“O SEGUNDO CHOQUE NA RÁDIO”
João Paulo Meneses acaba de iniciar um novo “blogue”, tendo por temática a rádio, mais especificamente “O Segundo Choque na Rádio“, o qual suportará a tese de doutoramento do autor.
O “segundo choque” é-nos apresentado (na “declaração de princípios”) da seguinte forma:
“Não foram poucos os que previram a morte da rádio com o aparecimento da televisão. Mas a rádio sobreviveu. Mudou, de casa para o carro, da noite para o dia, da válvula para o transístor, mas sobreviveu ao primeiro choque tecnológico.
O segundo choque está aí à porta e a rádio ainda não percebeu os sinais. É o choque provocado pela banalização dos sistemas digitais de reprodução de música («ipods» e muitos outros), que ameaçam tirar a música da rádio; são os GPS, ligados a câmaras de vídeo, que dão a informação de trânsito em tempo real, especificamente para a minha rota; é a personalização das informações, em função dos meus interesses, enviada pelos telemóveis da terceira geração (trânsito, bolsa, meteorologia, etc.); é a possibilidade de ver, via UMTS, as transmissões dos jogos de futebol, onde não há um ecrã de televisão, em vez de ouvir o relato; é…
Como será a rádio sem a música, sem o trânsito, sem a bolsa, sem…?
O que fica para a rádio?”
Obviamente, a acompanhar com assiduidade.
(via Rádio em Portugal, “blogue” de Jorge Guimarães Silva)
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