidelidade, se derivasse gradualmente até à autonomia separatista, por via das influências dos ideais revolucionários.
Os combates agudizavam-se, em particular nas zonas de grande implantação de forças espanholas, como o México e o Vice-Reino de Nova Granada (Venezuela, Colômbia, Equador e Panamá).
Ao invés, o Paraguai, com o golpe de José Gaspar Francia, declarava a independência em 1811, sem que chegasse a haver um conflito aberto.
À excepção do Vice-Reino da Prata (Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia), os realistas espanhóis conservariam uma posição dominante até 1814.
Em Maio de 1814, em manifesto dirigido aos americanos, estes eram intimados a depor a sua atitude de rebeldia e a submeter-se ao Rei – pretendendo retornar-se à situação de 1810, ignorando o ocorrido durante o período de ausência do trono do monarca -, apoiando-se em contingentes militares enviados para o México e Venezuela.
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