Archive for 1 Janeiro, 2005
MENSAGEM (VI)
A III Parte – “Encoberto” integra: (i) “Os Símbolos” (“D. Sebastião”, “O Quinto Império”, “O Desejado”, “As Ilhas Afortunadas” e “O Encoberto”; (ii) “Os Avisos” (“O Bandarra”, “António Vieira” e “Terceiro”); (iii) “Os Tempos” (“Noite”, “Tormenta”, “Calma”, “Antemanhã” e “Nevoeiro”).
Começa por mostrar-se a convicção no regresso do “Desejado” – o mito central do sebastianismo (“É Esse que regressarei”), não correspondendo porém, necessariamente, a um ente individual, devendo, em alternativa, consubstanciar-se no conjunto do povo português, agindo sob a vontade de Deus.
O “Encoberto” surge como uma alusão à misteriosa Ordem dos Rosa-Cruz, em cujos princípios se deverá basear o Quinto Império (“Grécia, Roma, Cristandade, / Europa … os quatro se vão”):
“Quando virás, ó Encoberto,
Sonho das eras português,
Tornar-me mais que o sopro incerto
De um grande anseio que Deus fez?”
Também o Padre António Vieira foi um dos profetas do Quinto Império, manifestando na “História do Futuro” o seu místico sebastianismo. No decurso das suas missões no Brasil, escreveu um tratado designado “Esperanças de Portugal, Quinto Império do Mundo”.
Em “Os Tempos”, os irmãos “Poder” e “Renome” representam, respectivamente, o Império português e a fama que universalizou Portugal.
E, depois da “Tormenta”, vem a “Calma”. O “Antemanhã” representa aquilo por que é necessário passar antes do despertar.
O “Nevoeiro” antecede a chegada da luz (segundo o mito, D. Sebastião voltaria numa manhã de nevoeiro); na confusão do nevoeiro:
“Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem…
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro.
É a Hora! ”
“Valete, Fratres”.
(“Republicação”)
[1953]
"BLOGOSFERA" EM 2004 (XXXII)
Concluída a “viagem pela blogosfera” em 2004, estavam em falta os agradecimentos a quem teve a simpatia de, a propósito desta retrospectiva que tanto prazer me proporcionou, se referir ao Memória Virtual.
(Esperando não me esquecer de ninguém…) aqui deixo o meu Obrigado a todos!
– “Waldorf” (Blogue dos Marretas)
– Nuno Guerreiro (Rua da Judiaria)
– José Flávio Pimentel Teixeira (Ma-Schamba)
– Rodrigo Moita de Deus (O Acidental)
– “Nikonman” (Praça da República em Beja)
– Pedro Fonseca (Contra Factos & Argumentos)
– Walter Rodrigues (Forum Comunitário)
– “Santa Cita“
– Paulo Querido / Luís Ene (Weblog.com.pt)
P. S. Uma referência especial ao 2º aniversário do Blogue de Esquerda. Parabéns e votos de continuação de bom trabalho!
E também, com algum atraso, para o 2º aniversário da Íntima Fracção, de Francisco Amaral, comemorado no passado dia 30 de Dezembro.
[1952]