Archive for 5 Janeiro, 2005
CRISTÓVÃO COLOMBO (III)
A 11 de Outubro, finalmente era avistada terra; no dia seguinte (12 de Outubro) Colombo chegava ao arquipélago das Bahamas, nas Pequenas Antilhas, pensando ter alcançado Catai (China) ou o reino de Cipango (Japão), baptizando a terra com o nome de San Salvador.
Pouco depois, chegaria a Cuba e à ilha de La Hispaniola (ilha onde se localizam hoje a R. Dominicana e o Haiti), chamando aos seus habitantes índios.
Em Dezembro de 1492, a caravela Santa Maria naufragava próximo da costa de La Hispaniola, passando então Colombo a comandar a Niña.
Ainda antes do regresso a Espanha em Março de 1493, manda construir em La Hispaniola, o forte de La Navidad. Voltaria ao “Novo Mundo” por mais três vezes.
A América (cujo nome apenas seria mais tarde atribuído, em homenagem a Américo Vespucci – amercador e navegador italiano, que seria o primeiro a constatar que as recém-descobertas terras do Novo Mundo constituíam um continente e não parte da Ásia) descoberta por Colombo centra-se nas ilhas do Caribe, nas costas da América Central e na “terra firme” da Venezuela.
Na segunda viagem, partiu de Cádiz com 17 navios. Entre 1493 e 1496, explorou o Caribe, descobrindo as ilhas de Dominica, Guadalupe, Jamaica e Porto Rico.
Em Novembro de 1493, o forte de La Navidad seria atacado e destruído. Na mesma época, fundou a primeira colónia europeia nas Américas, na actual R. Dominicana, a que deu o nome de Isabela. Contudo, os seus colonizadores (cerca de 1 500 homens), não encontrando nela as riquezas esperadas rebelam-se também, pretendendo regressar a Espanha.
[1963]
MEMÓRIA DE 2004 (V)
Personalidades nacionais do ano
O ano de 2004 é, inquestionavelmente, o ano de José Mourinho!
À frente do FC Porto, construiu uma equipa na verdadeira acepção da palavra, motivando e transmitindo uma confiança quase ilimitada aos seus jogadores, que os levaram a vencer praticamente tudo (perderiam apenas a Taça de Portugal… para o Benfica).
Um profissional a tempo inteiro, vivendo para o futebol, praticamente perfeito na “leitura do jogo”, o que, aliado a um grande rigor e capacidade de organização, potencia quase inevitavelmente a vitória das equipas que comanda, como bem tem demonstrado ao serviço do Chelsea, liderando o campeonato inglês e tendo vencido categoricamente a fase de grupos da Liga dos Campeões.
José Mourinho é hoje o treinador de futebol mais conceituado a nível europeu, possivelmente o melhor treinador do mundo.
Paula Rego – Com uma perspectiva artística que não é necessariamente “fácil”, nem de “consumo imediato”, a exposição de Paula Rego em Serralves, no Porto, inaugurada a 15 de Outubro, apresentando uma selecção de 150 obras da artista, tem batido sucessivos recordes de afluência (mais de 100 000 visitantes), na consagração nacional da que é considerada já, a nível internacional, um dos maiores vultos vivos da pintura.
António Lobo Antunes – Celebrando em 2004 as “Bodas de Prata”, comemorando o 25º aniversário da publicação de “Memória de Elefante” e de “Os Cus de Judas”, o “eterno candidato” ao Nobel foi distinguido em 2004 com os prémios Fernando Namora e Jerusalém Prize, consagrando-se como um dos principais autores a nível internacional.
[1962]
MEMÓRIA DE 2004 (IV)
Personalidades internacionais do ano
O destaque de 2004 vai para a Prémio Nobel da Paz, a militante ecologista queniana Wangari Maathai, com uma acção de mais de 30 anos contra o processo de desflorestação em África, pela sua contribuição para o desenvolvimento sustentável, democracia e paz no mundo.
Lance Armstrong – Numa época de grande massificação e pressão competitiva, em que as grandes figuras são cada vez menos perenes, o norte-americano Lance Armstrong, um profissional com uma rigorosa planificação e organização de cada uma das épocas, conquistando em 2004, pela 6ª vez consecutiva (!) a vitória no “Tour de France” entra definitivamente na lenda, superando todos os recordes.
Michael Schumacher – Também num contexto de grande competitividade, no mais elitista dos desportos mundiais (apenas cerca de 20 pilotos participam, em cada ano, no Campeonato do Mundo de Fórmula 1), Michael Schumacher é um verdadeiro “caso à parte”, conquistando títulos atrás de títulos (7, dos quais 5, de forma consecutiva, nos últimos 5 anos).
Tal como no caso de Armstrong, em desportos com tradições de muitas décadas, estamos a acompanhar, na actualidade, o domínio dos que serão talvez as suas maiores figuras de sempre (o que, a nível de títulos conquistados, já demonstraram).
[1961]